Faça-nos uma Visita

Faça-nos uma Visita

Como Chegar?

23 março 2014

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 11, dia 18)

Atos  27-28

Atos  27

 (1) E, COMO se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta. (2) E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedônio, de Tessalônica. (3) E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele. (4) E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários. (5) E, tendo atravessado o mar, ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia. (6) E, achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele. (7) E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmone. (8) E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. (9) E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava, (10) Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas. (11) Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre, do que no que dizia Paulo. (12) E, como aquele porto não era cômodo para invernar, os mais deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam chegar a Fenice, que é um porto de Creta que olha para o lado do vento da África e do Coro, e invernar ali. (13) E, soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta. (14) Mas não muito depois deu nela um pé de vento, chamado Euro-aquilão. (15) E, sendo o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. (16) E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Clauda, apenas pudemos ganhar o batel. (17) E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa. (18) E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio. (19) E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. (20) E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. (21) E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda. (22) Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. (23) Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, (24) Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. (25) Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito. (26) É, contudo, necessário irmos dar numa ilha. (27) E, quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de um e outro lado no mar Adriático, lá pela meia-noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra. (28) E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças. (29) E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia. (30) Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio, e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa, (31) Disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. (32) Então os soldados cortaram os cabos do batel, e o deixaram cair. (33) E, entretanto que o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não havendo provado nada. (34) Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós. (35) E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e, partindo-o, começou a comer. (36) E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer. (37) E éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis almas. (38) E, refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar. (39) E, sendo já dia, não conheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia, e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio. (40) E, levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia. (41) Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas. (42) Então a idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado. (43) Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar, e se salvassem em terra; (44) E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo.

Atos  28

  (1) E, HAVENDO escapado, então souberam que a ilha se chamava Malta. (2) E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía, e por causa do frio. (3) E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. (4) E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver. (5) Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. (6) E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus. (7) E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias. (8) E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou. (9) Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam. (10) Os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias. (11) E três meses depois partimos num navio de Alexandria que invernara na ilha, o qual tinha por insígnia Castor e Pólux. (12) E, chegando a Siracusa, ficamos ali três dias. (13) De onde, indo costeando, viemos a Régio; e soprando, um dia depois, um vento do sul, chegamos no segundo dia a Potéoli. (14) Onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma. (15) E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo. (16) E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao capitão da guarda; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta à parte, com o soldado que o guardava. (17) E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Homens irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos paternos, vim contudo preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos; (18) Os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte. (19) Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação. (20) Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia. (21) Então eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti carta alguma da Judéia, nem veio aqui algum dos irmãos, que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum. (22) No entanto bem quiséramos ouvir de ti o que sentes; porque, quanto a esta seita, notório nos é que em toda a parte se fala contra ela. (23) E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde. (24) E alguns criam no que se dizia; mas outros não criam. (25) E, como ficaram entre si discordes, despediram-se, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías, (26) Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; E, vendo vereis, e de maneira nenhuma percebereis. (27) Porquanto o coração deste povo está endurecido, E com os ouvidos ouviram pesadamente, E fecharam os olhos, Para que nunca com os olhos vejam, Nem com os ouvidos ouçam, Nem do coração entendam, E se convertam, E eu os cure. (28) Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão. (29) E, havendo ele dito estas palavras, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda. (30) E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo; (31) Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário