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19 março 2013

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 1, dia 26)

Jó 35-37

Jó 35

 (1) RESPONDEU mais Eliú, dizendo: (2) Tens por direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus? (3) Porque disseste: De que me serviria? Que proveito tiraria mais do que do meu pecado? (4) Eu te darei resposta, a ti e aos teus amigos contigo. (5) Atenta para os céus, e vê; e contempla as mais altas nuvens, que são mais altas do que tu. (6) Se pecares, que efetuarás contra ele? Se as tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? (7) Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá ele da tua mão? (8) A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria ao filho do homem. (9) Por causa das muitas opressões os homens clamam por causa do braço dos grandes. (10) Porém ninguém diz: Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite; (11) Que nos ensina mais do que aos animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus? (12) Clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus. (13) Certo é que Deus não ouvirá a vaidade, nem atentará para ela o Todo-Poderoso. (14) E quanto ao que disseste, que o não verás, juízo há perante ele; por isso espera nele. (15) Mas agora, porque a sua ira ainda não se exerce, nem grandemente considera a arrogância, (16) Logo Jó em vão abre a sua boca, e sem ciência multiplica palavras.

Jó 36

 (1) PROSSEGUIU ainda Eliú, e disse: (2) Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de Deus. (3) De longe trarei o meu conhecimento; e ao meu Criador atribuirei a justiça. (4) Porque na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que tem perfeito conhecimento. (5) Eis que Deus é mui grande, contudo a ninguém despreza; grande é em força e sabedoria. (6) Ele não preserva a vida do ímpio, e faz justiça aos aflitos. (7) Do justo não tira os seus olhos; antes estão com os reis no trono; ali os assenta para sempre, e assim são exaltados. (8) E se estão presos em grilhões, amarrados com cordas de aflição, (9) Então lhes faz saber a obra deles, e as suas transgressões, porquanto prevaleceram nelas. (10) Abre-lhes também os seus ouvidos, para sua disciplina, e ordena-lhes que se convertam da maldade. (11) Se o ouvirem, e o servirem, acabarão seus dias em bem, e os seus anos em delícias. (12) Porém se não o ouvirem, à espada serão passados, e expirarão sem conhecimento. (13) E os hipócritas de coração amontoam para si a ira; e amarrando-os ele, não clamam por socorro. (14) A sua alma morre na mocidade, e a sua vida perece entre os impuros. (15) Ao aflito livra da sua aflição, e na opressão se revela aos seus ouvidos. (16) Assim também te desviará da boca da angústia para um lugar espaçoso, em que não há aperto, e as iguarias da tua mesa serão cheias de gordura. (17) Mas tu estás cheio do juízo do ímpio; o juízo e a justiça te sustentam. (18) Porquanto há furor, guarda-te de que não sejas atingido pelo castigo violento, pois nem com resgate algum te livrarias dele. (19) Estimaria ele tanto tuas riquezas? Não, nem ouro, nem todas as forças do poder. (20) Não suspires pela noite, em que os povos sejam tomados do seu lugar. (21) Guarda-te, e não declines para a iniqüidade; porquanto isso escolheste antes que a aflição. (22) Eis que Deus é excelso em seu poder; quem ensina como ele? (23) Quem lhe prescreveu o seu caminho? Ou, quem lhe dirá: Tu cometeste maldade? (24) Lembra-te de engrandecer a sua obra, que os homens contemplam. (25) Todos os homens a vêem, e o homem a enxerga de longe. (26) Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos, e o número dos seus anos não se pode esquadrinhar. (27) Porque faz miúdas as gotas das águas que, do seu vapor, derramam a chuva, (28) A qual as nuvens destilam e gotejam sobre o homem abundantemente. (29) Porventura pode alguém entender as extensões das nuvens, e os estalos da sua tenda? (30) Eis que estende sobre elas a sua luz, e encobre as profundezas do mar. (31) Porque por estas coisas julga os povos e lhes dá mantimento em abundância. (32) Com as nuvens encobre a luz, e ordena não brilhar, interpondo a nuvem. (33) O que nos dá a entender o seu pensamento, como também ao gado, acerca do temporal que sobe.

Jó 37

 (1) SOBRE isto também treme o meu coração, e salta do seu lugar. (2) Atentamente ouvi a indignação da sua voz, e o sonido que sai da sua boca. (3) Ele o envia por debaixo de todos os céus, e a sua luz até aos confins da terra. (4) Depois disto ruge uma voz; ele troveja com a sua voz majestosa; e ele não os detém quando a sua voz é ouvida. (5) Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender. (6) Porque à neve diz: Cai sobre a terra; como também à garoa e à sua forte chuva. (7) Ele sela as mãos de todo o homem, para que conheçam todos os homens a sua obra. (8) E as feras entram nos seus esconderijos e ficam nas suas cavernas. (9) Da recâmara do sul sai o tufão, e do norte o frio. (10) Pelo sopro de Deus se dá a geada, e as largas águas se congelam. (11) Também de umidade carrega as grossas nuvens, e esparge as nuvens com a sua luz. (12) Então elas, segundo o seu prudente conselho, se espalham em redor, para que façam tudo quanto lhes ordena sobre a superfície do mundo na terra. (13) Seja que por vara, ou para a sua terra, ou por misericórdia as faz vir. (14) A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos; para, e considera as maravilhas de Deus. (15) Porventura sabes tu como Deus as opera, e faz resplandecer a luz da sua nuvem? (16) Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos? (17) Ou de como as tuas roupas aquecem, quando do sul há calma sobre a terra? (18) Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido? (19) Ensina-nos o que lhe diremos: porque nós nada poderemos pôr em boa ordem, por causa das trevas. (20) Contar-lhe-ia alguém o que tenho falado? Ou desejaria um homem que ele fosse devorado? (21) E agora não se pode olhar para o sol, que resplandece nas nuvens, quando o vento, tendo passado, o deixa limpo. (22) O esplendor de ouro vem do norte; pois, em Deus há uma tremenda majestade. (23) Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça. (24) Por isso o temem os homens; ele não respeita os que se julgam sábios de coração.

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