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25 junho 2013

DOIS MODOS DE EVANGELIZAR

O antigo debate entre evangelismo como estilo de vida e evangelismo confrontante ressuscitou. O movimento das igrejas progressistas oferece táticas que têm chamado a atenção dos jovens pastores de nossas igrejas batistas fundamentalistas. Anunciar o evangelho e conquistar almas para Cristo nunca foi fácil, porém atualmente é mais difícil ainda.
No entanto, nossa teologia deve ser determinada por nossa fidelidade à Palavra de Deus. No mundo ávido por sucesso em que vivemos, é muito fácil perder de vista o valor do sucesso verdadeiro. Os cristãos espirituais sabem que a medida do sucesso é determinada pela extensão do controle que Deus exerce em sua vida.
A força impulsionadora de nossa filosofia evangelística deve ser a Bíblia, e nada mais. Os resultados de nosso ministério serão determinados por Deus. Lembremo-nos de que Noé parecia um quase fracassado. Estêvão pregou o evangelho, e foi apedrejado. Jesus anunciou a verdade, e foi crucificado. Não devemos achar que será diferente conosco. Pregar a verdade resulta em algum tipo de perseguição. Nosso objetivo não é fazer com que as pessoas gostem de nós, mas anunciar a Bíblia e convocar nossos semelhantes a que se voltem para Deus.
A abordagem do evangelismo como estilo de vida proclama que os cristãos devem deixar que o testemunho pessoal fale por si, e dá a entender que as pessoas buscarão a Cristo meramente observando nossas boas obras. A abordagem do evangelismo confrontante afirma que os cristãos dedicados devem falar direta e corajosamente do evangelho às pessoas. As duas abordagens podem ser levadas ao extremo.
Alguns defensores do evangelismo como estilo de vida acham que o cristão não deve jamais falar do evangelho a um não crente. O entendimento deles é que o estilo de vida do cristão levará as pessoas a Cristo. Geralmente essa filosofia promove a ideia de que não podemos condenar ninguém por nenhuma atitude, nunca chamar nada de pecado. Embora nem todos os proponentes desse método cheguem a tal extremo, muitos pensam assim.
Por outro lado, existem promotores extremistas da pregação confrontante que se postam em praças com cartazes afirmando que os homossexuais vão para o inferno, e coisas parecidas. Creio que a Bíblia afirma claramente que temos de pregar o evangelho e levar uma vida consistente com nossa mensagem.
Em minha opinião, a Bíblia é absolutamente clara no que se refere ao evangelismo.

1. Recebemos a Grande Comissão. 
Os cristãos receberam a ordem de ir e pregar o evangelho até os confins da terra e a todas as pessoas. Não recebemos uma grande sugestão, mas a Grande Comissão.
2. Embora Jesus fosse perfeito, não encontramos na Bíblia a história de ninguém que tenha sido salvo apenas observando o estilo de vida dele. 
Jesus pregou a verdade, e pregou contra o pecado, mas jamais convidou: “Sigam meu exemplo e sereis salvos”.
3. Na Bíblia, cada conversão é resultado da pregação da Palavra de Deus, e não da vivência da Palavra de Deus. 
O livro de Atos apresenta sete experiências de conversão; em cada caso, a conversão foi resultado da pregação do evangelho.
4. A Bíblia deixa claro que a pregação do evangelho é o método correto de evangelização.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue. E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. (Romanos 10.13-17)
5. Algumas pessoas se ofenderão com a verdade.
Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. (1Coríntios 1.21,23-24)
6. Temos de estar sempre prontos a oferecer o evangelho aos necessitados.
Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós. (1Pedro 3.15)

A Palavra de Deus é poderosa e mais afiada do que qualquer espada de dois gumes (Hb 4.12). Temos de pregá-la corajosamente. 
Embora tenhamos de pregar a Bíblia corajosamente, nossa vida não pode ser uma fraude. Na verdade, o contexto da nossa pregação deve ser uma vida consagrada e santa.
No Sermão do Monte, como relatado em Mateus 5-7, descobrimos como é importante deixarmos que nossa luz brilhe e que sejamos sal da terra (5.13-16). As virtudes ensinadas nas Bem-aventuranças (v.3-12) são a luz que devemos deixar brilhar. De fato, não podemos nunca separar o estilo de vida santo da pregação da Palavra de Deus.
Fico pensando em quantas pessoas se endureceram para o evangelho por causa de cristãos afastados de Deus que tentaram lhes anunciar a Cristo. Não é o nosso testemunho que conquista os perdidos, porém nosso mau testemunho pode ser o motivo de alguém não confiar em Cristo como Salvador.
Evangelismo como estilo de vida ou através da amizade não converte ninguém, mas a falta de santidade pode ser uma pedra no caminho do evangelho. Ajudar um idoso a fazer compras, doar roupas para um orfanato e alimentar crianças famintas são exemplos de boas obras que deveriam caracterizar o cristão verdadeiro. No entanto, não pregar o evangelho é a maior injustiça que podemos cometer contra o semelhante.
Tom Townsley
(Sword of the Lord)

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