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11 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 18)

Jó 8-10

Cap. 8

 (1) ENTÃO respondendo Bildade o suíta, disse: (2) Até quando falarás tais coisas, e as palavras da tua boca serão como um vento impetuoso? (3) Porventura perverteria Deus o direito? E perverteria o Todo-Poderoso a justiça? (4) Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão. (5) Mas, se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia; (6) Se fores puro e reto, certamente logo despertará por ti, e restaurará a morada da tua justiça. (7) O teu princípio, na verdade, terá sido pequeno, porém o teu último estado crescerá em extremo. (8) Pois, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas; e prepara-te para a inquirição de seus pais. (9) Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra. (10) Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, e do seu coração não tirarão palavras? (11) Porventura cresce o junco sem lodo? Ou cresce a espadana sem água? (12) Estando ainda no seu verdor, ainda que não cortada, todavia antes de qualquer outra erva se seca. (13) Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá. (14) Cuja esperança fica frustrada; e a sua confiança será como a teia de aranha. (15) Encostar-se-á à sua casa, mas ela não subsistirá; apegar-se-á a ela, mas não ficará em pé. (16) Ele é viçoso perante o sol, e os seus renovos saem sobre o seu jardim; (17) As suas raízes se entrelaçam, junto à fonte; para o pedregal atenta. (18) Se Deus o consumir do seu lugar, negá-lo-á este, dizendo: Nunca te vi! (19) Eis que este é a alegria do seu caminho, e outros brotarão do pó. (20) Eis que Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores; (21) Até que de riso te encha a boca, e os teus lábios de júbilo. (22) Os que te odeiam se vestirão de confusão, e a tenda dos ímpios não existirá mais.

Cap. 9

 (1) ENTÃO Jó respondeu, dizendo: (2) Na verdade sei que assim é; porque, como se justificaria o homem para com Deus? (3) Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder. (4) Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz? (5) Ele é o que remove os montes, sem que o saibam, e o que os transtorna no seu furor. (6) O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem. (7) O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas. (8) O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar. (9) O que fez a Ursa, o Órion, e o Sete-estrelo, e as recâmaras do sul. (10) O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e maravilhas sem número. (11) Eis que ele passa por diante de mim, e não o vejo; e torna a passar perante mim, e não o sinto. (12) Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir? Quem lhe dirá: Que é o que fazes? (13) Deus não revogará a sua ira; debaixo dele se encurvam os auxiliadores soberbos. (14) Quanto menos lhe responderia eu, ou escolheria diante dele as minhas palavras! (15) Porque, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia; antes ao meu Juiz pediria misericórdia. (16) Ainda que chamasse, e ele me respondesse, nem por isso creria que desse ouvidos à minha voz. (17) Porque me quebranta com uma tempestade, e multiplica as minhas chagas sem causa. (18) Não me permite respirar, antes me farta de amarguras. (19) Quanto às forças, eis que ele é o forte; e, quanto ao juízo, quem me citará com ele? (20) Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se for perfeito, então ela me declarará perverso. (21) Se for perfeito, não estimo a minha alma; desprezo a minha vida. (22) A coisa é esta; por isso eu digo que ele consome ao perfeito e ao ímpio. (23) Quando o açoite mata de repente, então ele zomba da prova dos inocentes. (24) A terra é entregue nas mãos do ímpio; ele cobre o rosto dos juízes; se não é ele, quem é, logo? (25) E os meus dias são mais velozes do que um correio; fugiram, e não viram o bem. (26) Passam como navios veleiros; como águia que se lança à comida. (27) Se eu disser: Eu me esquecerei da minha queixa, e mudarei o meu aspecto e tomarei alento, (28) Receio todas as minhas dores, porque bem sei que não me terás por inocente. (29) E, sendo eu ímpio, por que trabalharei em vão? (30) Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão, (31) Ainda me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão. (32) Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. (33) Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos. (34) Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror. (35) Então falarei, e não o temerei; porque não sou assim em mim mesmo.

Cap. 10

 (1) A MINHA alma tem tédio da minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura da minha alma. (2) Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo. (3) Parece-te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho das tuas mãos e resplandeças sobre o conselho dos ímpios? (4) Tens tu porventura olhos de carne? Vês tu como vê o homem? (5) São os teus dias como os dias do homem? Ou são os teus anos como os anos de um homem, (6) Para te informares da minha iniqüidade, e averiguares o meu pecado? (7) Bem sabes tu que eu não sou iníquo; todavia ninguém há que me livre da tua mão. (8) As tuas mãos me fizeram e me formaram completamente; contudo me consomes. (9) Peço-te que te lembres de que como barro me formaste e me farás voltar ao pó. (10) Porventura não me vazaste como leite, e como queijo não me coalhaste? (11) De pele e carne me vestiste, e de ossos e nervos me teceste. (12) Vida e misericórdia me concedeste; e o teu cuidado guardou o meu espírito. (13) Porém estas coisas as ocultaste no teu coração; bem sei eu que isto esteve contigo. (14) Se eu pecar, tu me observas; e da minha iniqüidade não me escusarás. (15) Se for ímpio, ai de mim! E se for justo, não levantarei a minha cabeça; farto estou da minha ignomínia; e vê qual é a minha aflição, (16) Porque se vai crescendo; tu me caças como a um leão feroz; tornas a fazer maravilhas para comigo. (17) Tu renovas contra mim as tuas testemunhas, e multiplicas contra mim a tua ira; reveses e combate estão comigo. (18) Por que, pois, me tiraste da madre? Ah! se então tivera expirado, e olho nenhum me visse! (19) Então eu teria sido como se nunca fora; e desde o ventre seria levado à sepultura! (20) Porventura não são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me, para que por um pouco eu tome alento. (21) Antes que eu vá para o lugar de que não voltarei, à terra da escuridão e da sombra da morte; (22) Terra escuríssima, como a própria escuridão, terra da sombra da morte e sem ordem alguma, e onde a luz é como a escuridão.

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