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18 fevereiro 2013

UM ENCONTRO INEVITÁVEL

Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” Atos 17.30-31
Estes versículos afirmam três coisas espetaculares: Deus estabeleceu um dia, nomeou um Juiz e exige arrependimento.
Deus estabeleceu um dia
Eu anunciaria a cada menino e menina, homem e mulher não salvos que Deus estabeleceu um dia para o julgamento. Você tem um encontro com o Onipotente, um compromisso com o Divino. Esse encontro tem de ser realizado. Não pode ser adiado nem cancelado. Você não pode se esquivar dele. Sua secretária não pode responder: “Ele está ocupado no momento”. Algumas pessoas são sempre pontuais em seus compromissos de negócios e sociais, mas ignoram a data mais importante do calendário da vida.
Dizem que o apóstolo Paulo tinha apenas duas datas marcadas em sua agenda: “hoje” e “aquele dia”. Temos certeza da chegada destes dois dias. Temos o hoje, o momento presente; e aquele dia com certeza virá. Se você está pronto para aquele dia, você está pronto hoje; se você está salvo hoje, você está pronto para aquele dia. Deus estabeleceu um dia, e é melhor você marcá-lo em seu calendário, pois Deus já o marcou no dele.
Um adolescente estava conversando com o pastor, um homem de Deus. “Que faculdade você pretende fazer?”, perguntou o pastor.
“Faculdade de Direito.”
“E depois que terminar a faculdade?”
“Vou abrir meu próprio escritório.”
“E depois?”
“Quero uma firma de advocacia, com muitos advogados trabalhando pra mim.”
“E depois?”
“Bom, acho que irei me aposentar.”
“E depois?”
O adolescente entendeu o que vinha pela frente. “Então, acho que vou morrer.”
“E depois da morte, o que vem?”
O rapaz ficou em silêncio, mas o pastor continuou: “Vou lhe dizer o que vem a seguir: ‘Está ordenado ao homem morrer uma vez, vindo depois disto o juízo final’”.
O vulto do encontro com o Divino está sempre presente. Ser salvo ou não é uma opção do homem, mas as consequências da escolha não são opcionais. A pessoa planta o que quer, mas não decide se quer colher trigo ou ervilha. Vai colher o que plantou. A colheita não é opcional. “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo” (Ec 11.9).
Deus estabeleceu um dia. E vamos seguir seu calendário, e não o nosso. Depois do naufrágio do Titanic, os escritórios da empresa do navio postaram listas com os nomes dos passageiros. Parentes e amigos que se deparavam com o nome de um ente querido na lista dos mortos tinham esperança de a lista estar errada, mas não estava. Naquele dia, a lista de Deus estará correta.
As categorias serão apenas “Perdidos” e “Salvos”. Nada mais poderá ser feito. Naquele encontro com o Divino, todos “os pontos serão acertados”. Não haverá uma segunda chance. Nenhuma sentença será reconsiderada. Tudo será final — não haverá apelo ao tribunal.
Alguma coisa pode ser feita agora, mas não naquele dia. Não podemos ter certeza de muitas coisas nos dias de hoje, no entanto, podemos ter certeza de que o encontro como Onipotente irá acontecer. Deus cumpre sua palavra.
Deus nomeou um Juiz
Deus não só estabeleceu um dia, mas também nomeou um Juiz. Os versículos acima afirmam que ele julgará o mundo com justiça. Aqui no mundo nem sempre somos tratados com justiça, porém todas as contas serão acertadas naquele dia. O padrão de justiça de Deus tem de ser cumprido, e ele
não faz concessões às ideias cinzentas de certo e errado da nossa sociedade. Houve uma época em que Deus não levou em conta a ignorância dos homens, no entanto, ele jamais, em época nenhuma, fez vistas grossas ao pecado.
A Luz surgiu na pessoa de Jesus Cristo. Nunca alcançaríamos a justiça de Deus, porém seu Filho se tornou pecado em nosso lugar para que fôssemos justificados diante de Deus por meio dele. Quando nos entregamos a Cristo, recebemos sua justiça. Ficamos, assim, prontos para o encontro daquele dia, pois, vestidos de sua retidão, estamos impecáveis para nos colocarmos diante do trono.
No entanto, aquele que é nosso Salvador hoje foi nomeado nosso Juiz para aquele dia. Deus julgará o mundo por meio daquele Homem que ele nomeou. E Deus comprovou este fato ao levantar Jesus de entre
os mortos,

