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09 janeiro 2013

Mário Barreto França


Mário Barreto França [551, 581] nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 14 de fevereiro de 1909, neto do grande Jurisconsulto, Filósofo, Professor e Poeta sergipano Tobias Barreto de Menezes. Pertenceu ao Exército Brasileiro e destacou-se não só como militar, mas também como poeta e cultor das letras, tendo sido membro da Academia Evangélica de Letras e do Cenáculo Fluminense de História e Letras. Colaborador efetivo do Jornal Batista, editado no Rio de Janeiro e de circulação nacional, Mário Barreto França escreveu inúmeros livros de poesias, crônicas, contos e memórias, entre outros “No Jardim Do Senhor”, “Sob Os Céus Da Palestina”, “De Joelhos”, “O Louvor Dos Humildes”, “Um Caminho No Deserto” e “Rios no Êrmo”.
  Sua poesia é bela, inspirada, profunda e de uma espiritualidade que fala ao coração, agradando ao mais exigente leitor. Porque fala de Deus, fala do amor, do bem, da fé e da esperança, conforme se observa nos versos a seguir: “Na sinfonia rústica da vida,/os humildes, Senhor,/à voz da natureza agradecida/irmanam seu louvor. É o dueto da crença e da verdade,/de Maria e José;/É o canto inspirador da caridade,/da esperança e da fé.” O sociólogo e crítico literário Mário Ribeiro Martins no livro “Escritores De Goiás” no capítulo de Poetas Do Evangelismo Brasileiro, páginas 711 a 714, afirma “que o poeta estudou no Recife, Santos e Niterói, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido professor de Português, Matemática, Ciências, Educação Física e como jornalista, era filiado à Associação Fluminense de Jornalistas.”
  Pertencente à comunidade Batista, seus versos ainda são declamados em incontáveis Igrejas Evangélicas espalhadas pelo Brasil, sendo, portanto, um dos mais conhecidos e amados poetas brasileiros. Sua obra é numerosa, escreveu também: “E ouviu-se uma voz do céu”, “Como as ondas do mar”, “vejo a glória de Deus”, “Madureira chorou na prisão”, ( Biografia de ex-detento) “pelas quadras da vida” e “um sonho modificou meu destino”. Alfredo Mignac, poeta, dedicando-lhe um soneto, assim se expressou: “A Mário Barreto França, esse poeta insigne da denominação, recebendo na Bahia a merecida sagração na apoteose sublime da sua poesia evangélica.”. Sonetista de primeira, cultivou como ninguém a arte do soneto, como se vê nestes versos: “Sim, eu sei a injustiça que hei sofrido./Que vontade me vem de protestar!/Mas, domino este impulso e, decidido,/continuo servindo à Pátria e ao lar. Não choro ter, ó Deus, algo perdido,/pois sei que muito mais tens para dar./O que me dói é ver o amor fingido/em ter-se, a qualquer preço, um bom lugar…/Quanta ambição de alguns o peito invade,/pois, para alimentar sua vaidade,/mancham e ofendem de outros a moral./E, nesse anseio de melhor destino,/esquecem de Jesus o nobre ensino:/- “A cada dia basta o próprio mal!”.
  Trovador magnífico, escreveu trovas primorosas e líricas, como estas: “Saudade, de quando em quando,/provoca mágoas e dores,/pois vai de amores matando/quem vive lembrando amores…” “Fui menino, moço, e, agora/por que mudei tanto assim?/Lembrando os tempos de outrora,/tenho saudades de mim…”
  Ainda em vida, recebeu condecorações militares, títulos honoríficos e medalhas do Pacificador, Maria Quitéria de Jesus, Mal. Caetano de Farias e outras distinções. Participou da Coleção “Nossas Trovas”, 1973, “Nossas Poesias”, 1974 e “Anuário de Poetas do Brasil,” Rio de Janeiro, 1975, 1976 e 1977, 2º volume, organização do saudoso poeta Aparício Fernandes. Está presente na Enciclopédia de Literatura Brasileira, de Afrânio Coutinho e J. Galante, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho Botelho, edição revista e atualizada, em 2001. 

Fonte: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=3503&cat=Ensaios

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