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20 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 27)

Jó 38-42

Jó 38

 (1) DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: (2) Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? (3) Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás. (4) Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. (5) Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? (6) Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, (7) Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? (8) Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; (9) Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa? (10) Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, (11) E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas? (12) Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar; (13) Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela; (14) E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos; (15) E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante; (16) Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo? (17) Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte? (18) Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto. (19) Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar; (20) Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa? (21) De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias! (22) Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva, (23) Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra? (24) Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra? (25) Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões, (26) Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem; (27) Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva? (28) A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho? (29) De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu? (30) Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela. (31) Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion? (32) Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos? (33) Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra? (34) Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? (35) Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui? (36) Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento? (37) Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará, (38) Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros? (39) Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões, (40) Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas? (41) Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?

Jó 39

 (1) SABES tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão suas crias? (2) Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto? (3) Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores. (4) Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas. (5) Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo, (6) Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por morada? (7) Ri-se do ruído da cidade; não ouve os muitos gritos do condutor. (8) A região montanhosa é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde. (9) Ou, querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral? (10) Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem? Ou escavará ele os vales após ti? (11) Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho? (12) Ou fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira? (13) A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas? (14) Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó, (15) E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar. (16) Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor, (17) Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento. (18) A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele. (19) Ou darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço com crinas? (20) Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas. (21) Escarva a terra, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados. (22) Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada. (23) Contra ele rangem a aljava, o ferro flamante da lança e do dardo. (24) Agitando-se e indignando-se, serve a terra, e não faz caso do som da buzina. (25) Ao soar das buzinas diz: Eia! E cheira de longe a guerra, e o trovão dos capitães, e o alarido. (26) Ou voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul? (27) Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho? (28) Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros. (29) Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe. (30) E seus filhos chupam o sangue, e onde há mortos, ali está ela.

Jó 40

 (1) RESPONDEU mais o SENHOR a Jó, dizendo: (2) Porventura o contender contra o Todo-Poderoso é sabedoria? Quem argüi assim a Deus, responda por isso. (3) Então Jó respondeu ao SENHOR, dizendo: (4) Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca. (5) Uma vez tenho falado, e não replicarei; ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei. (6) Então o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: (7) Cinge agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explicarás. (8) Porventura também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te justificares? (9) Ou tens braço como Deus, ou podes trovejar com voz como ele o faz? (10) Orna-te, pois, de excelência e alteza; e veste-te de majestade e de glória. (11) Derrama os furores da tua ira, e atenta para todo o soberbo, e abate-o. (12) Olha para todo o soberbo, e humilha-o, e atropela os ímpios no seu lugar. (13) Esconde-os juntamente no pó; ata-lhes os rostos em oculto. (14) Então também eu a ti confessarei que a tua mão direita te poderá salvar. (15) Contemplas agora o beemote, que eu fiz contigo, que come a erva como o boi. (16) Eis que a sua força está nos seus lombos, e o seu poder nos músculos do seu ventre. (17) Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas estão entretecidos. (18) Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro. (19) Ele é obra-prima dos caminhos de Deus; o que o fez o proveu da sua espada. (20) Em verdade os montes lhe produzem pastos, onde todos os animais do campo folgam. (21) Deita-se debaixo das árvores sombrias, no esconderijo das canas e da lama. (22) As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam. (23) Eis que um rio transborda, e ele não se apressa, confiando ainda que o Jordão se levante até à sua boca. (24) Podê-lo-iam porventura caçar à vista de seus olhos, ou com laços lhe furar o nariz?

Jó 41

 (1) PODERÁS tirar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com uma corda? (2) Podes pôr um anzol no seu nariz, ou com um gancho furar a sua queixada? (3) Porventura multiplicará as súplicas para contigo, ou brandamente falará? (4) Fará ele aliança contigo, ou o tomarás tu por servo para sempre? (5) Brincarás com ele, como se fora um passarinho, ou o prenderás para tuas meninas? (6) Os teus companheiros farão dele um banquete, ou o repartirão entre os negociantes? (7) Encherás a sua pele de ganchos, ou a sua cabeça com arpões de pescadores? (8) Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais tal intentarás. (9) Eis que é vã a esperança de apanhá-lo; pois não será o homem derrubado só ao vê-lo? (10) Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim? (11) Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. (12) Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem a graça da sua compostura. (13) Quem descobrirá a face da sua roupa? Quem entrará na sua couraça dobrada? (14) Quem abrirá as portas do seu rosto? Pois ao redor dos seus dentes está o terror. (15) As suas fortes escamas são o seu orgulho, cada uma fechada como com selo apertado. (16) Uma à outra se chega tão perto, que nem o ar passa por entre elas. (17) Umas às outras se ligam; tanto aderem entre si, que não se podem separar. (18) Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pálpebras da alva. (19) Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela. (20) Das suas narinas procede fumaça, como de uma panela fervente, ou de uma grande caldeira. (21) O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai chama. (22) No seu pescoço reside a força; diante dele até a tristeza salta de prazer. (23) Os músculos da sua carne estão pegados entre si; cada um está firme nele, e nenhum se move. (24) O seu coração é firme como uma pedra e firme como a mó de baixo. (25) Levantando-se ele, tremem os valentes; em razão dos seus abalos se purificam. (26) Se alguém lhe tocar com a espada, essa não poderá penetrar, nem lança, dardo ou flecha. (27) Ele considera o ferro como palha, e o cobre como pau podre. (28) A seta o não fará fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho. (29) As pedras atiradas são para ele como arestas, e ri-se do brandir da lança; (30) Debaixo de si tem conchas pontiagudas; estende-se sobre coisas pontiagudas como na lama. (31) As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como uma vasilha de ungüento. (32) Após si deixa uma vereda luminosa; parece o abismo tornado em brancura de cãs. (33) Na terra não há coisa que se lhe possa comparar, pois foi feito para estar sem pavor. (34) Ele vê tudo que é alto; é rei sobre todos os filhos da soberba.

Jó 42

 (1) ENTÃO respondeu Jó ao SENHOR, dizendo: (2) Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. (3) Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia. (4) Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. (5) Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. (6) Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza. (7) Sucedeu que, acabando o SENHOR de falar a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. (8) Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó. (9) Então foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes dissera; e o SENHOR aceitou a face de Jó. (10) E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. (11) Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram acerca de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e um pendente de ouro. (12) E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. (13) Também teve sete filhos e três filhas. (14) E chamou o nome da primeira Jemima, e o nome da segunda Quezia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque. (15) E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. (16) E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. (17) Então morreu Jó, velho e farto de dias.

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