Era um domingo pela
manhã em 1904. O rev. Walter Stillman Martin, pregador apreciado, freqüentemente
convidado para séries de conferências e pregações pelas igrejas, teve um
convite na cidade de Lestershire, Estado de Nova Iorque. A sua esposa Civilla,
enferma e semi-inválida, e seu filho, ainda menino, estavam com ele na cidade.
De repente, piorou consideravelmente o estado de saúde de sua esposa. Que
fazer? Seria prudente deixá-la sozinha somente com o menino? O pr. Martin
pensou em comunicar à igreja que seria imperativo cancelar o compromisso.
Quando estava pronto para fazer a ligação, ouviu a voz do filho: “Pai, se é a
vontade de Deus que você vá pregar hoje na igreja, Ele não poderá tomar conta
da mamãe enquanto você estiver ausente?”
O pr. Martin não fez a
ligação. Aquela voz do seu filho afastou, de repente, todo o seu temor. Sim,
Deus seria capaz de cuidar dela! A voz da sua esposa ajuntou-se à do menino:
“Deus cuidará de mim.” O pr. Martin deixou a mulher e o filho aos cuidados de
Deus e foi pregar. Houve muitas conversões! Sentia a mão de Deus abençoando-o
poderosamente naquele dia.
Chegando ao lar, qual a
sua felicidade! O seu filho trazia na mão um envelope com uma poesia escrita no
dorso com o título “Deus Cuidará de Ti”. “A pergunta que nosso filho fez e a
simplicidade de sua fé me inspirou essas estrofes”, explicou Civilla. O seu
marido também compartilhou as bênçãos que havia recebido. O pr. Martin,
apanhando o poema sentou-se ao órgão. Dentro em pouco estava composta a
melodia. Este hino maravilhoso sobreviveu ao casal, e até hoje nos conforta em
cada angústia e cada tribulação.
Salomão Luiz Ginsburg
traduziu este hino em 1905, dedicando a tradução a Francis M. Edwards,
missionário batista no Brasil de 1907 a 1924. Certamente com esta tradução
Ginsburg procurava encorajar e fortificar a fé de Edwards, que passava por dias
difíceis. Por alguma razão, ele publicou sua versão somente em 24 de outubro de
1912, em O Jornal Batista, na página 6.
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