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13 agosto 2013

OBRIGADO PELO ESPINHO


[...] foi me dado um espinho na carne.” 2Coríntios 12.7.
“Foi me dado...”. Será, então, que o espinho é um presente de Deus? Tenho o hábito de ver as dádivas de Deus na fartura de coisas que possuo. Porém considero perigoso para a vida as coisas que diminuem sua abundância. Mas, aqui, minha ideia muda completamente: a fartura é o perigo, e aquilo que a diminui é a dádiva.
Paulo havia sido exaltado além da conta; tinha estado no pico da prosperidade; a vida tinha sido uma maré mansa. A maré mansa da vida é o grande perigo do apóstolo. De repente, o mar se encrespa um bocado. Sua vida espiritual tem sido perfumada com o hálito das flores. O espinho é, no momento, a dádiva de Deus para sua alma; existe certa proteção nele, mas o espinho tem uma das utilidades mais emocionantes da adversidade — lembra ao ser humano que, afinal de contas, ele é apenas um ser humano.
Senhor Deus, nunca te agradeci o meu espinho. Agradeci milhares de vezes pelas rosas, mas nenhuma vez pelos espinhos. Vivo aguardando um mundo onde serei compensado por carregar a minha cruz, mas nunca vi minha cruz como uma glória presente.
Tu, Divino Amor, cujo caminho na terra foi aperfeiçoado pelo sofrimento, ensina-me a glória da minha cruz, ensina-me o valor do meu espinho. Mostra que a trilha do sofrimento me levou a ti. Mostra que minhas lágrimas construíram meu arco-íris. Revela que minha força é produto daquela hora em que batalhei até o nascer do sol.
Então, saberei que meu espinho foi abençoado por ti, e erguerei um memorial à hora de meu sofrimento, e ali escreverei esta frase: “Foi bom para mim ter sido afligido”.
George Matheson
(Moments on the Mount)

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