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27 abril 2012

CASAMENTO E DIVÓRCIO: Uma Abordagem Bíblica


CASAMENTO E DIVÓRCIO: Uma Abordagem Bíblica
Anderson Roque Gouveia
Seminário e Instituto Bíblico Bereiano
RESUMO
Quando se fala em casamento, deve sempre voltar ao passado quando Deus criou o homem. No princípio pode se dizer que o homem era solitário, Deus ainda não tinha criado uma companheira para ele. Criando a mulher a partir de uma de suas costelas e entregando-a ao homem para que lhe fosse sua mulher (Gn 2.22). Em Gênesis 2 Deus criou o casamento para suprir uma necessidade do homem, fazendo a mulher uma auxiliadora idônea ou em outras palavras, o Senhor criou a mulher apropriada para o homem. O Ele fez a Eva, e o homem falou "Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn 2.23). Isso faz com que nos lembremos de onde foi feito a mulher, "não do pó pra que se iguale ao homem; nem dos pés para que o homem não pise nela, e muito menos da cabeça para que ela não pense que é superior ao homem, mas, da costela para lembrar que ambos são iguais perante Deus, com funções diferentes". Quando se observa o que Cristo falou, poderá ser visto que Deus criou o homem, deixando-o por algum tempo só e depois criou a mulher. Deus criou o homem para um relacionamento pessoal com Ele, e o homem vivesse em plena dependência de Deus. Cada dia que se passa, é visto que com o "passar do tempo", o casamento para alguns virou um "inferno". Teoricamente, o amor deveria aumentar de acordo com o tempo de convivência, mas ao invés disto ele diminui. Não as pessoas não podem mais sair com os amigos, tomar um refrigerante com colegas do trabalho depois do expediente do serviço, ou mesmo conversar com outra pessoa do sexo oposto sem levantar suspeita, onde seu cônjuge arde em ciúmes. Na falta do amor o casamento tende a si arruinar, conseqüentemente acontece o divórcio. O problema real que provoca a separação não é a falta de amor, e sim a falta de compreensão do verdadeiro amor. Quando observado o real significado do verdadeiro amor, percebe-se que ele não é como o amor sentimental. O casal deve ter a consciência que eles são uma nova família, e que seus pais continuam parte da família, mas, agora esta família que se inicia é do casal e não dos seus pais. O divórcio é o terceiro motivo de stress para as mulheres, perdendo somente para a morte do cônjuge e a do filho. Um dos primeiros problemas que enfrenta a mulher divorciada é a solidão. Muitas negligenciam o convívio social na época do casamento. O divórcio é realmente lamentável, vindo apenas para satisfazer o desejo egoísta do homem.

 
1 –    Introdução
Estamos vivendo em tempos, em que a humanidade vem se perdendo continuamente, onde seus princípios tantos éticos como morais, já não são os mesmos. A cada dia que se passa o homem procura satisfazer a si mesmo, não se importando mais com o seu próximo.
No casamento não é diferente, o homem vem procurando satisfazer o seu bem prazer, e se esquecendo de quem está ao seu redor. Entram em um casamento não pensando em fazer o seu cônjuge feliz, e sim querem que seu cônjuge lhe faça feliz. Invertendo o papel do relacionamento, onde cada pessoa tem que ter em sua mente fazer a outra pessoa feliz e não a si mesmo.
Com isso muitos entram nos tribunais para anularem seus casamentos e com muitas justificativas, que se pararmos para analisar não tem nenhum fundamento, na verdade as pessoas já casam pensando na separação, com o pensamento se não der certo se separa.

 
2 -    Casamento
2.1 -     SIGNIFICADO E ORIGEM DO CASAMENTO
Muitos falam sobre o casamento, mas, não tem a idéia do que realmente significa está casado. Olhando para o dicionário é encontrado seu significado como: "Ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou civil" (AURÉLIO, 1999). Já no Art. 1511 do código civil brasileiro, o casamento vem sendo descrito como: "O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges" (AGRIPINO, 2004). Muitos se baseiam nessa definição para se explicar o fato de estarem casadas, mas não olham a verdadeira razão porque estão casadas.
