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07 agosto 2013

ALMOFADA AQUECIDA PARA O PASTOR


Era o inverno mais rigoroso da Coreia nas últimas décadas. Na madrugada, os ventos uivavam ao atravessar o Mar Amarelo e chegar a Inchon, cidade portuária.
Na escuridão, o presbítero Lee caminhava lentamente pelas calçadas cobertas de gelo em direção à igreja, que se reunia numa tenda. Não eram nem quatro horas ainda.
Todas as manhãs esse avô idoso chegava à tenda quinze minutos antes do pastor. Havia um motivo especial para ele chegar mais cedo à reunião de oração na madrugada.
O fogão a óleo que aquecia o local não tinha como competir com o vento gelado que encontrava sempre um jeito de atravessar as abas e as estacas protuberantes da tenda. Não havia cadeiras nem bancos no local. As pessoas se acomodavam em tapetes de palhas finos, do tipo usado na fabricação de sacos de arroz. Como era o mesmo que se sentar no chão duro, muitos membros levavam suas próprias almofadas; algumas eram bem simples, outras eram coloridas, bordadas.
O senhor Lee ia mais cedo só para aquecer a almofada do pastor So Kyo Min. Ele segurava a almofada perto da área mais quente do fogão até que o pastor chegasse. Então, com muita alegria, o velho colocava a almofada quentinha onde o pastor sempre se sentava para entregar sua mensagem.
Certa manhã, ao entrar na tenda, o pastor foi direto aquecer as mãos no fogão. O sorridente vovô continuava aquecendo a almofada. O pastor sentiu pena do velho. Para poupar o cavalheiro idoso, ele ficaria sem o conforto de uma almofada quente.
“Irmão Lee, o senhor não tem de fazer isto pra mim”, o pastor disse. “Sou jovem e forte.”
O fiel servo de Deus ficou sem fala por uns segundos. Seu queixo começou a tremer enquanto ele tentava se explicar. 
“Pastor So, eu amo muito o senhor, Se eu tivesse dinheiro, eu lhe daria dinheiro. Se eu pudesse lhe comprar frutas e bolo, eu faria isso de todo o coração. Se eu tivesse forças, eu ajudaria o senhor a construir um templo.”
As lágrimas tímidas começaram a rolar pela face enrugada em direção ao bigode ralo, e o velho continuou: “Não tenho nada pra oferecer — apenas este gesto de amor. Por favor, pastor, não me prive desta alegria”. Os dois se abraçaram e choraram nos ombros um do outro.
Isso aconteceu há vários anos. Hoje, a igreja do pastor So, no centro da cidade, tem centenas de membros, e ele é famoso por seu ministério bem-sucedido. Mas o pastor sempre se lembrará com carinho do gesto amoroso do presbítero Lee — e, muitas vezes, conta a história em suas mensagens.
Apenas uma almofada quentinha para o seu pastor — isto era tudo o que ele podia oferecer! Aos olhos de Deus isto era igual às duas moedas que a viúva ofertou. Jesus afirmou que ela deu mais do que o rico que colocou moedas de ouro no cofre do templo, pois a mulher ofereceu tudo o que possuía (Lc 21.4).
Deus não mede nossas ofertas do modo que a maioria das pessoas faz. Nem mesmo um copo de água fresquinha dado, em seu nome, a alguém com sede lhe escapa aos olhos. O presbítero Lee receberá uma grande recompensa no Céu!
(Sword of the Lord)

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