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07 junho 2013

SOU APENAS UMA VOZ

“Sou a voz do que clama no deserto.” A “panelinha” religiosa dos dias de João pediu suas credenciais e foi assim que ele respondeu. Segundo o padrão de Deus, João foi o maior entre os nascidos de mulher, mas aos seus próprios olhos, ele era apenas uma voz.
É natural a nós, seres humanos, nos “elevarmos”, e João Batista certamente teve sua chance, a chance de sair na primeira página do jornal da cidade. E não precisaria nem ter dito uma só palavra. Um aceno de cabeça teria sido o bastante. Ou um sorriso. “Você é profeta?” Afinal ele era, certo?
João deu uma olhada direta naqueles religiosos cheios de pose e respondeu: “Sou apenas uma voz”. Esse foi o motivo de seu sucesso no trabalho pra Deus. Era simplesmente um instrumento. Outra Pessoa estava no comando.
“Quem é você?”, as pessoas perguntavam por diferentes razões. Algumas queriam restringir suas atividades fora da igreja. Outras estavam preocupadas com as razões de sua notoriedade. João realizava uma obra espetacular. O povo o procurava. Ele não precisou sair do lugar. Ele não escolheu a melhor localização para sua “igreja” em uma área nova e próspera. João não foi atrás de multidão nenhuma. A multidão foi atrás dele — no deserto.
João não conquistou as pessoas com suas pílulas psicológicas açucaradas fáceis de ser engolidas. Ele falou a verdade nua e crua, expondo a necessidade íntima daquela gente. E mesmo assim o povo ia procurá-lo, e a igreja profana ergueu os olhos e entendeu.
Qual era o segredo do sucesso de João? Os bancos vazios em suas igrejas precisavam de resposta. O clero instruído da época exigia credenciais, mas tudo o que Deus requeria era uma voz que ele pudesse usar. Uma voz completamente entregue a Deus.
Sabemos muito pouco sobre a vida pessoal de João Batista. Talvez a pregação fosse seu único talento. Ele poderia muito bem ter escondido seu talento, ou tê-lo usado para a glória pessoal — mas não o fez. Muita gente não pensaria duas vezes.
Um homem eloquente fala, e o mundo pega fogo. Uma mulher fala, e um lar se desfaz. Um homem “ordenado” fala, e a bonita Casa de Deus fica cheia de eloquência. Então, um simples filho de Deus fala, e a voz do Senhor é ouvida. O poder de Deus é sentido e os corações exclamam: “O que devo fazer?”
Esse é o Poder em ação lá no deserto, transformando-o em um oásis do perdão divino e do amor que restaura. João nada mais era do que um canal por meio do qual o Poder se tornou disponível e ativo nas pessoas.
O deserto continua ao nosso redor, um deserto onde as vidas perderam o rumo. Nenhum poder na terra, nenhuma filosofia humana, nenhuma eloquência nem sabedoria podem mudar essa situação.
A única coisa capaz de restaurar a sanidade desse mundo confuso é o Poder de Deus fluindo livremente, sem obstrução nenhuma, através das vidas que se entregaram a ele.
Meu desejo é que comecemos o dia, cada dia, nos entregando a Deus para que ele nos use.
(Karl Berg - Morning Glory)

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