Li sobre uma mulher que deveria comparecer ao fórum por causa de um processo contra ela. A mulher pretendia contratar os serviços do melhor advogado da cidade, mas demorou muito em procurá-lo. Quando finalmente pediu que o advogado a ajudasse com o litígio, ele respondeu: “Sinto muito, mas acabei de ser nomeado juiz. Eu poderia ter advogado sua causa antes, mas agora só posso julgar a senhora”.
Nosso Senhor Jesus será nosso Advogado se lhe entregarmos nosso caso hoje; contudo se nos demorarmos, ele será nosso Juiz naquele dia, pois Deus o nomeou para tanto.
Muitos sermões adocicados de hoje negligenciam este aspecto da obra de Deus. Ouvimos muito sobre o Nazareno humilde e manso que faz o bem a todos. Alguns falam muito dele como o Salvador, e fazem muito bem em falar. Damos graças a Deus por Cristo, o Mestre, e Jesus o Salvador, mas é bom abrirmos os olhos para o fato de que um dia nos depararemos com ele numa posição bem diferente. Não ouvimos muito hoje sobre o Homem que Deus nomeou Juiz para aquele dia que já foi estabelecido.
Deus exige arrependimento
Deus não só estabeleceu um dia e nomeou um Juiz, mas também exigiu arrependimento. Você observará que Deus não faz um simples convite ao arrependimento; ele exige arrependimento.
Achamos que muitos mandamentos de Deus são meros convites. Muitas mensagens de hoje recomendam, com muita gentileza, que nos arrependamos, e deixam de lado o cenário reverente do julgamento vindouro.
Deus manda que nos arrependamos, creiamos, obedeçamos e façamos muitas outras coisas—e toda e qualquer desobediência é pecado.
A geração presente não teme a Deus. Deus é visto como um vovô balançando-nos em seus joelhos e rindo de nossas travessuras. O Deus de muita gente tem a força moral de Papai Noel. Contudo o Deus da Bíblia é um Deus santo que odeia o pecado. Ele estabeleceu um dia para o julgamento, ele nomeou um Juiz e ele exige arrependimento.
Ele ordena que todas as pessoas de todos os lugares se arrependam. Seja você quem for—pobre, rico, mendigo, ladrão, “[...] não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.22,23).
Quer você dirija um carrão da hora ou seja catador de papel nas ruas da cidade, quer você more num bairro chique ou na favela, tem de se arrepender de seus pecados. E “[...] se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lc 13.3).
Todavia o arrependimento tem de ser acompanho pela fé. Paulo pregou “[...] a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.21). Temos de nos “arrepender e crer no evangelho” (Mc 1.15). O Juiz futuro é nosso Salvador hoje. Se confiarmos nele, saberemos em quem temos crido e temos certeza de que ele é apto para guardar o que lhe entregamos até o dia final.
A maneira de nos prepararmos para o dia do encontro é confiar naquele que será o Juiz nomeado por Deus. Se formos salvos hoje, estaremos seguros naquele dia.
Arrepender-se é voltar o pensamento para Deus. É abandonar a descrença e ter fé no Salvador. Fé em Cristo nada mais é do que confiar nele e entregar-lhe tudo o que somos e possuímos. Isto pode ser feito num segundo, mas durará por toda a eternidade.
Você tem um encontro que não pode ser desmarcado. Você tem de se encontrar com Deus. O melhor mesmo é se encontrar com ele agora em misericórdia, para não ter de encará-lo no dia do julgamento. “[...] eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2Co 6.2).
Aquele dia tem hora marcada, e há uma hora aceitável hoje. Prepare-se hoje para aquele dia!

Vance Havner (1901-1986)
(Sword of the Lord)

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