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13 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 20)

Jó 14-17

Cap. 14

 (1) O HOMEM, nascido da mulher, é de poucos dias e farto de inquietação. (2) Sai como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não permanece. (3) E sobre este tal abres os teus olhos, e a mim me fazes entrar no juízo contigo. (4) Quem do imundo tirará o puro? Ninguém. (5) Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles. (6) Desvia-te dele, para que tenha repouso, até que, como o jornaleiro, tenha contentamento no seu dia. (7) Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. (8) Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, (9) Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta. (10) Porém, morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então onde está ele? (11) Como as águas se retiram do mar, e o rio se esgota, e fica seco, (12) Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará nem despertará de seu sono. (13) Quem dera que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim! (14) Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. (15) Chamar-me-ias, e eu te responderia, e terias afeto à obra de tuas mãos. (16) Mas agora contas os meus passos; porventura não vigias sobre o meu pecado? (17) A minha transgressão está selada num saco, e amontoas as minhas iniqüidades. (18) E, na verdade, caindo a montanha, desfaz-se; e a rocha se remove do seu lugar. (19) As águas gastam as pedras, as cheias afogam o pó da terra; e tu fazes perecer a esperança do homem; (20) Tu para sempre prevaleces contra ele, e ele passa; mudas o seu rosto, e o despedes. (21) Os seus filhos recebem honra, sem que ele o saiba; são humilhados, sem que ele o perceba; (22) Mas a sua carne nele tem dores, e a sua alma nele lamenta.

Cap. 15

 (1) ENTÃO respondeu Elifaz o temanita, e disse: (2) Porventura proferirá o sábio vã sabedoria? E encherá do vento oriental o seu ventre, (3) Argüindo com palavras que de nada servem, e com razões, de que nada aproveita? (4) E tu tens feito vão o temor, e diminuis os rogos diante de Deus. (5) Porque a tua boca declara a tua iniqüidade; e tu escolhes a língua dos astutos. (6) A tua boca te condena, e não eu, e os teus lábios testificam contra ti. (7) És tu porventura o primeiro homem que nasceu? Ou foste formado antes dos outeiros? (8) Ou ouviste o secreto conselho de Deus e a ti só limitaste a sabedoria? (9) Que sabes tu, que nós não saibamos? Que entendes, que não haja em nós? (10) Também há entre nós encanecidos e idosos, muito mais idosos do que teu pai. (11) Porventura fazes pouco caso das consolações de Deus, e da suave palavra que te dirigimos? (12) Por que te arrebata o teu coração, e por que piscam os teus olhos? (13) Para virares contra Deus o teu espírito, e deixares sair tais palavras da tua boca? (14) Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce da mulher, para ser justo? (15) Eis que ele não confia nos seus santos, e nem os céus são puros aos seus olhos. (16) Quanto mais abominável e corrupto é o homem que bebe a iniqüidade como a água? (17) Escuta-me, mostrar-te-ei; e o que tenho visto te contarei (18) (O que os sábios anunciaram, ouvindo-o de seus pais, e o não ocultaram; (19) Aos quais somente se dera a terra, e nenhum estranho passou por entre eles): (20) Todos os dias o ímpio é atormentado, e se reserva, para o tirano, um certo número de anos. (21) O sonido dos horrores está nos seus ouvidos; até na paz lhe sobrevém o assolador. (22) Não crê que tornará das trevas, mas que o espera a espada. (23) Anda vagueando por pão, dizendo: Onde está? Bem sabe que já o dia das trevas lhe está preparado, à mão. (24) Assombram-no a angústia e a tribulação; prevalecem contra ele, como o rei preparado para a peleja; (25) Porque estendeu a sua mão contra Deus, e contra o Todo-Poderoso se embraveceu. (26) Arremete contra ele com a dura cerviz, e contra os pontos grossos dos seus escudos. (27) Porquanto cobriu o seu rosto com a sua gordura, e criou gordura nas ilhargas. (28) E habitou em cidades assoladas, em casas em que ninguém morava, que estavam a ponto de fazer-se montões de ruínas. (29) Não se enriquecerá, nem subsistirá a sua fazenda, nem se estenderão pela terra as suas possessões. (30) Não escapará das trevas; a chama do fogo secará os seus renovos, e ao sopro da sua boca desaparecerá. (31) Não confie, pois, na vaidade, enganando-se a si mesmo, porque a vaidade será a sua recompensa. (32) Antes do seu dia ela se consumará; e o seu ramo não reverdecerá. (33) Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vide, e deixará cair a sua flor como a oliveira, (34) Porque a congregação dos hipócritas se fará estéril, e o fogo consumirá as tendas do suborno. (35) Concebem a malícia, e dão à luz a iniqüidade, e o seu ventre prepara enganos.

