Vivemos na era dos instantâneos. Há café instantâneo, chá instantâneo, sopa instantânea, abridores elétricos que abrem latas num piscar de olhos etc. Pessoas que vivem num ambiente desenvolvido e próspero, se não totalmente rico, querem que as coisas aconteçam rapidamente. Gostamos de ver casas e escritórios serem erguidos o mais depressa possível. Ficamos “soltando fumaça” com a lentidão em que as rodovias são construídas. Nas lojas, queremos a mercadoria neste instante. Se precisarmos encomendar algum produto, a primeira pergunta que fazemos é: “Quanto tempo vai demorar?”
Pastores, e membros também, desejam igrejas instantâneas. Queremos ver a igreja crescendo rapidamente, por causa de nosso cuidado com as almas perdidas. Para muitos de nós, os números representam almas salvas dos pecados e potencialmente seguras na eternidade. Alegramo-nos em constatar que as ofertas aumentam a olhos vistos pois, pelo menos para um bom número de pessoas, isto é um barômetro de crescimento espiritual. O pressuposto implícito é que se as contribuições aumentam rapidamente a espiritualidade também está se aprofundando. A teoria baseada em números é, quase sempre, fácil de ser demonstrada no papel e impossível de ser provada na realidade. Isto é especialmente verdade no reino espiritual.
Muitas pessoas ao se tornarem crentes esperam se transformar imediatamente em santos maduros, completos e perfeitos. E muitas vezes é isto que os outros também esperam que aconteça. Muitas vezes, a expectativa é que todas as tentações, fraquezas e pecados sejam vencidos milagrosamente, e que nos tornemos santos instantaneamente — em todos os sentidos da palavra. Quando isto não acontece, algumas pessoas ficam desesperadas e abandonam tudo, voltando à vida de pecados.
A Bíblia declara que o cristianismo, ou seja, o viver cristão, é um processo de crescimento. Em Efésios 4.15 Paulo ensina que a verdade deve ser falada em amor e que ... “cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Em 1 Pedro 2.2, o apóstolo diz: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificados, para que por ele vades crescendo”. Lemos em 2 Pedro 3.18: “ Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. O crescimento não é um processo instantâneo. Não se faz cristãos instantâneos como se faz sopa instantânea. O crescimento é um processo constante de desenvolvimento, e que leva tempo! Os recém convertidos não devem ficar desencorajados porque não são tão amadurecidos quanto os cristãos mais antigos. O princípio que deve ser lembrado por todos nós é: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecidos” (Gálatas 6.9).Lembre-se de que em assunto de maturidade, tanto para igreja como para indivíduos, não há “santidade repentina”.
(D. Gene West em Pulpit Helps)
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