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25 junho 2013

ÀS PORTAS DA MORTE

A história abaixo foi um acontecimento comovente na vida do dr. V. Raymond Edman, ex-presidente do Wheaton College [faculdade evangélica conceituada nos estados Unidos]. Ele mesmo relata os fatos.
Eu sabia que estava morrendo.
Eu estava ciente do que acontecia. Não me lembrava de que poucos dias antes eu tinha estado em vilarejos aborígenes nos Andes. Equatorianos, ajudando as crianças incas, que morriam de uma doença misteriosa.
Não me recordava da longa e penosa viagem a cavalo montanha abaixo rumo à nossa casa em Riobamba. Também não me lembrava do ataque da febre tifoide, dos períodos de delírio. Fui encontrado por um compatriota, que pediu a alguns índios para me levarem até o trem.
Eu não sabia que haviam aconselhado minha esposa a preparar o funeral. Ela, com a ajuda de uma amiga, tingiu de preto o vestido de noiva que usara um ano antes. Seus hospedeiros compraram um caixão e programaram o culto fúnebre para as 15 horas daquele mesmo dia.
No entanto, me lembrei de algo que minha mãe disse quando eu era garoto. Segundo ela, é comum as pessoas que estão à beira da morte fazerem uma revisão detalhada de suas vidas.
Isto aconteceu comigo.
Sem esforço nenhum, sem nem mesmo planejar nada, lembrei-me da antiga casa de cresci e dos amigos de infância; lembrei-me da dona Grace, professora do primeiro ano do ensino básico; lembrei-me das outras séries também. Lembrei-me dos amigos e de fatos do colegial.
Recordei-me da época em que fui soldado-médico da Companhia C de Infantaria.
Como é que essas lembranças povoaram minha mente de modo tão claro e preciso? Foi como o desenrolar de um filme. E com isso veio clareza de consciência: “Agora eu vou morrer”. 
Senti-me totalmente sozinho neste mundo gigantesco. Não sei se havia outros doentes naquele pequeno quarto de hospital. Eu me sentia completamente só — absolutamente certo de que nos próximos dois dias, se tanto, eu iria para a eternidade.
Então, fiquei consciente de algo estranhamente arrebatador — de um ambiente estranho, uma influência, uma presença. Seja lá o que fosse, parecia estar no chão, mas envolvia o quarto inteiro, e subia em direção ao chão. Não consegui virar a cabeça para ver se aquilo era real ou imaginário. Porém sabia que estava me alcançando, para me engolfar e cobrir.
De repente, entendi o que era. Naqueles momentos, experimentei uma sensação tão doce do amor de Deus em Cristo como nunca havia sentido nos 25 anos de minha vida. Aquele amor eram tão intenso e fantástico que o Além se tornou inefavelmente lindo, infinitamente melhor do que a vida presente.
Alguns detalhes dessa experiência são sagrados demais para ser reveladas; mantenho-as guardadas no coração. Basta dizer que não tenho absolutamente nenhum medo de morrer.
Pisei no Reino da Morte. Fiquei mais perto do outro lado do que deste. Não me lembro do que aconteceu nas duas semanas seguintes.
Quando recobrei a consciência da clínica médica, notei a presença das enfermeiras equatorianas que cuidaram de mim, da minha esposa e do garotinho de oito semanas que agora era parte de nossa família. Foi aí que tomei conhecimento da outra história — a história por trás da minha história. 
Em uma cidade do estado de Massachusetts, um pequeno grupo se reuniu para uma conferência bíblica. Certo dia, o estudo da manhã foi interrompido pelo diretor da conferência. Ele explicou que de repente ficou muito preocupado com um missionário no Equador, e pediu que compartilhássemos o fardo com ele em oração.
Foi nesse momento que, sem que eles soubessem, minha esposa estava tingindo de preto seu vestido de noiva e o hospedeiro estava comprando o caixão.
Mais tarde, conversei com amigos que haviam participado daquela reunião de oração. Eles disseram que mesmo que vivessem mais cem anos, nunca se esqueceriam do momento em que se ajoelharam para orar e nem da angústia de espírito que sentiam enquanto intercediam por mim.
O sentimento de urgência era tanto que até se esqueceram do almoço. À tarde, as respostas vindas do céu, tenham certeza, foram entregues a cinco mil quilômetros dali.
Desde então, já fiz 30 anos de “horas extras” neste mundo. Para mim, a vida tem sido uma constante aventura, e o evento mais excitante irá acontecer quando eu mergulhar no imensurável amor de Deus, e ali permanecer.
(Eagle Wings)

Deus está em busca de pessoas que sejam tranquilas o bastante para receber a mensagem que ele falar, corajosas o bastante para anunciá-la e honestas o bastante para vivê-la.
(Vance Havner)

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