Mas vejamos agora, qual é a
verdadeira origem da Páscoa?
Não tem nada a ver com ovos nem coelhos. Sua origem
remonta os tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel
da terra do Egito. A Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do
Êxodo. Faraó, o rei do Egito, não queria deixar o povo de Israel sair, então
muitas pragas vieram sobre ele e seu povo. A décima praga, porém, foi fatal: a morte
dos primogênitos - o filho mais velho seria morto. Segundo as instruções
Divinas, cada família hebreia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um
cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa. Este era o
sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse esta casa com a décima
praga. A carne do cordeiro deveria ser comida juntamente com pão não fermentado
juntamente com ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo
a narrativa Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive do
Faraó foram mortos. Então Faraó, permitiu que o povo de Israel fosse embora,
com medo de que todos os egípcios fossem mortos.
Em comemoração a este livramento extraordinário, cada
família hebreia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica
que significa "passagem" "passar por cima". Esta festa
deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a
libertação da escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro apontava para o
sacrifício de Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
A chamada páscoa cristã foi estabelecida no Concílio
de Nicéia, no ano de 325 de nossa era. Ao adotar a Páscoa como uma de suas
festas, a Igreja Católica, inspirou-se primeiramente em motivos judaicos: a
passagem pelo mar Vermelho; a viagem pelo deserto rumo a terra prometida,
retirando a peregrinação ao Céu, o maná que exemplifica a Eucaristia, e muitos
outros ritos, que aos poucos vão desaparecendo.
A maior parte das igrejas evangélicas, porém, comemora
a morte e a ressurreição de Cristo através da Cerimônia da Santa Ceia. Na
antiga Páscoa judaica, as famílias removiam de suas casas, todo o fermento e
todo o pecado, antes da festa dos pães asmos. Da mesma forma, devem os cristãos
confessar os seus pecados e deles arrepender-se, tirando o orgulho, a vaidade,
inveja, rivalidades, ressentimentos, com a cerimônia do lava-pés, assim como
Jesus fez com os discípulos. Jesus instituiu uma cerimônia memorial, a ceia, em
substituição à comemoração festiva da páscoa. I Coríntios 11:24 a 26 relata o
seguinte:
Jesus tomou o pão, "e tendo dado graças o partiu
e disse: Isto é o meu corpo que á dado por vós; fazei isto em memória de mim.
Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é a nova aliança no Meu sangue, fazei isto todas as vezes que o
beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes o cálice, anunciais a morte do senhor, até que ele venha."
Vários símbolos nesta ceia merecem nossa atenção. O
ato de partir o pão indicava os sofrimentos pelos quais Cristo havia de passar
em nosso favor. Alguns pensam que a expressão "isso é o meu corpo"
signifique o pão e o vinho se transformassem realmente no corpo e no sangue de
Cristo. Lembremo-nos, portanto, que muitas vezes Cristo se referiu a si próprio
dizendo "Eu Sou a porta" (João 10:7), "Eu sou o caminho"
(João 14:6) e outros exemplos mais que a Bíblia apresenta. Isto esclarece que o
pão e o vinho não fermentado, são símbolos e representam o sacrifício de
Cristo. Ao cristão participar da cerimônia da ceia, ele está proclamando ao
mundo sua fé no sacrifício expiatório de Cristo e em sua segunda vinda. Jesus
declarou: "Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei
de beber convosco no reino de Meu Pai." ( Mateus 26:29)
Portanto, a cerimônia da Santa-Ceia, que Jesus
instituiu, que veio a substituir a cerimônia da Páscoa, traz muitos
significados:
1 - O Lava-Pés, significa a humilhação de
Cristo. Mostra a necessidade de purificar a nossa vida. Não é a purificação dos
pés, mas de todo o ser, todo o nosso coração. Reconciliação com Deus, com o
nosso próximo e conosco mesmo - união - não somos mais do que ninguém. O maior
é aquele que serve...
2 - A Ceia significa a libertação do Pecado
através do sacrifício de Cristo. Significa também estar em comunhão com ele. E
sobre tudo, é um antegozo dos salvos, pois Jesus disse: "Não beberei deste
fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino do meu
Pai. (Mateus 26:29)
Conclusão:
Advertindo a cada cristão, que tome cuidado com os
costumes pagãos que tentam sempre driblar os princípios bíblicos. Não é de
hoje, que se nota como os princípios bíblicos são alterados por costumes e
filosofias humanas. Adoração a ídolos, o coelho e o chocolate, são apenas
alguns exemplos das astúcias do inimigo. A Bíblia, e a Bíblia somente, deve ser
única regra de nossa fé, para nos orientar, esclarecer e mostrar qual o caminho
certo que nos leva a Deus e que nos apresenta os fundamentos de nossa esperança
maior que é viver com Cristo e os remidos, num novo céu e numa nova terra.
Devemos tomar cuidado com as crendices, tradições, fábulas, e mudanças humanas
disfarçadas. Minha sugestão é examinar com oração, cuidado e com tempo as
Sagradas Escrituras, para saber o que hoje é crendice ou tradição, estando
atento, para saber o que realmente Deus espera de cada um de nós.
Jesus foi claro "Fazei isto em memória de
mim." Ele exemplificou tudo o que deve ser feito. E se queremos ser
salvos, precisamos seguir o que Jesus ensina e não outras tradições ou ensinamentos.
Mateus 15:9 adverte: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são
preceitos dos homens."
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