6º DISTINTIVO –
ANTROPOLOGIA E HAMARTIOLOGIA
A NATUREZA E A QUEDA
DO HOMEM
Conceito Teológico
O homem foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança, em
perfeição e santidade (Gn 1:26-27; 9:5-6; Tg 3:9). Ele, porém, voluntariamente
transgrediu a proibição divina e perdeu o estado de santidade que o Criador lhe
dera (Gn 2;16-17; 3:1-7). Desta forma, o ser humano se corrompeu em todas as
suas faculdades: vontade, inteligência e emoções. Ainda em conseqüência desta
desobediência, todos nascem pecadores, com uma natureza pecaminosa, e praticam
pecados em pensamento, palavra e ação (Rm 3:10-18; 23; 5:12-21). Por isso,
acham-se sob condenação e ruína eternas, estão mortos espiritualmente (isto é,
separados de Deus), sem nenhuma desculpa ou defesa e, por si só, são totalmente
incapazes de remediar sua condição perdida (Mt 5:20-48; Rm 1:18; Ef 2:1-3).
História
A primeira grande controvérsia quanto às doutrinas do homem e
do pecado foi entre Pelágio (354/360-418/420) e Agostinho (354-430). Pelágio
ensinava que o pecado de Adão afetou apenas a Adão e que todos os homens nascem
neutros (como Adão) com capacidade de escolher ou o bem ou o mal. O pecado
existe no mundo como resultado da educação errada ou mau exemplo. Agostinho,
por outro lado, ensinou que o homem foi criado à imagem de Deus, em perfeição
natural, mas que, em Adão, livremente desobedeceu a Deus e caiu no pecado. Este
pecado de Adão foi denominado pecado original. Ao pecar, o homem se corrompeu
de tal forma, que não era mais capaz de deixar de pecar. Esta natureza
pecaminosa foi passada a toda a raça humana. O Pelagianismo foi condenado como
heresia nos Sínodos de Cartago e Mileve em 416. A Igreja Católica adotou uma
posição medianeira chamada semipelagianismo, que ensinava que a vontade do
homem foi enfraquecida, mas não fatalmente ferida na queda. Os três principais
reformadores, Lutero, Zuínglio e Calvino, aderiram basicamente aos ensinamentos
de Agostinho sobre a questão. Jacó Armínio (1560-1609) teve grande influência
sobre muitos cristãos não-católicos. Ele negava a doutrina do pecado original e
ensinava que somente a poluição do pecado de Adão foi passada aos descendentes
dele. Esta poluição seria apenas uma fraqueza, não trazendo consigo a condenação. Ela apenas tornaria o homem incapaz de
conseguir a vida eterna por conta própria. Batistas de modo geral e Batistas
Regulares, especificamente, rejeitaram o ensinamento de Armínio nesta questão e
aderiram ao ensinamento mais forte dos reformadores e Agostinho.
Divergências Denominacionais e/ou Herética
·
Rejeitamos qualquer filosofia humana, tal como a
teoria da evolução ou o naturalismo, que negue que o homem tenha sido criado
por Deus e que afirme que o homem seja apenas um animal superdesenvolvido ou
produto do acaso.
·
Há uma filosofia moderna que ensina que o ser
humano nasce neutro quanto ao bem ou o mal, e sua escolha é determinada por
forças além do seu controle. Esta filosofia está por trás de muitas teorias
políticas e psicológicas modernas.
·
O arminianismo radical ensina que o homem não é
depravado, e sim apenas doente moralmente.
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