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12 dezembro 2013

RECORDAÇÕES DE NATAL

Meus pais moravam em um sítio no estado de Nebrasca, a oito quilômetros de Paxton, onde ficava nosso correio e a 38 quilômetros de North Platte.
Quando eu tinha quatro anos, num dia de verão, meu pai ficou sabendo que uma igreja se reuniria em North Platte River. Era uma longa distância a ser percorrida de carroça e a cavalo. As reuniões seriam evangelísticas, com diferentes pregadores, e aconteceriam três vezes por dia. Meu pai avisou que voltaríamos para casa assim que o culto da noite terminasse porque  teríamos de atravessar o rio na carroça puxada pelos cavalos. Também não poderíamos voltar depois do escurecer. Como naquela época ainda não existia luz elétrica, usávamos lampião a querosene; se o vento soprasse forte, o lampião apagava. Tudo arrumado, partimos. Meus pais gostaram bastante dos cultos. Não havia nenhuma igreja perto de nós. Fomos muito bem recebidos e convidados a voltar.
Quando o Natal chegou, meu pai sugeriu que fôssemos assistir à programação daquela igreja. O rio ficava congelado nessa época do ano, o que facilitava a travessia. Mais uma vez, lá fomos nós. Ao chegarmos, vi, perto do púlpito, uma árvore toda iluminada com velas e lindamente decorada. Lembro-me das poesias recitadas pelas crianças, dos diálogos e dos hinos. Um homem anunciou algo que eu nunca tinha ouvido antes. Ele disse que Papai Noel, que morava no Pólo Norte, iria chegar trazendo presentes para a criançada. A pessoa informou que ele deveria descer pela chaminé, mas como não queria sujar de fuligem sua roupa vermelha novinha nem tampouco sua longa barba branca, o velhinho decidira entrar pela porta mesmo; ele traria um saco bem nas costas. O Papai Noel distribuiu pipoca, maçã, laranja e doces para as crianças, e explicou que ele e suas renas passaram muito frio na viagem, já que tinham vindo do Pólo Norte num trenó sem cobertura. Meus ficaram muito tristes por terem levado minha irmã e eu para ouvir tudo aquilo.
Na manhã seguinte, dia do Natal, fizemos o culto doméstico, como sempre. Meu pai leu a Bíblia e orou, e cantamos um hino. Meus pais esclareceram que Papai Noel não existia. Meu pai pediu que mamãe e nós, suas filhas, o perdoássemos por ternos levado àquele culto. Meus pais explicaram que dávamos presentes no Natal porque Deus havia dado seu único Filho ao mundo como um presente. Se o aceitássemos como Salvador, seríamos perdoados de nossos pecados e iríamos para o céu. Naquela manhã de natal, tivemos uma verdadeira reunião de oração em família; jamais me esquecerei daquele dia. Depois daquela experiência, meus pais passaram a escolher cuidadosamente os lugares onde iríamos assistir aos programas natalinos.
(Esther Lacy — Pulpit Helps)

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