Faça-nos uma Visita

Faça-nos uma Visita

Como Chegar?

14 março 2014

O DIÁRIO DE UM FETO

05/10: A partir de hoje comecei e existir! Meus pais ainda não o sabem. Eu sou tão pequeno quanto o pólen de uma flor, mas já sou eu. Eu serei uma bela garota de olhos azuis e cabelo loiro. Quase todos os detalhes já estão prontos, inclusive o amor pelas flores.
19/10: Já estou maiorzinha, mas ainda muito pequena para fazer qualquer coisa sozinha. Minha mãe faz de tudo para mim, embora ela não saiba que está me carregando em seu ventre. Mas, afinal de contas, não é um fato que a partir de agora eu sou um indivíduo? Será que é só a minha mãe que conta, que existe? Pequena como um miolo de pão, que não deixa de ser pão, eu sou tão real quanto a minha mãe.
23/10: Minha boca está começando a abrir. Pense comigo, daqui a um ano estarei dando altas gargalhadas e quando começar a falar a minha primeira palavra será “MAMÃE”!
25/10: O meu coração começou a bater hoje e, calmamente baterá para o resto da minha vida, até que um dia fique cansado e não mais conseguindo continuar, pare, e eu venha a morrer.
02/11: Eu não paro de crescer. Meus braços e pernas estão se formando e levará muito tempo até que essas frágeis pernas consigam se esticar para alcançar os braços de minha mãe e estes braços possam conquistar o mundo e fazer muitos amigos.
12/11: Minúsculos dedos começam a se formar em minhas mãos. Quão pequenos são! Um dia porei os cabelos de minha mãe à boca e ela dirá: “Essa, não”!
20/11: Depois de tudo isso só hoje que a minha mãe soube que eu estou aqui. Como ela deve estar pulando de alegria! Você está feliz, mamãe?
25/11: Meus pais devem estar pensando em um nome para mim. Eles nem sequer imaginam que eu seja uma menina. É por isso que eles me chamam de “Andy”. Todavia, eu quero ser chamada de Bárbara. Como eu estou crescendo a cada dia que passa!
10/12: Meu cabelo está crescendo. Não consigo parar de imaginar qual é o tipo de cabelo de minha mãe.
13/12: Já consigo ver alguma coisa, embora seja muito escuro aqui dentro. Quando a minha mãe der à luz, haverá um lindo dia ensolarado e muito florido. Sabe como é, eu nunca vi uma flor, mas antes de qualquer outra coisa, prefiro ver a minha mãe. Como a senhora é?
24/12: Será que a minha mãe consegue ouvir, ou mesmo sentir as suaves batidas do meu coração? Alguns bebês nascem com problemas cardíacos, então cabe aos cuidadosos dedos do doutor a incumbência de efetuarem um milagre para torná-los saudáveis. Com o meu o doutor não precisa se preocupar, porque ele é tão sadio! Ele bate uniformemente “TUP-TUP, TUP-TUP” Você terá uma menina muito sadia, mamãe!
28/12: Hoje deixei de existir — a minha mãe me assassinou!
Do jornal “TARGET”

Nenhum comentário:

Postar um comentário