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25 fevereiro 2014

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 10, dia 25)

Marcos 7-10

Marcos 7

 (1) E AJUNTARAM-SE a ele os fariseus, e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém. (2) E, vendo que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam. (3) Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes; (4) E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas. (5) Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar? (6) E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; (7) Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. (8) Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. (9) E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. (10) Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá. (11) Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor; (12) Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, (13) Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas. (14) E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei. (15) Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem. (16) Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. (17) Depois, quando deixou a multidão, e entrou em casa, os seus discípulos o interrogavam acerca desta parábola. (18) E ele disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, (19) Porque não entra no seu coração, mas no ventre, e é lançado fora, ficando puras todas as comidas? (20) E dizia: O que sai do homem isso contamina o homem. (21) Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as fornicações, os homicídios, (22) Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. (23) Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem. (24) E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se; (25) Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés. (26) E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio. (27) Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. (28) Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos. (29) Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. (30) E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído. (31) E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis. (32) E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. (33) E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua. (34) E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te. (35) E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. (36) E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam. (37) E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.

Marcos 8

 (1) NAQUELES dias, havendo uma grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes: (2) Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm o que comer. (3) E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe. (4) E os seus discípulos responderam-lhe: De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto? (5) E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete. (6) E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão. (7) Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante. (8) E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos. (9) E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os. (10) E, entrando logo no barco, com os seus discípulos, foi para as partes de Dalmanuta. (11) E saíram os fariseus, e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do céu. (12) E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum. (13) E, deixando-os, tornou a entrar no barco, e foi para o outro lado. (14) E eles se esqueceram de levar pão e, no barco, não tinham consigo senão um pão. (15) E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. (16) E arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão. (17) E Jesus, conhecendo isto, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? não considerastes, nem compreendestes ainda? tendes ainda o vosso coração endurecido? (18) Tendo olhos, não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais, (19) Quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantas alcofas cheias de pedaços levantastes? Disseram-lhe: Doze. (20) E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete. (21) E ele lhes disse: Como não entendeis ainda? (22) E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse. (23) E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. (24) E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. (25) Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente. (26) E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia. (27) E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou? (28) E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas. (29) E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo. (30) E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele. (31) E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria. (32) E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo. (33) Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens. (34) E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. (35) Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. (36) Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (37) Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? (38) Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.

Marcos 9

 (1) DIZIA-LHES também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder. (2) E seis dias depois Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte; e transfigurou-se diante deles; (3) E as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia branquear. (4) E apareceu-lhes Elias, com Moisés, e falavam com Jesus. (5) E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, é bom que estejamos aqui; e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias. (6) Pois não sabia o que dizia, porque estavam assombrados. (7) E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu filho amado; a ele ouvi. (8) E, tendo olhado em redor, ninguém mais viram, senão só Jesus com eles. (9) E, descendo eles do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do homem ressuscitasse dentre os mortos. (10) E eles retiveram o caso entre si, perguntando uns aos outros que seria aquilo, ressuscitar dentre os mortos. (11) E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro? (12) E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e todas as coisas restaurará; e, como está escrito do Filho do homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado. (13) Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito. (14) E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles. (15) E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram. (16) E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles? (17) E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; (18) E este, onde quer que o apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. (19) E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo. (20) E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando. (21) E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. (22) E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. (23) E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. (24) E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade. (25) E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele. (26) E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto. (27) Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou. (28) E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? (29) E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum. (30) E, tendo partido dali, caminharam pela Galiléia, e não queria que alguém o soubesse; (31) Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia. (32) Mas eles não entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo. (33) E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? (34) Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior. (35) E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos. (36) E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes: (37) Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou. (38) E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. (39) Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. (40) Porque quem não é contra nós, é por nós. (41) Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão. (42) E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar. (43) E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, (44) Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. (45) E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga, (46) Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. (47) E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, (48) Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. (49) Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal. (50) Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.

Marcos 10

 (1) E, LEVANTANDO-SE dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume. (2) E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? (3) Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? (4) E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. (5) E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; (6) Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. (7) Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, (8) E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. (9) Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (10) E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. (11) E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. (12) E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera. (13) E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam. (14) Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. (15) Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele. (16) E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou. (17) E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? (18) E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. (19) Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. (20) Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. (21) E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. (22) Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades. (23) Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! (24) E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus! (25) É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus. (26) E eles se admiravam ainda mais, dizendo entre si: Quem poderá, pois, salvar-se? (27) Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. (28) E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos. (29) E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, (30) Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna. (31) Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros. (32) E iam no caminho, subindo para Jerusalém; e Jesus ia adiante deles. E eles maravilhavam-se, e seguiam-no atemorizados. E, tornando a tomar consigo os doze, começou a dizer-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir, (33) Dizendo: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios. (34) E o escarnecerão, e açoitarão, e cuspirão nele, e o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará. (35) E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. (36) E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? (37) E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. (38) Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? (39) E eles lhe disseram: Podemos. Jesus, porém, disse-lhes: Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado; (40) Mas, o assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado. (41) E os dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. (42) Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre eles; (43) Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; (44) E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. (45) Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (46) E depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando. (47) E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. (48) E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de mim. (49) E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. (50) E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus. (51) E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. (52) E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.

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