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12 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 19)

Jó 11-13


Cap. 11

 (1) ENTÃO respondeu Zofar, o naamatita, e disse: (2) Porventura não se dará resposta à multidão de palavras? E o homem falador será justificado? (3) Às tuas mentiras se hão de calar os homens? E zombarás tu sem que ninguém te envergonhe? (4) Pois dizes: A minha doutrina é pura, e limpo sou aos teus olhos. (5) Mas na verdade, quem dera que Deus falasse e abrisse os seus lábios contra ti! (6) E te fizesse saber os segredos da sabedoria, que é multíplice em eficácia; sabe, pois, que Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade. (7) Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? (8) Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? É mais profunda do que o inferno, que poderás tu saber? (9) Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do que o mar. (10) Se ele passar, aprisionar, ou chamar a juízo, quem o impedirá? (11) Porque ele conhece aos homens vãos, e vê o vício; e não o terá em consideração? (12) Mas o homem vão é falto de entendimento; sim, o homem nasce como a cria do jumento montês. (13) Se tu preparares o teu coração, e estenderes as tuas mãos para ele; (14) Se há iniqüidade na tua mão, lança-a para longe de ti e não deixes habitar a injustiça nas tuas tendas. (15) Porque então o teu rosto levantarás sem mácula; e estarás firme, e não temerás. (16) Porque te esquecerás do cansaço, e lembrar-te-ás dele como das águas que já passaram. (17) E a tua vida mais clara se levantará do que o meio-dia; ainda que haja trevas, será como a manhã. (18) E terás confiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro. (19) E deitar-te-ás, e ninguém te espantará; muitos suplicarão o teu favor. (20) Porém os olhos dos ímpios desfalecerão, e perecerá o seu refúgio; e a sua esperança será o expirar da alma.

Cap. 12

 (1) ENTÃO Jó respondeu, dizendo: (2) Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria. (3) Também eu tenho entendimento como vós, e não vos sou inferior; e quem não sabe tais coisas como essas? (4) Eu sou motivo de riso para os meus amigos; eu, que invoco a Deus, e ele me responde; o justo e perfeito serve de zombaria. (5) Tocha desprezível é, na opinião do que está descansado, aquele que está pronto a vacilar com os pés. (6) As tendas dos assoladores têm descanso, e os que provocam a Deus estão seguros; nas suas mãos Deus lhes põe tudo. (7) Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas te ensinará; e às aves dos céus, e elas te farão saber; (8) Ou fala com a terra, e ela te ensinará; até os peixes do mar te contarão. (9) Quem não entende, por todas estas coisas, que a mão do SENHOR fez isto? (10) Na sua mão está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana. (11) Porventura o ouvido não provará as palavras, como o paladar prova as comidas? (12) Com os idosos está a sabedoria, e na longevidade o entendimento. (13) Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento tem. (14) Eis que ele derruba, e ninguém há que edifique; prende um homem, e ninguém há que o solte. (15) Eis que ele retém as águas, e elas secam; e solta-as, e elas transtornam a terra. (16) Com ele está a força e a sabedoria; seu é o que erra e o que o faz errar. (17) Aos conselheiros leva despojados, e aos juízes faz desvairar. (18) Solta a autoridade dos reis, e ata o cinto aos seus lombos. (19) Aos sacerdotes leva despojados, aos poderosos transtorna. (20) Aos acreditados tira a fala, e tira o entendimento aos anciãos. (21) Derrama desprezo sobre os príncipes, e afrouxa o cinto dos fortes. (22) Das trevas descobre coisas profundas, e traz à luz a sombra da morte. (23) Multiplica as nações e as faz perecer; dispersa as nações, e de novo as reconduz. (24) Tira o entendimento aos chefes dos povos da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho. (25) Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz, e os faz desatinar como ébrios.

Cap. 13

 (1) EIS que tudo isto viram os meus olhos, e os meus ouvidos o ouviram e entenderam. (2) Como vós o sabeis, também eu o sei; não vos sou inferior. (3) Mas eu falarei ao Todo-Poderoso, e quero defender-me perante Deus. (4) Vós, porém, sois inventores de mentiras, e vós todos médicos que não valem nada. (5) Quem dera que vos calásseis de todo, pois isso seria a vossa sabedoria. (6) Ouvi agora a minha defesa, e escutai os argumentos dos meus lábios. (7) Porventura por Deus falareis perversidade e por ele falareis mentiras? (8) Fareis acepção da sua pessoa? Contendereis por Deus? (9) Ser-vos-ia bom, se ele vos esquadrinhasse? Ou zombareis dele, como se zomba de algum homem? (10) Certamente vos repreenderá, se em oculto fizerdes acepção de pessoas. (11) Porventura não vos espantará a sua alteza, e não cairá sobre vós o seu terror? (12) As vossas memórias são como provérbios de cinza; as vossas defesas como defesas de lodo. (13) Calai-vos perante mim, e falarei eu, e venha sobre mim o que vier. (14) Por que razão tomarei eu a minha carne com os meus dentes, e porei a minha vida na minha mão? (15) Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele. (16) Também ele será a minha salvação; porém o hipócrita não virá perante ele. (17) Ouvi com atenção as minhas palavras, e com os vossos ouvidos a minha declaração. (18) Eis que já tenho ordenado a minha causa, e sei que serei achado justo. (19) Quem é o que contenderá comigo? Se eu agora me calasse, renderia o espírito. (20) Duas coisas somente não faças para comigo; então não me esconderei do teu rosto: (21) Desvia a tua mão para longe, de mim, e não me espante o teu terror. (22) Chama, pois, e eu responderei; ou eu falarei, e tu me responderás. (23) Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado. (24) Por que escondes o teu rosto, e me tens por teu inimigo? (25) Porventura acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco? (26) Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade? (27) Também pões os meus pés no tronco, e observas todos os meus caminhos, e marcas os sinais dos meus pés. (28) E ele me consome como a podridão, e como a roupa, à qual rói a traça.

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