Langston nos dá mais uma definição para o casamento, ele fala que o casamento "é um pacto voluntário. É um pacto solene e sagrado feito entre um homem e uma mulher, baseado não numa convivência nem tão pouco no respeito mútuo, mas tão somente no amor verdadeiro de um para com o outro" (LANGSTON, 1954 p. 111).
Toda vez que ao se falar sobre casamento deve ser sempre ponderado voltar para o passado, quando Deus criou o homem. No princípio, é bom salientar que o homem era solitário, Deus não tinha criado ainda uma companheira para ele. Deus deixou que o homem sentisse a necessidade de uma pessoa para compartilhasse as coisas e que ficasse na dependência de Deus para suprir suas necessidades, quaisquer que fosse.
Por isso Deus disse "Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea." (Gn 2.18), para que fosse uma companheira para o homem. Criando a mulher a partir de uma de suas costelas e entregando-a ao homem para que lhe fosse sua mulher (Gn 2.22).
2.2 -    BASE BÍBLICA PARA O CASAMENTO
Vemos em Gênesis 2 que Deus criou o casamento para suprir uma necessidade do homem, fazendo a mulher uma auxiliadora idônea ou em outras palavras, Deus criou a mulher apropriada para o homem. O Senhor tirou a costela de Adão e fez a Eva, e o homem falou "Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn 2.23). Isso faz com que nos lembremos de onde foi feito a mulher, "não do pó pra que se iguale ao homem; nem dos pés para que o homem não pise nela, e muito menos da cabeça para que ela não pense que é superior ao homem, mas, da costela para lembrar que ambos são iguais perante Deus, com funções diferentes." (anônimo).
Quando a palavra de Deus nos fala que o homem deve sair de sua casa deixando assim o local onde seus pais mora, saindo também do vínculo emocional, e financeiro dos seus pais (Gn 2.24), isso não quer dizer que devemos ter que quebrar todos os laços familiares, mas, que devemos ouvir conselhos e sugestões; mas o que está envolvido é se devo atender ou não, depois de casados, a pessoa não tem mais a obrigação de fazer do jeito que seus pais querem, mas, do modo que a pessoa acha conveniente.
No mundo que estamos vivendo, os homens se gloriam por terem vários relacionamentos com mulheres, e isso para eles é algo de status. Quando voltamos para os princípios bíblicos, iremos observar que não é bem assim, as escrituras nos mostra que Deus criou o homem para que vivesse exclusivamente para uma única e exclusiva mulher. Encontramos em Gênesis 2.24 o seguinte: "Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." Isso nos mostra que o casamento é um e não muitos, sendo monogâmico.
2.3 –     POR QUE DOIS?
Quando os fariseus vieram perante a Cristo, para o questionar se era lícito repudiar a sua mulher por qualquer motivo, no Capitulo 19 de Mateus.
Cristo simplesmente reponde, utilizando a palavra de Deus perguntando; "Não tendes lido que o Criador deste o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem (Mt 19.3-6)
O interessante é que os fariseus foram questionar a Cristo e ele utilizou de sabedoria em respondê-los. Pegando-os em suas próprias astúcias, Cristo pergunta: "Não tendes lido?" (Mt 19.4b). Cristo fez essa pergunta a eles, porque os fariseus se orgulhavam em serem os conhecedores da lei, e faziam questão em demonstrar seus conhecimentos.
Quando voltamos ao que Cristo falou, iremos ver que Deus criou o homem, deixando-o por algum tempo só e depois criou a mulher. Agora porque será que Deus criou o homem só e não criou a mulher junto com ele? Já que os demais seres foram criados, tanto macho e fêmea, ao mesmo tempo.
