Provavelmente uma das principais razões porque nós gostamos de estar com a multidão é porque não somos homens de profunda convicção. Ocasionalmente nós vemos um indivíduo vindo para um lugar onde ele é preparado para receber toda carga de crítica e abuso. Aquele homem é um que é sustentado pelo poder das convicções.
Homens que realizaram grandes feitos para Deus no mundo têm sido geralmente aqueles que têm de permanecer de pé sozinhos. Muitos líderes têm que ficar sozinhos com Deus durante toda a sua vida.
Moisés foi um clássico exemplo disto. Poucos de seus seguidores o entendiam, e ele era freqüentemente incompreendido e injustiçado. Seu caminho era solitário, e por vezes ele tinha de depender completamente de Deus para proteção por causa da inveja de seus mais imediatos aliados.
Abraão foi outro que teve de andar uma trilha solitária se quisesse se transformar no pai da fé. É menos difícil de alguma forma, se há outros para repartir uma experiência conosco, mas caminhar sozinho não é fácil.
Pense em Davi e sua solitária vigília com o Senhor, aguardando o dia do galardão no reino. Embora ungido pelo Espírito Santo, ele teve de fugir do invejoso monstro Saul.
Quem poderia estar mais a sós com Deus do que Jeremias, que teve de suportar o máximo rigor de sofrimento e perseguição a fim de ser fiel à comissão que lhe foi dada pelo altíssimo? Os nomes destes homens são famosos entre nós agora, mas no tempo da perseguição não foi uma experiência romântica para eles.
Que romantismo havia na prisão do Faraó onde José foi jogado? Ele poderia ter sentido pena de si mesmo, por ser o mais oprimido homem da criação, mas ele não fez isso; ele suportou esta difícil situação como uma testemunha verdadeira somente com Deus. Ele sabia que Deus entendia e estava com ele. Isto era suficiente.
Lutero, no amanhecer de uma nova era do resplendor do Evangelho, teve de calçar seu caminho, assim como Wesley, no meio de um Cristianismo morto. Se não estivessem preparados para ficar sozinhos com Deus eles nunca teriam visto os grandes movimentos que vieram como resultado de seus testemunhos.
George Muller deixou um grande testemunho para o mundo do que Deus pode fazer através do homem que crê nÊle completamente, mas a vida dele era uma vida que nenhum outro homem poderia participar com ele completamente. Ele tinha de estar no santuário sozinho com Deus.
Nós poderíamos continuar a lista de almas notáveis. Livingston esteve sozinho com Deus na África; Hudson Taylor da mesma forma na China e Judson em Burma. Se estes homens não tivessem vivido estas experiências, não haveria registro para emocionar-nos hoje.
Talvez o mais solitário homem que já andou nesta terra foi o próprio Senhor Jesus Cristo. A Sua não foi uma solidão temporária. Ele teve de morrer na cruz para sofrer uma experiência que nenhum de nós jamais seria chamado para suportar, pois Ele foi isolado de Deus, Seu Pai.
Nós procuramos o caminho da glória? Este, então, pode ser o preço que nós temos de pagar. Nós temos de ser homens com uma missão, com firmes convicções. Nós temos de ser homens que às vezes teremos de permanecer sozinhos, completamente sozinhos, com Deus. Desta forma nós seremos guiados a conhecê-LO de uma maneira grandiosa, que frutificará muito além do toda expectativa.
Gordon Junk
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