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08 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 16)

Jó 1-4

Cap. 1

 (1) HAVIA um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. (2) E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. (3) E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente. (4) E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. (5) Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente. (6) E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. (7) Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. (8) E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. (9) Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? (10) Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra. (11) Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. (12) E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR. (13) E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito, (14) Que veio um mensageiro a Jó, e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pastavam junto a eles; (15) E deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova. (16) Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu, e só eu escapei para trazer-te a nova. (17) Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Ordenando os caldeus três tropas, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova. (18) Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, (19) Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova. (20) Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. (21) E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR. (22) Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.

Cap. 2

 (1) E, VINDO outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR. (2) Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. (3) E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa. (4) Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. (5) Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face! (6) E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida. (7) Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. (8) E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza. (9) Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. (10) Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. (11) Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, para o consolarem. (12) E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgaram cada um o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar. (13) E assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande.

Cap. 3

 (1) DEPOIS disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia. (2) E Jó, falando, disse: (3) Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! (4) Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz. (5) Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; a escuridão do dia o espante! (6) Quanto àquela noite, dela se apodere a escuridão; e não se regozije ela entre os dias do ano; e não entre no número dos meses! (7) Ah! que solitária seja aquela noite, e nela não entre voz de júbilo! (8) Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam o dia, que estão prontos para suscitar o seu pranto. (9) Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo; que espere a luz, e não venha; e não veja as pálpebras da alva; (10) Porque não fechou as portas do ventre; nem escondeu dos meus olhos a canseira. (11) Por que não morri eu desde a madre? E em saindo do ventre, não expirei? (12) Por que me receberam os joelhos? E por que os peitos, para que mamasse? (13) Porque já agora jazeria e repousaria; dormiria, e então haveria repouso para mim. (14) Com os reis e conselheiros da terra, que para si edificam casas nos lugares assolados, (15) Ou com os príncipes que possuem ouro, que enchem as suas casas de prata, (16) Ou como aborto oculto, não existiria; como as crianças que não viram a luz. (17) Ali os maus cessam de perturbar; e ali repousam os cansados. (18) Ali os presos juntamente repousam, e não ouvem a voz do exator. (19) Ali está o pequeno e o grande, e o servo livre de seu senhor. (20) Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo? (21) Que esperam a morte, e ela não vem; e cavam em procura dela mais do que de tesouros ocultos; (22) Que de alegria saltam, e exultam, achando a sepultura? (23) Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu? (24) Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água. (25) Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu. (26) Nunca estive tranqüilo, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.

Cap. 4 

 (1) ENTÃO respondeu Elifaz o temanita, e disse: (2) Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderia conter as palavras? (3) Eis que ensinaste a muitos, e tens fortalecido as mãos fracas. (4) As tuas palavras firmaram os que tropeçavam e os joelhos desfalecentes tens fortalecido. (5) Mas agora, que se trata de ti, te enfadas; e tocando-te a ti, te perturbas. (6) Porventura não é o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança a integridade dos teus caminhos? (7) Lembra-te agora qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? (8) Segundo eu tenho visto, os que lavram iniqüidade, e semeiam mal, segam o mesmo. (9) Com o hálito de Deus perecem; e com o sopro da sua ira se consomem. (10) O rugido do leão, e a voz do leão feroz, e os dentes dos leõezinhos se quebram. (11) Perece o leão velho, porque não tem presa; e os filhos da leoa andam dispersos. (12) Uma coisa me foi trazida em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela. (13) Entre pensamentos vindos de visões da noite, quando cai sobre os homens o sono profundo, (14) Sobrevieram-me o espanto e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram. (15) Então um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne. (16) Parou ele, porém não conheci a sua feição; um vulto estava diante dos meus olhos; houve silêncio, e ouvi uma voz que dizia: (17) Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do que o seu Criador? (18) Eis que ele não confia nos seus servos e aos seus anjos atribui loucura; (19) Quanto menos àqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são esmagados como a traça! (20) Desde a manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem sem que disso se faça caso. (21) Porventura não passa com eles a sua excelência? Morrem, mas sem sabedoria.

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