Deus quando criou os seres vivos, não os criou para terem um relacionamento com Ele, mas, o homem é totalmente ao contrário. O homem é o único ser vivo que Deus criou à sua imagem (Gn 1.27), os animais não.
Deus criou o homem para se relacionar com Ele, e o homem vivesse em plena dependência de Deus. Para que ele percebesse que não havia nem um ser que seria semelhante a ele. Vemos que Genevois acredita que Deus, "antes de realizar seu desígnio, parece desejar que o homem perceba, por si mesmo, que não existe ainda nenhum ser, entre os que povoavam a terra e espaço" (GENOVOIS, 1965, p.19)
E isso Adão percebeu quando Deus fez com que todos os animais viessem a ele para lhe colocarem o nome, e depois que ele viu que não tinha nenhum ser que lhe era idôneo (Gn 2.19-20).
Vemos que Deus criou a mulher para que homem fosse completado, ela é o ser que seria, podemos dizer assim: o que estava faltando em Adão, apesar de que ela foi feita de sua costela. Ela era um ser perfeito para o homem, onde iria suprir todas as suas necessidades, tanto físicas como emocionais.
2.4 –     O AMOR CRESCE OU MORRE?
Vemos que Deus criou o homem não para que ele vivesse só, mas, que se unisse a uma mulher, ali eles iriam constituir uma família. Cada dia que passa, vemos que com o passar do tempo, o casamento para alguns, aos seus olhos, poderiam dizer que o casamento virou um "inferno". Outros alegam que o "amor acabou", mas, será realmente que o amor pode se acabar, ou será que é só a falta de investimento nele que está faltando?
Quando Paulo escreve em sua carta para os Efésios, ele nos diz que homem deve amar sua esposa (Ef 5.25), e isso não se trata de escolha, o homem ama sua mulher se ele quiser, O verbo amar ali está no imperativo, isso significa que é uma ordem ao ouvinte para realizar uma determinada ação por comando e autoridade daquele que a emite (BOL MA). Em outras palavras o marido deve amar sua mulher e não esperar que venha um sentimento, pois, o amor é emocional, e também, é um sentimento racional.
Temos que nos lembrar do que nos diz a palavra de Deus, e isso é uma falha nossa, de que sempre esquecemos o que Deus nos instruiu nas escrituras. Quando voltamos nossos corações para o que Deus nos revelou, veremos que o amor, ele sempre será paciente. O amor ele não vai se irritar com a pessoa amada, o amor não tem ciúmes, pois, ele confia naquele a quem ama. O amor não trata com indiferença, pois, trata por igual. (1 Co 13.4-6).
O amor é algo tão surpreendente que ele tudo suporta, acredita em tudo, tem paciência em esperar e tudo sofre por quem ama (1 Co 13.7). E para aqueles que acreditam que o amor pode terminar, vemos que é totalmente o contrário, como vemos em 1 Coríntios 13.8a "O amor jamais acaba".
2.5 -     OBSTÁCULOS
Teoricamente, o amor deveria aumentar de acordo com o passar do tempo. Só que não é assim que podemos perceber, com o passar do tempo, as dificuldades vão aumentando, os conflitos crescem, e daí começa a surgir às brigas. Muitos utilizam destes argumentos para alegarem uma forma de não se casarem, eles utilizam de um artifício que eles chamam de "vamos nos juntar, se der certo".
Hoje em dia as pessoas não estão pensando em casamento para uma vida toda, eles já estão entrando no casamento com o intuito de que podem se separar. Não tendo a mesma visão dos mais antigos que diziam que "um casamento é para vida toda". Os homens não estão querendo ter mais esta responsabilidade, estão mais olhando para seu ego, para o seu bem prazer.
