Para podermos falar da
conversão de Constantino e o que ocorreu após ela, devemos primeiramente
conhecer um pouco a história de como foi que Constantino chegou ao Império e
foi consultando algumas fontes que descobri que Constantino nasceu em Naissus,
na Mésia entre 280 e 288 d.C, tendo como pais Constâncio I Cloro e Helena.
Quando ainda jovem passou sua juventude na corte de Diocleciano e em 305
juntou-se ao seu pai que foi nomeado César do Ocidente, participando assim das
campanhas da Bretanha. Após a morte de seu pai, Constantino foi aclamado
Imperador. Agora entrando propriamente na história de sua conversão, antes da
batalha da Ponte Mílvio, Constantino esteve se preparando para assumir o poder
sobre um território cada vez mais vasto. Mesmo não sendo um governante ideal,
pois o mesmo amava excessivamente o luxo e a pompa a ponto de construir um
palácio enorme para si, ele tinha um meio de lidar com os seus súditos o qual
fazia com que eles tivessem lealdade e simpatia por ele, mesmo elevando os
impostos. A vitória de Constantino na Ponte Mílvio, fez dele o único dono da
metade Ocidental do Império. Em Milão Constantino teve um encontro com Licínio,
seu cunhado, onde o mesmo revigorou uma aliança entre ambos, obrigando assim
Licínio a dirigir seus esforços contra o rival comum aos dois, Maximino Daza
que foi derrotado, fugindo no meio dos seus soldados e morrendo pouco tempo
depois. Com a vitória Licínio resolveu consolidar seu poder mandando matar os
membros das antigas famílias imperiais, que poderiam ter liderado uma rebelião.
Constantino descobrindo uma conspiração contra ele da parte de um parente de
Licínio, pediu para que o mesmo o entregasse e como esse pedido foi negado, foi
declarado uma guerra entre os dois no qual Licínio foi derrotado. E mais tarde
com a morte de Licínio, Constantino passou a ser o único dono do império
provavelmente no ano 324, onde reinaria até sua morte em 337. Após todos esses
acontecimentos Constantino imitando a lenda da fundação de Roma, por Rômulo e
Remo, ele saiu para o campo e traçou com a ponta de sua lança o traçado de uma
nova muralha. A construção da nova Roma “Constantinopla” começou imediatamente,
como o material e a mão de obra eram escassos, e como Constantino tinha pressa,
foram trazidos de outras cidades as estátuas, colunas e outros objetos
semelhantes. Quando Constantino se converteu, ele pela sua posição não foi
submetido a um longo processo de disciplina e ensino. Muitos estudiosos ainda
se divergem sobre a conversão de Constantino, pois alguns acham que sua
conversão não foi verdadeira e sim uma estratégia política, por não ter se submetido
a esse tempo que era feito com os que se convertiam naquela época, para saber
se realmente aquela pessoa teria se convertido e estava vivendo sua nova fé e
assim essa pessoa era batizada. Mas outros estudiosos dizem que Constantino
cria realmente no poder de Jesus Cristo, mas como podemos ver no decorrer da
história, ele interpretava sua fé em Jesus de uma maneira que não o impedia de
adorar a outros deuses. Em 324 Constantino colocou um edito imperial que todos
os soldados adorassem o Deus Supremo no primeiro dia da semana e no ano 325
reuniu-se em Nicéia a grande assembléia de bispo conhecida como “Primeiro
Concílio Ecumênico”. Com a conversão de Constantino cessaram as perseguições, o
culto antes de sua conversão era simples e depois começou a sentir influência
do império, pois os cristãos tinham se acostumado desde o século II a
comemorarem o aniversário da morte de um mártir celebrando a ceia no lugar onde
ele estava enterrado, passando assim a serem feitos em igrejas construídas em
muitos desses lugares. Houve outras mudanças significativas no cristianismo,
como por exemplo, a proibição do adultério e do concubinato e interdição dos
combates dos gladiadores. Constantino costumava também exortar os súditos a que
se convertessem, apesar que ele mesmo só recebeu o batismo pouco antes de
morrer, pois ele acreditava que o batismo servia para limpar os pecados das
pessoas. Tudo isso que vimos acima nos serve de exemplo de como a conversão de
Constantino trouxe um impacto grande ao Cristianismo até os dias de hoje.
Rosemeire Maria da Silva Gouveia
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