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03 abril 2013

LIXO NA CALÇADA

Aconteceu novamente essa manhã. Antes do clarear, acordei e não consegui voltar a dormir. Ansiedades povoavam o quarto como fantasmas à noite, tentando me amedrontar e alarmar, e estavam conseguindo, até certo ponto; a certeza é que me roubavam o descanso. 
Como sempre, continuei deitado e enviando pequenas orações ao Pai.
“Perdoe meu pecado, Pai. Ajude-me, O senhor é a minha Rocha. O Senhor é a minha força.”
Ali deitado, pensei em todos os motivos que Deus tinha para não me ouvir. Sou um crente tão fraco. Minha vida de oração é tão rasinha. Leio a Bíblia de manhã e praticamente a esqueço durante o dia. Deus cuida de minhas finanças, mas ainda assim me preocupo. Que tipo de cristão sou eu? Por que Deus me perdoaria? E se as pessoas que trabalham comigo soubessem que sou um crente tão fraco?
E, então, essa manhã Deus mandou a resposta.
Ouvi o caminhão de lixo em sua rotina habitual dos sábados de manhã. O motor roncava enquanto os lixeiros recolhiam o lixo. Alguém gritou. Uma lata atingiu o asfalto. O motor ronronou quando o caminhão se afastou lentamente. De modo estranho, o barulho era reconfortante, e o Espírito Santo me mostrou o porquê.
Os trabalhadores estavam retirando nosso lixo. O sistema sanitário tem maneiras de lidar com o lixo, lugares para despejá-lo, métodos de se livrar dele. O lixo desaparecerá; nunca mais o veremos. O sistema funciona — nossas ruas estão limpas e nossas casas estão livres do acúmulo de lixo e das condições insalubres que ele produz. Devemos muito aos lixeiros que dificilmente vemos.
Da mesma forma, Deus remove o pecado que confessamos. Ele some. Mais tarde no dia, recolheremos as latas de lixo que pusemos na calçada ontem à noite. Elas estarão vazias. Serão recolocadas em seus lugares no quintal, prontas para receber o lixo de hoje e o de amanhã. O processo é este; nós o aceitamos e raramente o questionamos. Não deveríamos acreditar em Deus desta mesma maneira tão segura e certa?
Não deveríamos aceitar sem duvidar que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9)?
Quando tira nosso pecado, Deus o remove totalmente e lida com ele de modo completo. Enterra-o no mais profundo do oceano (Mq 7.19). Esquece-o (Hb 10.17). Prega-o à cruz (Cl 2.14).
O certo é que nunca mais veremos aquele pecado de novo. “Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.12).
Mas existe uma condição aqui. Um “mas divino”.
Os lixeiros — os trabalhadores do sistema sanitário — só removem o que foi posto na calçada. Não entram na minha casa e vão de cômodo em cômodo limpando os cestinhos que encontram pela frente. Esta tarefa é minha. O que determino como lixo, coloco no contêiner apropriado e ponho na rua, é isto que os lixeiros levam embora.
Minha tarefa diante de Deus é identificar e separar o lixo da minha vida, qualquer coisa sem valor para Deus, qualquer coisa que interfira em minha adoração e obediência a ele, tudo que não leva seu nome, tudo que me puxa para baixo e impede a minha fé. “E tudo que não é de fé é pecado”, lemos em Romanos 14.23.
Decidi mencionar tudo o que o Espírito Santo trouxe à minha atenção — porque é ele Quem sabe o que devo colocar na calçada — e então orei: “Perdoa todos os meus pecados, ó Senhor”.
Ao confessar ao Pai, não estou removendo meus pecados. Estou simplesmente empacotando-o e colocando-o na calçada para que o Espírito Santo pegue e lide com ele.
Por causa do fantástico e misterioso processo ocorrido quando o Senhor Jesus Cristo morreu na cruz, e ressuscitou três dias mais tarde, o sistema funciona. Seu sangue expia meus pecados. Sua morte pagou por meus erros. Ele morreu em meu lugar, Ele, e só ele, é o Salvador. Sou o beneficiário, o herdeiro de seus bens. Sou abençoado pela blasfêmia da cruz. Somente no céu é que conheceremos a total dimensão das bênçãos que recebemos no Calvário.
A linguagem humana não consegue decifrar nem condensar nem descrever tudo o que é nosso como resultado daquele evento na colina nos arredores de Jerusalém há mais de dois mil anos.
 Sei que não é só questão de dizer o que é certo, de agir corretamente em tudo, mas de pedir que o Pai limpe e perdoe e que me encha com seu Espírito, e use nesse dia. Peço isto no precioso sangue de Jesus, no inigualável nome de Jesus, por amor ao maravilhoso Jesus.
Agora estou pronto a encarar o novo dia.
Joe McKeever
(Pulpit Helps)

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