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10 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 17)

Jó 5-7

Cap. 5

 (1) CHAMA agora; há alguém que te responda? E para qual dos santos te virarás? (2) Porque a ira destrói o louco; e o zelo mata o tolo. (3) Bem vi eu o louco lançar raízes; porém logo amaldiçoei a sua habitação. (4) Seus filhos estão longe da salvação; e são despedaçados às portas, e não há quem os livre. (5) A sua messe, o faminto a devora, e até dentre os espinhos a tira; e o salteador traga a sua fazenda. (6) Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. (7) Mas o homem nasce para a tribulação, como as faíscas se levantam para voar. (8) Porém eu buscaria a Deus; e a ele entregaria a minha causa. (9) Ele faz coisas grandes e inescrutáveis, e maravilhas sem número. (10) Ele dá a chuva sobre a terra, e envia águas sobre os campos. (11) Para pôr aos abatidos num lugar alto; e para que os enlutados se exaltem na salvação. (12) Ele aniquila as imaginações dos astutos, para que as suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito. (13) Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; e o conselho dos perversos se precipita. (14) Eles de dia encontram as trevas; e ao meio-dia andam às apalpadelas como de noite. (15) Porém ao necessitado livra da espada, e da boca deles, e da mão do forte. (16) Assim há esperança para o pobre; e a iniqüidade tapa a sua boca. (17) Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso. (18) Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere, e as suas mãos curam. (19) Em seis angústias te livrará; e na sétima o mal não te tocará. (20) Na fome te livrará da morte; e na guerra, da violência da espada. (21) Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a assolação, quando vier. (22) Da assolação e da fome te rirás, e os animais da terra não temerás. (23) Porque até com as pedras do campo terás o teu acordo, e as feras do campo serão pacíficas contigo. (24) E saberás que a tua tenda está em paz; e visitarás a tua habitação, e não pecarás. (25) Também saberás que se multiplicará a tua descendência e a tua posteridade como a erva da terra, (26) Na velhice irás à sepultura, como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo. (27) Eis que isto já o havemos inquirido, e assim é; ouve-o, e medita nisso para teu bem.

Cap. 6

 (1) ENTÃO Jó respondeu, dizendo: (2) Oh! se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança! (3) Porque, na verdade, mais pesada seria, do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido engolidas. (4) Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo ardente veneno suga o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim. (5) Porventura zurrará o jumento montês junto à relva? Ou mugirá o boi junto ao seu pasto? (6) Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo? (7) A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante. (8) Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero! (9) E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e me acabasse! (10) Isto ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não ocultei as palavras do Santo. (11) Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que tenha ainda paciência? (12) É porventura a minha força a força da pedra? Ou é de cobre a minha carne? (13) Está em mim a minha ajuda? Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria? (14) Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso. (15) Meus irmãos aleivosamente me trataram, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam, (16) Que estão encobertos com a geada, e neles se esconde a neve, (17) No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar. (18) Desviam-se as veredas dos seus caminhos; sobem ao vácuo, e perecem. (19) Os caminhantes de Tema os vêem; os passageiros de Sabá esperam por eles. (20) Ficam envergonhados, por terem confiado e, chegando ali, se confundem. (21) Agora sois semelhantes a eles; vistes o terror, e temestes. (22) Acaso disse eu: Dai-me ou oferecei-me presentes de vossos bens? (23) Ou livrai-me das mãos do opressor? Ou redimi-me das mãos dos tiranos? (24) Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei. (25) Oh! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa argüição? (26) Porventura buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento? (27) Mas antes lançais sortes sobre o órfão; e cavais uma cova para o amigo. (28) Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença. (29) Voltai, pois, não haja iniqüidade; tornai-vos, digo, que ainda a minha justiça aparecerá nisso. (30) Há porventura iniqüidade na minha língua? Ou não poderia o meu paladar distinguir coisas iníquas?

Cap. 7

 (1) PORVENTURA não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro? (2) Como o servo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga, (3) Assim me deram por herança meses de vaidade; e noites de trabalho me prepararam. (4) Deitando-me a dormir, então digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até à alva. (5) A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele está gretada, e se fez abominável. (6) Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e acabam-se, sem esperança. (7) Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem. (8) Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, porém não serei mais. (9) Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. (10) Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá. (11) Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura da minha alma. (12) Sou eu porventura o mar, ou a baleia, para que me ponhas uma guarda? (13) Dizendo eu: Consolar-me-á a minha cama; meu leito aliviará a minha ânsia; (14) Então me espantas com sonhos, e com visões me assombras; (15) Assim a minha alma escolheria antes a estrangulação; e antes a morte do que a vida. (16) A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias. (17) Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas nele o teu coração, (18) E cada manhã o visites, e cada momento o proves? (19) Até quando não apartarás de mim, nem me largarás, até que engula a minha saliva? (20) Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado? (21) E por que não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniqüidade? Porque agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não existirei mais.

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