Certo amigo me falou a respeito de alguém que o deixava maluco da vida. O nome desta pessoa era Bob. Meu amigo vivia reclamando consigo mesmo sobre o Bob, e Deus estava ouvindo.
Naquela mesma noite as coisas mudaram porque Deus falou com meu amigo tão claro como nunca. Deus disse: “Sabe o Bob, aquele fulano meio devagar, que nem sempre entende bem as coisas? Aquele que você evita a todo custo? Pois fique sabendo que comparado a mim, você não é o cara mais esperto do mundo, e, na maioria das vezes, você também não entende direito as coisas. Assim, da próxima vez que o Bob começar a lhe dar nos nervos, lembre-se de que você é o meu Bob”.
Meu Bob era uma senhora a quem eu dava carona para a igreja. Quando eu tinha algo urgente a fazer, eu tentava sair de casa sem que ela me visse. Mas ela sempre me via e gritava: “Oi, pastor, bom dia!”
Quando eu cumprimentava os visitantes depois dos cultos, a mulher vinha me dar um abraço. Eu a abraçava em retorno, e fazia-o com boa vontade. Eu sabia que ela era o meu Bob, e sabia também que para sua mentalidade simples eu representava Deus. Em sua voz firme e calma Deus me dizia: “Muito bem, Charles. Você demonstrou amor por alguém que precisava desesperadamente do meu amor. Quando você precisar desesperadamente ser amado, agirei com você do mesmo modo que você agiu com esta pessoa”. E quando entrei em desespero, Deus estava ao meu lado.
Não pastoreio mais aquela igreja, e quando recordo de minha época ali, aquela senhora é uma das pessoas de quem tenho saudades. Por quê? Porque sei que ela precisava realmente de mim. Orei para que Deus mandasse outro Charles para ela — e outro Bob para mim, e que me desse esperteza para reconhecê-lo logo de cara.
(J. A. Gillmartin)
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