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14 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 21)

Jó 18-20


Cap. 18

 (1) ENTÃO respondeu Bildade, o suíta, e disse: (2) Até quando poreis fim às palavras? Considerai bem, e então falaremos. (3) Por que somos tratados como animais, e como imundos aos vossos olhos? (4) Oh tu, que despedaças a tua alma na tua ira, será a terra deixada por tua causa? Remover-se-ão as rochas do seu lugar? (5) Na verdade, a luz dos ímpios se apagará, e a chama do seu fogo não resplandecerá. (6) A luz se escurecerá nas suas tendas, e a sua lâmpada sobre ele se apagará. (7) Os seus passos firmes se estreitarão, e o seu próprio conselho o derrubará. (8) Porque por seus próprios pés é lançado na rede, e andará nos fios enredados. (9) O laço o apanhará pelo calcanhar, e a armadilha o prenderá. (10) Está escondida debaixo da terra uma corda, e uma armadilha na vereda. (11) Os assombros o espantarão de todos os lados, e o perseguirão a cada passo. (12) Será faminto o seu vigor, e a destruição está pronta ao seu lado. (13) Serão devorados os membros do seu corpo; sim, o primogênito da morte devorará os seus membros. (14) A sua confiança será arrancada da sua tenda, onde está confiado, e isto o fará caminhar para o rei dos terrores. (15) Morará na sua mesma tenda, o que não lhe pertence; espalhar-se-á enxofre sobre a sua habitação. (16) Por baixo se secarão as suas raízes e por cima serão cortados os seus ramos. (17) A sua memória perecerá da terra, e pelas praças não terá nome. (18) Da luz o lançarão nas trevas, e afugentá-lo-ão do mundo. (19) Não terá filho nem neto entre o seu povo, e nem quem lhe suceda nas suas moradas. (20) Do seu dia se espantarão os do ocidente, assim como se espantam os do oriente. (21) Tais são, na verdade, as moradas do perverso, e este é o lugar do que não conhece a Deus.

Cap. 19

 (1) RESPONDEU, porém, Jó, dizendo: (2) Até quando afligireis a minha alma, e me quebrantareis com palavras? (3) Já dez vezes me vituperastes; não tendes vergonha de injuriar-me. (4) Embora haja eu, na verdade, errado, comigo ficará o meu erro. (5) Se deveras vos quereis engrandecer contra mim, e argüir-me pelo meu opróbrio, (6) Sabei agora que Deus é o que me transtornou, e com a sua rede me cercou. (7) Eis que clamo: Violência! Porém não sou ouvido. Grito: Socorro! Porém não há justiça. (8) O meu caminho ele entrincheirou, e já não posso passar, e nas minhas veredas pôs trevas. (9) Da minha honra me despojou; e tirou-me a coroa da minha cabeça. (10) Quebrou-me de todos os lados, e eu me vou; e arrancou a minha esperança, como a uma árvore. (11) E fez inflamar contra mim a sua ira, e me reputou para consigo, como a seus inimigos. (12) Juntas vieram as suas tropas, e prepararam contra mim o seu caminho, e se acamparam ao redor da minha tenda. (13) Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem, como estranhos se apartaram de mim. (14) Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim. (15) Os meus domésticos e as minhas servas me reputaram como um estranho, e vim a ser um estrangeiro aos seus olhos. (16) Chamei a meu criado, e ele não me respondeu; cheguei a suplicar-lhe com a minha própria boca. (17) O meu hálito se fez estranho à minha mulher; tanto que supliquei o interesse dos filhos do meu corpo. (18) Até os pequeninos me desprezam, e, levantando-me eu, falam contra mim. (19) Todos os homens da minha confidência me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim. (20) Os meus ossos se apegaram à minha pele e à minha carne, e escapei só com a pele dos meus dentes. (21) Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou. (22) Por que me perseguis assim como Deus, e da minha carne não vos fartais? (23) Quem me dera agora, que as minhas palavras fossem escritas! Quem me dera, fossem gravadas num livro! (24) E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha. (25) Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. (26) E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, (27) Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior. (28) Na verdade, que devíeis dizer: Por que o perseguimos? Pois a raiz da acusação se acha em mim. (29) Temei vós mesmos a espada; porque o furor traz os castigos da espada, para saberdes que há um juízo.

Cap. 20

 (1) ENTÃO respondeu Zofar, o naamatita, e disse: (2) Visto que os meus pensamentos me fazem responder, eu me apresso. (3) Eu ouvi a repreensão, que me envergonha, mas o espírito do meu entendimento responderá por mim. (4) Porventura não sabes tu que desde a antiguidade, desde que o homem foi posto sobre a terra, (5) O júbilo dos ímpios é breve, e a alegria dos hipócritas momentânea? (6) Ainda que a sua altivez suba até ao céu, e a sua cabeça chegue até às nuvens. (7) Contudo, como o seu próprio esterco, perecerá para sempre; e os que o viam dirão: Onde está? (8) Como um sonho voará, e não será achado, e será afugentado como uma visão da noite. (9) O olho, que já o viu, jamais o verá, nem o seu lugar o verá mais. (10) Os seus filhos procurarão agradar aos pobres, e as suas mãos restituirão os seus bens. (11) Os seus ossos estão cheios do vigor da sua mocidade, mas este se deitará com ele no pó. (12) Ainda que o mal lhe seja doce na boca, e ele o esconda debaixo da sua língua, (13) E o guarde, e não o deixe, antes o retenha no seu paladar, (14) Contudo a sua comida se mudará nas suas entranhas; fel de áspides será interiormente. (15) Engoliu riquezas, porém vomitá-las-á; do seu ventre Deus as lançará. (16) Veneno de áspides sorverá; língua de víbora o matará. (17) Não verá as correntes, os rios e os ribeiros de mel e manteiga. (18) Restituirá o seu trabalho, e não o engolirá; conforme ao poder de sua mudança, e não saltará de gozo. (19) Porquanto oprimiu e desamparou os pobres, e roubou a casa que não edificou. (20) Porquanto não sentiu sossego no seu ventre; nada salvará das coisas por ele desejadas. (21) Nada lhe sobejará do que coma; por isso as suas riquezas não durarão. (22) Sendo plena a sua abastança, estará angustiado; toda a força da miséria virá sobre ele. (23) Mesmo estando ele a encher a sua barriga, Deus mandará sobre ele o ardor da sua ira, e a fará chover sobre ele quando for comer. (24) Ainda que fuja das armas de ferro, o arco de bronze o atravessará. (25) Desembainhará a espada que sairá do seu corpo, e resplandecendo virá do seu fel; e haverá sobre ele assombros. (26) Toda a escuridão se ocultará nos seus esconderijos; um fogo não assoprado o consumirá, irá mal com o que ficar na sua tenda. (27) Os céus manifestarão a sua iniqüidade; e a terra se levantará contra ele. (28) As riquezas de sua casa serão transportadas; no dia da sua ira todas se derramarão. (29) Esta, da parte de Deus, é a porção do homem ímpio; esta é a herança que Deus lhe decretou.

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