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15 novembro 2012

Deus ou Baal?


Numa noite de doença e solidão, o C.S. Lewis ouviu palavras que ninguém, muito menos uma criança de oito anos de idade, quer ouvir:

—A mamãe está com câncer.

Houve uma cirurgia, uma aparente convalescença, a volta da doença, palavras sussurradas, médicos, remédios — mas tudo por nada. A sua mãe tinha câncer irreversível.

Quando a doença estava em fase terminal, o Lewis se pôs a orar. Ele aprendera que as orações feitas com fé seriam atendidas, então decidiu crer pela força da vontade que Deus faria um milagre. E conseguiu. Só que não adiantou. Sua mãe morreu mesmo assim.

É fácil imaginar que tamanha decepção destruiria sua fé em Deus. Mas não. E Lewis explica por que não:

A crença à qual eu mesmo me havia induzido era irreligiosa demais para que seu fracasso provocasse qualquer revolução religiosa. Eu havia abordado a Deus, ou minha idéia de Deus, sem amor, sem espanto, até sem temor. Ele deveria, na imagem mental que eu fazia desse milagre, aparecer não como Salvador ou Juiz, mas meramente como mágico; e quando já tivesse feito o que dele se exigia, eu supunha que ele iria simplesmente... ora, ir embora.

Esse parágrafo me acertou como um balde de água congelada. Quantas e quantas vezes tratamos Deus como se fosse um mágico e a oração como se fosse uma magia! Ora-mos com muito vigor, mas sem temor, amor, ou espanto. Porém, ao contrário do Lewis, não temos a clareza mental para perceber que somos irreligiosos.

Não é de se admirar que Deus permanece distante e mudo. É fato que Deus está per-to. É nele que “vivemos e nos movemos e existimos.” Ele é “um socorro bem presente nas tribulações”. Mas, se O tratarmos como Baal, que não esperemos Ele responder como Iavé.

O que fazer? Precisamos amá-lo. Mas, para amá-lo precisamos conhecê-lo. E para conhecê-lo teremos que ficar horas, ou até dias O contemplando. Só, que ao contemplarmos Ele como realmente é, cairemos aos Seus pés tomados de temor e espanto. 

Por Mark A. Swedberg

Publicado no site da Editora Batista Regular - http://www.editorabatistaregular.com.br/pracateologiadet.asp?codigo=4

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