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31 julho 2013

ERA APENAS UM BRINQUEDO

Como esquecer o dia em que um brinquedo de criança mudou a vida de minha família inteira?
Eu estava cansado. Havia sido um longo dia no gabinete pastoral. Eu estava pronto para um bom jantar e uma noite tranquila com minha jovem família.
Então, aconteceu! Uaco! Plaft! Ao abrir a porta de casa, vi meu filho de oito anos pisando em cima da boneca preferida de minha filha, espatifando a coitada.
Os minutos seguintes foram de puro caos — acusações, lágrimas, justificativas. De repente, me encontrei sendo juiz de uma batalha que não esperava e na qual não me alegrava.
Atordoado, escavei minha mente em busca de uma solução para o problema. Tenho de ensinar uma lição inesquecível ao meu filho.
Perguntei-lhe: “Por que você fez isso?” 
Sem se importar muito, ele me deu a resposta típica: “Não sei”.
Esta resposta sempre me deixava furioso, como deve acontecer com um número incontável de pais. Com raiva, e sem pensar nas consequências, soltei: “Bom, o papai vai lhe ensinar uma lição que você nunca vai esquecer, pra que nunca mais destrua o que pertence a outra pessoa. Pegue um de seus brinquedos. Vou pisar...”.
Tentei me controlar, mas o estrago já estava feito. Eu havia me comprometido.
Quando meu filho se encaminhou pra o quarto, eu sabia que tinha cometido um erro daqueles. A raiva havia substituído a razão. A emoção rompante suplantara a atitude racional.
Minutos pareceram horas. Que brinquedo o menino iria escolher? Talvez um carrinho velho ou uma bola que eu não conseguiria quebrar por mais que tentasse!
Mas nada havia acontecido por acaso. Em vez de dar uma lição no filho, foi o pai quem aprendeu uma lição da qual jamais se esqueceria.
Meu filho apareceu com o melhor e mais caro brinquedo que possuía!
A última coisa que eu desejava era pisar naquela miniatura de motocicleta. Eu não queria destruir o melhor brinquedo do meu filho. Meu coração ficou um caco.
“Deus, o que eu faço agora?”, orei silenciosamente.
Quando meu filho me estendeu o brinquedo, as lágrimas banhavam-me o rosto. Então Deus falou comigo, muito suavemente: “Seu filho está lhe entregando o que tem de melhor. Foi isto que fiz por você e sua família no Calvário. Entreguei o que possuía de melhor”.
Eu e minha esposa colocamos o brinquedo no chão, entre nós, e peguei meus filhos no colo. A seguir, contei-lhes novamente que Jesus se entregou na cruz por nós; choramos, e oramos pedindo que Deus usasse aquela ocasião para nos ensinar a lhe oferecer o que temos de melhor.
O comportamento singelo de meu filho havia me ensinado uma grande lição. A Bíblia diz: “Uma criança os guiará”.
A raiva e a amargura de alguns momentos antes estavam esquecidas. Agora a paz do amor de Deus fluía em nós enquanto lhe entregávamos o que possuíamos de melhor.
Alguns anos já se passaram desde então, mas nossa família ainda lembra vividamente daquela noite maravilhosa em que uma motocicletinha de brinquedo nos levou para mais perto de Deus e uns dos outros.
(Calvin M. Durham)

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