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28 agosto 2012

POR QUE A IGREJA UNIU-SE AO ESTADO

Como o cristianismo parecia ameaçar a cultura greco-romana, Diocleciano fez uma fracassada tentativa de destruí-lo entre 303 e 305. Mais astuto, Constantino, seu sucessor, compreendeu que se o Estado não podia destruí-lo pela força, o melhor seria usar a Igreja como um aliado para salvar a cultura clássica. O processo pelo qual a Igreja e o Estado chegaram a um acordo começou quando Constantino conseguiu o controle completo do Estado.
Mas, conta-se que num sonho antes da batalha, Constantino teve a visão de um monograma composto das duas primeiras letras gregas do nome de Cristo. No dia seguinte ordenou que seus soldados inscrevessem aquele monograma em seus escudos. Outra estória conta que marchando um dia com seu exército, viu a imagem da cruz aparecer na frente do sol com as palavras "A este sinal, conquiste".
E que durante o inverno de 312 e 313, escreveu a um oficial no norte da África instruindo-o a suprir financeiramente o bispo de Cartago para que pagasse despesas do clero. Quando ele e Licínio se encontraram em Milão em 313, baixaram um edital garantindo a todas as pessoas liberdade para seguir a religião que quisessem.
Seus sentimentos cristãos também resultaram em leis permitindo a bispos decidirem sobre processos judiciais, eliminarem qualquer marca na face (porque maculava a imagem de Deus), côrtes judiciais e oficinas aos domingos e acabarem com jogos gladiadores. Dessa maneira, favoreceu o cristianismo.
Mas, na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários, os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império: Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.

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