As pessoas não querem se auto-sacrificar pelo casamento, onde olham como se fosse uma penalidade ser casado, tirando sua liberdade. Não podendo sair mais com os amigos, tomar um refrigerante com colegas do trabalho depois do expediente do serviço, ou mesmo conversar com outra pessoa do sexo oposto sem levantar suspeita, onde seu cônjuge arde em ciúmes.
Podemos ver que o maior obstáculo ao casamento, são as próprias pessoas que são egoístas, e preferem perderem o prazer de estarem casadas com uma pessoa que amam, do que ficarem com elas e procurar solucionar seus problemas, vendo quem está errado, mas, o seu orgulho não permite, sempre quem vai está errada ou errado é a outra pessoa e não ela.
2.6 –     PERIGOS SUTIS
No casamento devemos andar como fosse pisando em ovos, procurando eliminar tudo que pode prejudicar nosso casamento, para evitar uma possível separação. Vemos que um dos obstáculos para que uma pessoa não se casar é o egoísmo, mas também ele é um grande causador de conflitos dentro do lar, chegando ao ponto de provocar separação.
Normalmente o homem é quem é mais egoísta, não descartando as mulheres, mais, no geral é mesmo o homem, ele com o seu censo de machismo, onde ele não deve fazer nada, que todo o serviço do lar é de obrigação exclusiva da mulher e que o homem, não foi feito para fazer estes tipos de serviços. Com o tempo ela vai se desgastando, ficando cada vez mais cansada, mais vulneráveis a ataques nervosos.
E por não bastar a mulher passar o dia lavando, passando, cuidando do almoço, da casa e do menino, e quando chega a noite não sabe como conseguiu, vem o homem no seu ar de ser o homem, quer ter relação com a mulher que literalmente está um "bagaço". Com o passar do tempo este tipo de atitude vai virar um motivo para brigas, discussões e desentendimentos, por a mulher não sentir vontade de ter relação com seu marido.
Com isso, a mulher empurra o homem a adulterar, pois, ele não vai agüentar ficar sem ter relação sexual por muito tempo, e ela acaba também de empurrando a si própria, pois vai encontrar alguém que vai escutar seus problemas, e como se diz: conversa vai, conversa vem, e ela acaba traindo seu marido.

 
3 -    DIVÓRCIO
3.1 -     SIGNIFICADO E ORIGEM DO DIVÓRCIO
Divórcio é uma palavra que tem sua origem do latim, da palavra divortiu, e seu significado é a "dissolução do vínculo matrimonial, ficando os divorciados livres para contraírem novas núpcias" (FERREIRA, 2004) ou simplesmente "separação".
Podemos perceber através de pesquisas arqueológicas, que o divórcio não é uma prática da modernidade, onde os sumérios que habitavam na Mesopotâmia, região que ficava entre os rios Tigre e Eufrates. Onde seus antepassados já se tinham notícias desde o ano de 9.500 a.c (FILHO, 2003).
Os escribas sumérios através dos seus relatos, passaram a descrever os feitos de seus reis, onde se encontravam as leis, a organização dos seus exércitos.
Portanto, através desses escritos milenares é que se tem conhecimento que a prática do divórcio já era difundida entre os povos da antiguidade, pois "o aumento da complexidade da sociedade suméria implicou o crescimento da demanda por leis uniformes que regulassem não apenas as transações comerciais, mas, também, a conduta civil e criminal" (FILHO, 2004, p. 9)
Deste modo podemos ver, que o divórcio não é algo que vem acontecendo recentemente, é algo que desde a muito tempo vem se introduzindo na sociedade. O homem devido sua natureza pecaminosa, vem desobedecendo as ordens de Deus, de que ele não venha se separar de sua mulher, mas que vivam em comunhão constante até que a morte venha a lhe separarem.
