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09 março 2014

Leitura Cronológica Anual da Bíblia (Mês 11, dia 6)

João 7-10

João 7

 (1) E DEPOIS disto Jesus andava pela Galiléia, e já não queria andar pela Judéia, pois os judeus procuravam matá-lo. (2) E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. (3) Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. (4) Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. (5) Porque nem mesmo seus irmãos criam nele. (6) Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto. (7) O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. (8) Subi vós a esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não está cumprido. (9) E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galiléia. (10) Mas, quando seus irmãos já tinham subido à festa, então subiu ele também, não manifestamente, mas como em oculto. (11) Ora, os judeus procuravam-no na festa, e diziam: Onde está ele? (12) E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo. (13) Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus. (14) Mas, no meio da festa subiu Jesus ao templo, e ensinava. (15) E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo aprendido? (16) Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. (17) Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. (18) Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça. (19) Não vos deu Moisés a lei? e nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-me? (20) A multidão respondeu, e disse: Tens demônio; quem procura matar-te? (21) Respondeu Jesus, e disse-lhes: Fiz uma só obra, e todos vos maravilhais. (22) Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés, mas dos pais), no sábado circuncidais um homem. (23) Se o homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim, porque no sábado curei de todo um homem? (24) Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça. (25) Então alguns dos de Jerusalém diziam: Não é este o que procuram matar? (26) E ei-lo aí está falando abertamente, e nada lhe dizem. Porventura sabem verdadeiramente os príncipes que de fato este é o Cristo? (27) Todavia bem sabemos de onde este é; mas, quando vier o Cristo, ninguém saberá de onde ele é. (28) Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis. (29) Mas eu conheço-o, porque dele sou e ele me enviou. (30) Procuravam, pois, prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele, porque ainda não era chegada a sua hora. (31) E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito? (32) Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem. (33) Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou. (34) Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou, vós não podeis vir. (35) Disseram, pois, os judeus uns para os outros: Para onde irá este, que o não acharemos? Irá porventura para os dispersos entre os gregos, e ensinará os gregos? (36) Que palavra é esta que disse: Buscar-me-eis, e não me achareis; e: Aonde eu estou vós não podeis ir? (37) E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. (38) Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. (39) E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. (40) Então muitos da multidão, ouvindo esta palavra, diziam: Verdadeiramente este é o Profeta. (41) Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem, pois, o Cristo da Galiléia? (42) Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, da aldeia de onde era Davi? (43) Assim entre o povo havia dissensão por causa dele. (44) E alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele. (45) E os servidores foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus; e eles lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? (46) Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem. (47) Responderam-lhes, pois, os fariseus: Também vós fostes enganados? (48) Creu nele porventura algum dos principais ou dos fariseus? (49) Mas esta multidão, que não sabe a lei, é maldita. (50) Nicodemos, que era um deles (o que de noite fora ter com Jesus), disse-lhes: (51) Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz? (52) Responderam eles, e disseram-lhe: És tu também da Galiléia? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu. (53) E cada um foi para sua casa.

João 8

 (1) JESUS, porém, foi para o Monte das Oliveiras. (2) E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. (3) E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; (4) E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. (5) E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? (6) Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. (7) E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. (8) E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. (9) Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. (10) E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? (11) E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais. (12) Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (13) Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro. (14) Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. (15) Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo. (16) E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. (17) E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. (18) Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou. (19) Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai. (20) Estas palavras disse Jesus no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora. (21) Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Eu retiro-me, e buscar-me-eis, e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, não podeis vós vir. (22) Diziam, pois, os judeus: Porventura quererá matar-se a si mesmo, pois diz: Para onde eu vou não podeis vir? (23) E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. (24) Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados. (25) Disseram-lhe, pois: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse. (26) Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo. (27) Mas não entenderam que ele lhes falava do Pai. (28) Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem EU SOU, e que nada faço por mim mesmo; mas isto falo como meu Pai me ensinou. (29) E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. (30) Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele. (31) Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; (32) E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (33) Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? (34) Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. (35) Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. (36) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (37) Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós. (38) Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. (39) Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. (40) Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto. (41) Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus. (42) Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. (43) Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. (44) Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (45) Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. (46) Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? (47) Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus. (48) Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio? (49) Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e vós me desonrais. (50) Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue. (51) Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. (52) Disseram-lhe, pois, os judeus: Agora conhecemos que tens demônio. Morreu Abraão e os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte. (53) És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E também os profetas morreram. Quem te fazes tu ser? (54) Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus. (55) E vós não o conheceis, mas eu conheço-o. E, se disser que o não conheço, serei mentiroso como vós; mas conheço-o e guardo a sua palavra. (56) Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. (57) Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? (58) Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. (59) Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.

