1º DISTINTIVO – BIBLIOLOGIA
A AUTORIDADE E INFALIBILIDADE DA PALAVRA DE DEUS
Conceito
Teológico
A Bíblia, nos seus 66
livros, é a Palavra de Deus revelada em linguagem humana, escrita por homens
santos de Deus e inspirada pelo Espírito Santo (II Tm 3:15-17; II Pe 1:20-21)
de tal forma que cada palavra de toda a Bíblia, nos manuscritos originais, é a
Palavra de Deus (Mt 5:18). Todo o seu conteúdo é a verdade, sendo completamente
isento de erros (Jo 10:35; 17:17). A Bíblia é a única autoridade do crente em
matéria de fé e prática, padrão de avaliação da doutrina e conduta humanas (Hb
4:12), cujo propósito é comunicar a natureza e vontade de Deus ao ser humano
(Rm 10:17; II Tm 3:15-17). Ela deve ser interpretada de forma literal, ou seja,
entendida no seu sentido normal. Ela também é suficiente, sendo relevante para
o cristão moderno e contendo tudo o que ele necessita para a vida e piedade.
História
O cânon (lista de livros
incluídos) do Velho Testamento foi estabelecido até os dias de Jesus e
considerado autoritativo por Ele (Mt 23:35-36; Jo 10:35) O cânon do Novo
Testamento foi estabelecido nos primeiros séculos depois de Cristo. Orígenes
(185-253) popularizou o método alegórico (não literal) de interpretação
bíblica. Durante a Idade Média, a Igreja Católica concedeu aos pais e à
tradição da igreja autoridade igual à da Bíblia. Houve oposição a isso, o que
culminou com a Reforma Protestante (a partir de 1517). Os protestantes fizeram
das Escrituras a autoridade final para a fé e prática e retornaram ao método
literal de interpretação bíblica. A Igreja Católica acrescentou sete livros
apócrifos ao cânon das Escrituras no Concílio de Trento em 1546. No final do
século XIX surgiu o liberalismo teológico, que rejeitou várias doutrinas
fundamentais do cristianismo, inclusive as doutrinas da inspiração e da
inerrância bíblica.
Divergências
Denominacionais e/ou Herética
·
A Igreja Católica não somente acrescentou os
livros apócrifos ao cânon da Bíblia, mas também aceita a tradição humana e o
Papa como autoridades iguais à Bíblia.
·
As teologias liberal e neo-ortodoxa rejeitam a
inspiração e inerrância das Escrituras.
·
O neo-evangelicalismo admite erros na Bíblia,
especialmente nas áreas de ciência e história.
·
Seitas como Adventistas do Sétimo Dia,
Testemunhas de Jeová, Mórmons e Espíritas reverenciam outros escritos além da
Bíblia, aos quais cedem autoridade igual ou superior às Escrituras.
·
Rejeitamos qualquer tentativa de se
contextualizar as Escrituras em que elas sejam subordinadas aos costumes ou
crenças de alguma cultura.
·
Rejeitamos qualquer tentativa de se estabelecer
uma versão das Escrituras como sendo a única aceita pela Igreja.
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