Cap. 16

 (1) ENTÃO respondeu Jó, dizendo: (2) Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos. (3) Porventura não terão fim essas palavras de vento? Ou o que te irrita, para assim responderes? (4) Falaria eu também como vós falais, se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma, ou amontoaria palavras contra vós, e menearia contra vós a minha cabeça? (5) Antes vos fortaleceria com a minha boca, e a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor. (6) Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu, qual é o meu alívio? (7) Na verdade, agora tu me tens fatigado; tu assolaste toda a minha companhia, (8) Testemunha disto é que já me fizeste enrugado, e a minha magreza já se levanta contra mim, e no meu rosto testifica contra mim. (9) Na sua ira me despedaçou, e ele me perseguiu; rangeu os seus dentes contra mim; aguça o meu adversário os seus olhos contra mim. (10) Abrem a sua boca contra mim; com desprezo me feriram nos queixos, e contra mim se ajuntam todos. (11) Entrega-me Deus ao perverso, e nas mãos dos ímpios me faz cair. (12) Descansado estava eu, porém ele me quebrantou; e pegou-me pela cerviz, e me despedaçou; também me pôs por seu alvo. (13) Cercam-me os seus flecheiros; atravessa-me os rins, e não me poupa, e o meu fel derrama sobre a terra, (14) Fere-me com ferimento sobre ferimento; arremete contra mim como um valente. (15) Cosi sobre a minha pele o cilício, e revolvi a minha cabeça no pó. (16) O meu rosto está todo avermelhado de chorar, e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte: (17) Apesar de não haver violência nas minhas mãos, e de ser pura a minha oração. (18) Ah! terra, não cubras o meu sangue e não haja lugar para ocultar o meu clamor! (19) Eis que também agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas o meu testemunho está. (20) Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus. (21) Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem, como o homem pelo seu próximo! (22) Porque decorridos poucos anos, eu seguirei o caminho por onde não tornarei.

Cap. 17

 (1) O MEU espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura. (2) Deveras estou cercado de zombadores, e os meus olhos contemplam as suas provocações. (3) Promete agora, e dá-me um fiador para contigo; quem há que me dê a mão? (4) Porque aos seus corações encobriste o entendimento, por isso não os exaltarás. (5) O que denuncia os seus amigos, a fim de serem despojados, também os olhos de seus filhos desfalecerão. (6) Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos, de modo que me tornei uma abominação para eles. (7) Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos, e já todos os meus membros são como a sombra. (8) Os retos pasmarão disto, e o inocente se levantará contra o hipócrita. (9) E o justo seguirá o seu caminho firmemente, e o puro de mãos irá crescendo em força. (10) Mas, na verdade, tornai todos vós e vinde; porque sábio nenhum acharei entre vós. (11) Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos, as aspirações do meu coração. (12) Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim, por causa das trevas. (13) Se eu esperar, a sepultura será a minha casa; nas trevas estenderei a minha cama. (14) À corrupção clamo: Tu és meu pai; e aos vermes: Vós sois minha mãe e minha irmã. (15) Onde, pois, estaria agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver? (16) As barras da sepultura descerão quando juntamente no pó teremos descanso.

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