Faça-nos uma Visita

Faça-nos uma Visita

Como Chegar?

06 setembro 2014

UMA RESPOSTA NOTÁVEL

No Canadá, um pastor do interior saiu à noite para meditar nas campinas, como Isaque fazia. Depois de caminhar um pouco, o bom homem encontrou-se à beira de uma floresta e decidiu adentrá-la. Ao andar por uma trilha já usada, ele começou a pensar no que faria se tivesse de passar a noite na mata, caso ficasse perdido. O pastor tremeu só de imaginar que o único abrigo seria debaixo de uma árvore próxima, na qual, possivelmente, teria ímpetos de subir.
De repente ele avistou uma luz à distância. Imaginado que vinha de um chalé próximo, onde poderia encontrar abrigo, o pastor correu para aquela direção. Descobriu, surpreso, uma clareira e, no centro, uma plataforma feita de troncos de árvores. Sobre a plataforma encontrava-se um jovem falando a um grupo de pessoas. 
O pastor pensou: “Dei de cara com um grupo de gente que, no meio da mata escura, reuniu-se para adorar a Deus. A esta hora da noite, alguém está pregando sobre o reino de Deus e sua justiça”.
No entanto, espantado e desgostoso, ouviu que o jovem orador discursava contra Deus, desafiando a ira do Todo Poderoso contra si mesmo, dizendo coisas terríveis contra a justiça do Altíssimo e aventurando-se a fazer afirmações ousadas e impressionantes sobre sua própria incredulidade em uma vida futura.
Era um cenário singular. O lugar era iluminado por lenha de pinho, que jogava um clarão aqui e ali, enquanto profunda escuridão reinava à volta. Todos ouviam atentamente. Quando o orador terminou, a platéia rompeu em aplausos, elogiando-o unanimemente. O pastor refletiu: “Não posso perder esta oportunidade. A honra e a causa de meu Deus exigem uma resposta”. Porém, ele temia falar porque não sabia o que dizer, já que chegara àquele lugar tão de repente. Mas teria falado de qualquer jeito, se algo não tivesse acontecido.
Um homem de meia idade, de aparência saudável, levantou-se apoiando em um bastão, e disse:“Meus amigos, tenho umas palavrinhas a lhes dizer. Não refutarei nenhum dos argumentos do orador. Também não criticarei seu estilo nem direi nada referente ao que disse, e acredito serem blasfêmias profundas. Vou apenas relatar-lhes um fato e, então, vocês tirarão suas próprias conclusões.
Ontem eu caminhava ao longo de um rio quando vi um jovem tendo dificuldades em conduzir um barco que se encaminhava rapidamente para as correntezas. Era difícil remar para as margens; o moço torcia as mãos em agonia.
Aos poucos o rapaz foi desistindo de lutar. Ele ajoelhou-se e suplicou em desespero: ‘Oh, Deus, salve-me!’. Ouvi-o confessar que era blasfemador e prometer que, se conseguisse escapar, mudaria de vida. Ouvi-o implorar misericórdia do Céu, em nome de Jesus, e fervorosamente suplicar que fosse lavado pelo sangue do Cordeiro.
Estes braços aqui salvaram o rapaz das águas. Pulei no rio, trouxe o barco para a margem e salvei o jovem; esse mesmo jovem que acabou de lhes falar, e que praguejou contra o Criador. O que vocês acham disso tudo?”
Ao terminar, o homem sentou-se. Vocês podem imaginar o tremor que percorreu o corpo do rapaz, e como a audiência—em poucos instantes—mudou de comportamento. As pessoas entenderam que é muito mais fácil desdenhar do Deus Poderoso em terra seca e longe do perigo. Mas quando se está à beira da morte, a história é outra.
(C. H. Spurgeon Sword of the Lord)

Nenhum comentário:

Postar um comentário