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Como Chegar?

20 janeiro 2015

O QUE LHE RESPONDEREI?

Será que lhe responderei que não tive tempo para pensar nas coisas eternas? Que tive uma vida tão atarefada que apenas tive alguns poucos momentos extras, de reserva? Não, essa não seria boa. Ele poderia dizer-me que há vida em olhar para Aquele que foi crucificado: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra” (Is. 45:22). Além do mais, como pareceria tolice abrir mão de uma salvação eterna só porque alguém não se interessou em reservar algum tempo para considerar o destino de sua alma.
Será que lhe responderei que julguei ter tempo suficiente, que não havia necessidade para pressa e que era muito jovem? Não, essa desculpa não serviria, tampouco. Havia aquele companheiro de serviço tão jovem que teve uma morte repentina. Não teria sido um aviso? Eu jamais poderia afirmar diante do tribunal de Cristo que não ouvira: “Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (II Co. 6:2).
Será que lhe responderei que conheci tantos crentes professos que não passavam de um bando de hipócritas e como eu odiava hipocrisia eu não quis ser mais um no grupo? Dificilmente, essa desculpa será aceita. Se há crentes hipócritas, isso não é razão para eu não ser um crente idôneo! Sabemos que há muitas notas falsas em circulação, o que não impede que eu carregue notas verdadeiras comigo. É uma desculpa bem esfarrapada.
Será que argumentarei em minha defesa que havia tantos pontos difíceis na Bíblia de se entender? Como poderia? Além do mais, Ele poderia questionar por que não usei essa linha de raciocínio em minha vida quotidiana? Praticamente nada entendo de Química e ainda assim tomo medicamentos quando fico doente. Não seria capaz de descrever os músculos do estômago ou como é o processo da digestão, e nem por isso deixo de apreciar uma boa refeição.
Será que lhe direi que fui sincero e firme no que cri? Não, eu nem me atreveria. Eu bem sei que sinceridade não é a solução ou salvação para ninguém. É possível estar firmado e ainda assim equivocado simultaneamente. Aquela mulher que ofereceu veneno no lugar do remédio para a criança foi sincera no que fez - não fez por mal; porém, a sua sinceridade não impediu que aquela tragédia acontecesse.
“Então que faria quando Deus se levantasse...e que lhe responderia?” (Jó 31:14). E certamente Ele o fará. E também: “Deixaria eu de castigar por estas coisas, diz o Senhor?” (Jr. 5:9)

O EXEMPLO DE JÓ
Leitor, largue mão dessas respostas evasivas. Voltemo-nos para a Bíblia e permita-me mostrar-lhe como alguém obteve a bênção. Certamente você tirará alguma lição para si. O patriarca Jó foi quem primeiramente perguntou e cuja resposta foi dada por ele mesmo. Mas ele tenta usar vários argumentos que são feitos vãos por suas próprias palavras:“Se eu me justificar, a minha boca me condenará” (Jó 9:20); “Ainda que eu me lave com água da neve, e purifique minhas mãos com sabão. Ainda me submergirás no fosso, e ainda minhas próprias vestes me abominarão” vs. 30, 31.
Todos os seus planos são infrutíferos e vãs suas desculpas.
Finalmente, ele chega a uma conclusão sábia: “Eis que sou vil; que te responderei eu? a minha mão ponho à minha boca” (Jó 40:4). Ele se coloca no lugar de um pecador convicto sem uma palavra para proferir em sua defesa. Muito antes de ele chegar a esse ponto ele estava sentindo o desejo de assumir ser um pecador: “Se pequei, que te farei” (Jó 7:20), mas não foi suficiente até que ele lança todas as suas justificativas e argumentos e confessa ser vil ai ele recebe a bênção.
Querido leitor, permita-me perguntar-lhe: “Você já chegou a este ponto? Talvez você esteja desejoso como Jó no início de sua história de reconhecer que é “um pobre pecador”; mas eu lhe pergunto, você chegou a este ponto em que não há qualquer desculpa que possa ser dada em sua defesa e que você não tem qualquer argumento diante de Deus? Este é o primeiro passo em direção da bênção; “Toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Rm. 3:19). A partir daqui o caminho está aberto para Deus agir. Lembre-se disto:
“Quanto antes sua boca fechar em pecado, quanto antes a boca de Deus se abrirá em graça”. Ele fará chover de novidades os seus ouvidos de bênçãos. Ao invés de exigir uma resposta de você, Ele lhe mostrará como Cristo respondeu no calvário aos pecadores e como, através de sua redenção, a justificação é gratuita, pela graça de Deus, para todos os que crêem (Rm. 3:23, 25).
A melhor sabedoria que você pode demonstrar é vir ao Salvador com a boca fechada, ouvidos abertos e com o coração crente para obter a salvação - gratuita, tão grande, imerecida, das mãos de Deus.

(“Grace and Truth” no jornal Sword of the Lord)

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