3.2 -     AS PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES PARA O DIVÓRCIO
Como era de se esperar, hoje não podemos mais duvidar de nada, como a Bíblia nos diz em 2 Timóteo 3, o homem nos últimos dias passará a ser mais desejoso pelos prazeres carnais do que ter um relacionamento verdadeiro com Deus. A verdade sobre o real motivo para o divórcio é simplesmente o desejo do homem de satisfazer o seu prazer, as justificativas que encontramos é só uma tentativa de esconder o motivo e de se explicar, algo que já sabemos o que é na verdade.
Hoje as pessoas não pensam em um relacionamento duradouro, as meninas não estão mais sonhando em casar e viver feliz para sempre, e muito menos em casar na igreja de véu e grinalda. O que a sociedade vem passando para as crianças que irão ser os adultos no futuro é que o relacionamento é bom enquanto ele durar, se não der certo, se separe.
As pessoas já entram no casamento pensando em se separar, e por essas e outras razões que o casamento da atualidade não estão dando certo.
3.2.1 -    As Justificativas atuais para o divórcio
Hoje é fácil encontrar muitos casais que se separaram por algum motivo, onde a motivação que ocasionou sua separação são diversas, mas, quando olhamos o que provocou o divórcio veremos que a grande maioria foi por motivos insignificantes e fúteis. As pesquisas feitas nesta área chegam a conclusão que durante os anos 70, tinham menos divórcio, e que tinham uma "base real" para que se separassem, como "infidelidade conjugal, negligência no lar, dificuldades financeiras, problemas com a família do cônjuge, violência doméstica" (MORAES, 2003, p. 16). Apesar que esses motivos são apenas um reflexo do estado espiritual de cada indivíduo.
Nos anos 80 as coisas mudaram e se antes considerávamos os motivos insuficientes para alegar o seu divórcio, agora que realmente não existe motivos que possamos dizer qualquer coisas, pois eles passaram a ser simplesmente a "falta de entrosamento, negligência de comunicação do parceiro, ausência de afetividade" (MORAES, 2003, p. 16).
3.2.2 -    Ausência de amor
Em qualquer relação o amor é um pré-requisito incontestável, e principalmente em um relacionamento que envolve um convívio que à principio deve ser duradouro. Na falta do amor o casamento tende-se a si arruinar, conseqüentemente ocasionando o divórcio.
O problema real que provoca a separação não é a falta de amor, e sim, a falta de compreensão do verdadeiro amor. Onde as pessoas esperam que seu casamento seja um amor baseados nos seus sentimentos, e esquece que sentimento não é constante, eles tanto podem aumentar com o passar do tempo como também, por sua vez, podem diminuir, tudo depende das circunstâncias que estão passando. (MORAES, 2003)
Quando nós olhamos o significado do verdadeiro amor, perceberemos que ele não é como o amor sentimental. O amor bíblico é aquele que se entrega totalmente, e que ver o bem da pessoa amada, é um amor sacrificial, como podemos ver no ato de Jesus para com o homem, "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Onde o amor de Deus é demonstrado no ato sacrificial de Cristo morrendo ali na cruz para pagar o preço que o pecado exigia.
O amor verdadeiro é baseado na razão, temos que decidir amar e querer amar nossos cônjuges, e não baseado em meros sentimentos que vão e vem a todos os momentos. Quando nós estamos sobre esta base, nossos casamentos serão durados.
3.2.3 -    Influências dos pais
Muitas das diversas separações que ocorrem é por não observarem corretamente o que as escrituras nos ensinam sobre os casamento em relação aos nossos pais. Encontramos em Gênesis 2.24 o seguinte: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne". Vimos que Deus estabeleceu o casamento para a formação de uma nova família e não para permanecer na mesma.
Muitos esquecem desse princípio e ainda continuam com um elo com sua antiga família, onde ele ou ela não cortou o seu cordão umbilical. Deixando que seus pais interfiram no seu casamento, e muitas das vezes tomando decisões que caberia o casal tomar e não seus pais.