João 9

 (1) E, PASSANDO Jesus, viu um homem cego de nascença. (2) E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (3) Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. (4) Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. (5) Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. (6) Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. (7) E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. (8) Então os vizinhos, e aqueles que dantes tinham visto que era cego, diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava? (9) Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu. (10) Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos? (11) Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi. (12) Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. (13) Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego. (14) E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. (15) Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me, e vejo. (16) Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles. (17) Tornaram, pois, a dizer ao cego: Tu, que dizes daquele que te abriu os olhos? E ele respondeu: Que é profeta. (18) Os judeus, porém, não creram que ele tivesse sido cego, e que agora visse, enquanto não chamaram os pais do que agora via. (19) E perguntaram-lhes, dizendo: É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora? (20) Seus pais lhes responderam, e disseram: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego; (21) Mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe tenha aberto os olhos, não sabemos. Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo; e ele falará por si mesmo. (22) Seus pais disseram isto, porque temiam os judeus. Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga. (23) Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo. (24) Chamaram, pois, pela segunda vez o homem que tinha sido cego, e disseram-lhe: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador. (25) Respondeu ele pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo. (26) E tornaram a dizer-lhe: Que te fez ele? Como te abriu os olhos? (27) Respondeu-lhes: Já vo-lo disse, e não ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir? Quereis vós porventura fazer-vos também seus discípulos? (28) Então o injuriaram, e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés. (29) Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é. (30) O homem respondeu, e disse-lhes: Nisto, pois, está a maravilha, que vós não saibais de onde ele é, e contudo me abrisse os olhos. (31) Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve. (32) Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. (33) Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer. (34) Responderam eles, e disseram-lhe: Tu és nascido todo em pecados, e nos ensinas a nós? E expulsaram-no. (35) Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? (36) Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? (37) E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. (38) Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou. (39) E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem sejam cegos. (40) E aqueles dos fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: Também nós somos cegos? (41) Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece.

João 10

 (1) NA verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. (2) Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. (3) A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. (4) E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. (5) Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. (6) Jesus disse-lhes esta parábola; mas eles não entenderam o que era que lhes dizia. (7) Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. (8) Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. (9) Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. (10) O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (11) Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. (12) Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. (13) Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. (14) Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. (15) Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. (16) Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. (17) Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. (18) Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. (19) Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras. (20) E muitos deles diziam: Tem demônio, e está fora de si; por que o ouvis? (21) Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos? (22) E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno. (23) E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão. (24) Rodearam-no, pois, os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente. (25) Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. (26) Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. (27) As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; (28) E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. (29) Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. (30) Eu e o Pai somos um. (31) Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. (32) Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? (33) Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. (34) Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses? (35) Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada, (36) Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus? (37) Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. (38) Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele. (39) Procuravam, pois, prendê-lo outra vez, mas ele escapou-se de suas mãos, (40) E retirou-se outra vez para além do Jordão, para o lugar onde João tinha primeiramente batizado; e ali ficou. (41) E muitos iam ter com ele, e diziam: Na verdade João não fez sinal algum, mas tudo quanto João disse deste era verdade. (42) E muitos ali creram nele.

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