5º DISTINTIVO – PENEUMATOLOGIA
OS DONS CARISMÁTICOS
Conceito
Teológico
O Espírito
Santo concede dons aos crentes para a edificação da igreja (Rm 12:3-8; I Co 12
e 14), mas os dons revelacionais, comumente chamados de carismáticos, foram
limitados ao tempo apostólico. Entre estes estão o dom de falar em outras
línguas, o dom de profecia, o dom de operar milagres e o dom de curas. Estes
dons serviram tanto para revelar a vontade de Deus para a Igreja enquanto o
Novo Testamento estava sendo escrito, quanto para autenticar os verdadeiros
mensageiros de Deus (Jo 5:30-37; At 2:22; 3:12-16; Hb 2:3-4). Quando o cânon do
Novo Testamento foi completado, o propósito dos dons caducou e eles cessaram (I
Co 13:8-13; Ef 2:19-20; 4:11).
História
O movimento
pentecostal/carismático moderno veio em três ondas distintas. A primeira onde,
chamada Pentecostalismo Clássico, começou no início do século 20 com o
ensinamento de Charles Parham e o Reavivamento da Rua Azusa em Los Angeles.
Este movimento ensina que o batismo do Espírito Santo é uma segunda bênção,
posterior à salvação, e evidenciado pelo falar em línguas. Os batistas
fundamentalistas rejeitaram esta posição por entenderem que todo salvo é
batizado no Espírito Santo no momento da sua conversão (I Co 12:8-13). E que o
falar em línguas foi um dom limitado à época apostólica, não uma evidência do
batismo no Espírito Santo. O batismo no Espírito Santo é sinônimo de salvação
(Mt 3:11-12). Se considerado algo a ser buscado por esforço próprio, conforme o
ensino pentecostal, perde o caráter de “dom” (isto é, “dádiva”) e salvação
passa a ser pelas obras. Como o ensinamento deles foi rejeitado pelas suas
denominações, eles saíram e formaram novas denominações. A segunda onda,
denominada movimento carismático ou neo-pentecostalismo, surgiu do meado ao fim
da década de 1950 quando os clérigos e leigos de uma variedade de igrejas
evangélicas passaram a “falar em línguas”. Estes em vez de sair das suas
denominações, ficaram e usaram suas experiências como um meio de renovação. Em
1967 este movimento entrou também na Igreja Católica. A terceira onda começou
no início da década de 1980, com o ministério de John Wimber, na Vineyard
Christian Fellowship (Comunhão Cristã da Vinha). Este movimento não enfatiza
tanto o dom de línguas, mas os de cura e profecia. Seus defensores ensinam que
é necessário pregar a Palavra com poder, isto é, acompanhada de sinais e
maravilhas. Os Batistas Regulares rejeitam este ensinamento por entenderem que
o próprio evangelho é o poder para salvar almas (Rm 1:16-17; I Co 1:18-24).
Divergências
Denominacionais e/ou Herética
·
As
Igrejas Assembléia de Deus, evangelho Quadrangular e Pentecostal Unida, entre
outras, crêem que o dom de falar em línguas é a evidência do batismo do Espírito
Santo, que o crente recebe num momento posterior à sua salvação.
·
Inúmeras
novas igrejas têm surgido, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja
da Graça, que aderem a doutrinas e práticas neo-pentecostais ou da Terceira
Onda.
·
A
Renovação Carismática tem introduzido o movimento de sinais e maravilhas em
muitas igrejas batistas e outras denominações históricas.
·
A
Renovação Católica une as práticas neo-pentecostais às doutrinas da Igreja
Católica Romana.
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