O casal deve ter a consciência de que eles são uma nova família e que seus pais continuaram parte da família, mas, agora está família que se inicia é do casal e não do seus pais. Com seu amadurecimento irão resolver problemas sozinhos sem ajuda de seus pais como:
  • Deixar para trás relacionamento de dependência (emocional e financeira);
  • Deixar para trás a autoridade divina dada temporariamente a eles sobre você;
  • Modo de vida controlada e centralizado nos pais;
  • Abandonar os pais como principais confidentes;
  • Apegar-se à responsabilidade total pela vida e decisões
  • Apegar-se à opinião do seu companheiro, critérios e preocupações como os mais importantes; (MORAES, 2003, p. 21).
Quando olharmos este princípio veremos que nossos casamentos vão perdurar por muito e muito anos.
3.3 -     CONSEQÜÊNCIAS PRINCIPAIS DO DIVÓRCIO
Lamentavelmente muitos vêm se desquitando, e cada dia vem sendo com mais freqüência, e quem pensa que a sua separação não vai trazer conseqüências, se engana, pois não traz para o casal, mas para todos que estão ao seu redor e quem sofre realmente com isso são seus filhos.
A vida das pessoas ficam marcadas, e elas são marcas que vão perdurar pelo resto de suas vidas, só o fato que muitos quando tomam a decisão do divórcio, acabam em tribunais e grande partes são turbulentas, onde os filhos tem que passar por esses constrangimentos (FILHO, 2003). Onde podemos ver que ele provoca até problemas na saúde.
O divórcio é o terceiro motivo de stress para as mulheres, perdendo somente para a morte do cônjuge e a do filho. Um dos primeiros problemas que enfrenta a mulher divorciada é a solidão. Muitas negligenciam o convívio social na época do casamento. Quando se separam, se vêem sozinhas, pois, os amigos que tinham eram, na verdade, amigos do marido e pior é quando, além de só, descobrem que estão sem dinheiro. (FILHO, 2003, p. 20)
Fora o que passam os filhos, tendo o constrangimento de se explicar para os seus amigos o que está acontecendo com seus pais. O divórcio é realmente lamentável e que vem apenas para satisfazer o desejo egoísta do homem.

 
4 –     CONSIDERAÇÕES FINAIS
O casamento é uma instituição divina que devemos preservar a qualquer custo, e podemos ver que o divórcio é apenas uma das coisas que já era de se esperar em tempos que o homem procura mais o seu prazer pessoal do que fazer a vontade de Deus.
Devemos lutar, e lembrar que o amor bíblico não é apenas um sentimento que temos que sentir, mas, uma obrigação que Deus nos ordenou, "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5:25), por isso não devemos esperar que o amor acabe, e sim, procurar qual a fonte do verdadeiro amor, que é Deus.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BITTENCOURT, B. P., Problemas de Uma Igreja Local, Rudge Ramos, Publicação da Associação Acadêmica "João Wesley", 1962.
DOCKERY, David S., Manual Bíblico Vida Nova, São Paulo, Vida Nova, 2001
DOUGLAS, J. D., O Novo Dicionário da Bíblia, Vida Nova, 1995
FERREIRA, Aurélio Buaque de Holanda, Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0, 3ª ed. Positivo, s/c , 2004 1 CD
FILHO, Lino Araujo, O Divórcio, Origem, Prática e Conseqüências, Natal, TCC, 2003.
GENEVOIS, M. A.,
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LANGSTON, A. B., Notas Sobre Ética Prática, Casa Publicadora Batista, Rio, 1954.
MORAES, Walter Simpliciano, O Divórcio à Luz da Biblia, Natal, TCC, 2003.
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RYRIE, Charles Caldwell, A Bíblia Anotada - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Revista e Atualizada, São Paulo, Mundo Cristão, 1995
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WELCH, W. Wilbert, Comportamento Adequado aos Santos, São Paulo, Imprensa Batista Regular, 1985.
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