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03 julho 2013

PALAVRAS DE ENCORAJAMENTO

Você não é o melhor juiz de sua pregação.
O presidente de uma comissão encarregada de encontrar um pastor para sua igreja me disse que nunca avisavam o candidato que iriam ouvi-lo pregar. “Todo pastor tem pelo menos dois bons sermões na gaveta”, o presidente explicou com um sorriso, “e se ele souber que vamos aparecer, vai escolher um dos dois pra impressionar a comissão”.
Percebi que havia algo errado com essa filosofia, mas à época não discerni o que era. Com o tempo, descobri. Embora seja verdade que todos os pastores têm pelo menos dois bons sermões na gaveta, o problema é que eles não sabem quais são. O pastor acha que são estes dois aqui, a esposa acha que são aqueles ali, a igreja e Jesus talvez achem que são outros completamente diferentes.
Na verdade, nenhum de nós tem capacidade para julgar nossa própria pregação. Mesmo assim a maioria de nós persiste em avaliar como nos saímos no domingo passado, e deixamos que a nota que nos demos controle nossas emoções durante as primeiras vinte e quatro horas da semana.
Jesus tem algo apropriado a dizer aqui: “Sacuda a poeira e siga adiante” (Mt 10.14, paráfrase). É fato que Jesus estava se referindo a algo completamente diferente, mas o princípio se aplica: quando terminar a tarefa em um lugar, sacuda a poeira e vá em frente mesmo que a experiência tenha sido negativa. Seja poeira estelar, de ouro ou de adubo, deixe-a pra trás.
Os vendedores atestam que uma das habilidades mais difíceis que têm de adquirir é esquecer uma experiência ruim de venda, passar uma borracha em cima, respirar fundo e preparar-se para o próximo cliente com um sorriso e uma frase calorosa de boas-vindas.
No início do ministério, muitos pastores colocam suas esposas numa situação delicada. “Querida, o que você achou do meu sermão de hoje?”, ele pergunta a caminho de casa. Não é uma boa jogada. O momento mais vulnerável do pastor são as horas logo após ele descer do púlpito. Durante a mensagem, ele abriu o coração e expôs a alma. Ofereceu a Deus e ao auditório o esforço de muito estudo, oração e meditação feitos durante a semana. O momento da mensagem é o aspecto mais importante de todo o seu ministério. Sua sobrevivência e realizações na igreja dependem de como você se sai no púlpito. Com tudo o que existe em você, pregar bem deve ser o seu desejo.
Qualquer coisa negativa vinda seja lá de quem for — particularmente de sua esposa — com certeza vai penetrar fundo e machucar bastante. A esposa não precisa ser colocada numa situação dessas. A verdade é que se você não se sentir bem a respeito da mensagem que pregou, nada do que a esposa disser irá aliviar seu desconforto; sendo assim, não pergunte. Entregue tudo nas mãos de Deus. Ou você fez o seu melhor ou não fez. Se fez, isso é tudo o que interessa. Se não fez, então aprenda a lição e empenhe-se mais na próxima semana.
Ansiedade antes de pregar e autorrecriminação depois normalmente fazem “parte do pacote”, muitos dirão. Depois de 42 anos de ministério pastoral, descobri que o melhor remédio para a ansiedade é perguntar: “Qual é a pior coisa que pode acontecer?” Quando nenhuma tragédia me vinha à mente, a não ser que a mensagem seria um tanto nebulosa ou um tédio só, eu ficava tranquilo. O remédio para a autorrecriminação (“Por que fui contar aquela piada?”, “Não deveria ter dito aquilo!”, “Preguei demais”, “Preguei de menos”, “A mensagem foi muito profunda, muito vazia”) é começar a praticar o que prega.
Entregue tudo a Deus como oferenda. A mensagem não foi perfeita, mas Deus nunca exigiu perfeição de você; se exigisse, não aceitaria nada de suas mãos. “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sl 103.14).
Imagine este cenário, e veja se dá certo pra você. Depois do culto, você leva sua família para almoçar num restaurante legal. Vocês se sentam à mesa, examinam o menu, e cada um pede o que quer comer. O garçom serve a refeição, vocês comem, e depois ficam ali batendo papo, sem pressa, enquanto saboreiam o cafezinho.
De repente, o chef aparece e quer saber: “Gostaram da refeição? Passei a manhã inteira no preparo da lasanha. Espero que a picanha não tenha ficado muito seca. Será que pus muito tempero no peixe? O pudim de leite não ficou doce demais?” Você tenta sossegá-lo dizendo que tudo estava muito bom, que todo mundo gostou demais. Mas o cozinheiro continua a se desculpar, morrendo de preocupação, achando que os pratos estavam uma droga.
Ao saírem do restaurante, você fica se perguntando qual é o problema do homem, Sinceramente, foi drama demais pra sua cabeça. A refeição estava ótima. Valeu cada centavo. O chef deveria ter ficado tranquilo, e até saboreado o que cozinhou.
A última coisa que os clientes desejam num restaurante é um cozinheiro neurótico. Possivelmente existem pessoas que se autodenominam “críticos de alimentação” em sua igreja. Pastor, isso é problema delas. Simplesmente não se junte a esse grupo.
Quando estiver preparando a mensagem, durante a entrega da mensagem, e especialmente após a mensagem, lembre-se do seguinte: “O importante aqui não sou eu. Jesus Cristo é importante. Senhor, ajude-me a fazer o melhor que eu puder para lhe agradar, e, por favor, use a mensagem para a sua glória. Amém”. Afinal, ele é o único Juiz cuja sentença deve nos interessar.
Você ficaria surpreso em saber o que o nosso Senhor Jesus Cristo consegue fazer com o alimento mais simples, mesmo o que vem de um menino. Ah, mas esta história você já conhece!
(Pr. Joe McKeever - Disciple Magazine)

Nos dias de hoje, religião não significa transformação de pessoas; ao contrário, significa ser transformado pelos outros. Não significa elevar os padrões morais da sociedade; significa descer ao nível da sociedade e parabenizar-se por ter alcançado uma vitoria, pois a sociedade sorri aceitando nossa rendição.
(A. W. Tozer)

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