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25 agosto 2012

FIDELIDADE


INTRODUÇÃO
A fidelidade é sem dúvida, o fundamento de uma vida cristã equilibrada. Podemos traduzir essa palavra, no grego “Pistis”, como Lealdade a ponto de morrer-se por alguém ou alguma coisa.
Deus é a fonte de inspiração para a fidelidade, por isso, ele mandou seu Filho Jesus, a morrer na cruz para nos salvar. O próprio Jesus demonstra sua fidelidade em cumprir o seu propósito entregando-se a si mesmo por nós.  Diante de tudo isso iremos observar nesse trabalho a absoluta necessidade da fidelidade de Deus em nossas vidas e a nossa fidelidade para com Ele.

1. Fidelidade
Para começar consideremos por um momento a absoluta necessidade da fidelidade de Deus. A salvação depende de sua fidelidade (I Coríntios 1:8-9); igualmente o livramento da tentação (I Coríntios 10:13); a santificação (I Tessalonicenses 5:23); o perdão de nossos pecados (I João 1:9); o livramento em tempos de sofrimento (I Pedro 4:19); e a realização de nossa esperança de vida eterna (Hebreus 10:23). Podemos ver com facilidade que todos os aspectos da vida cristã repousam sobre a fidelidade de Deus, e temos a garantia de que “O Senhor é fiel em todas as Suas palavras”. (Salmos 145:13).
A fidelidade de Deus aparece em preceito ou exemplo em quase todas as páginas da Bíblia e é possível descrever os atos divinos sem, de alguma maneira, tocar na Sua fidelidade.
Em nosso esforço por temos um caráter semelhante ao de Deus, devemos estar seguros de que a graça da fidelidade ocupe posição elevada em nossa vida. Esta não é uma virtude natural, conforme o indica o lamento de Salomão que diz:  “Muitos proclamam sua própria benignidade, mas o homem fidedigno quem o achará”? (Provérbios 20:6).
Muitos professam fidelidade, mas poucos a demonstram. A virtude da fidelidade é, com freqüência, muito cara, e poucos estão dispostos a pagar o preço. Mas para a pessoa piedosa, a fidelidade é uma qualidade de caráter absolutamente essencial, não importa quanto custe.
Mais, precisamos para tudo isso saber o que é fidelidade, como a praticamos, e quando a exibimos em nossa vida?
A palavra fiel tem, igualmente, a conotação de absoluta honestidade ou integridade. Pessoa fiel é aquela de quem se pode depender, que é digna de confiança, leal, responsável em todos os seus relacionamentos, absolutamente honesta e ética em todos os seus negócios. Podemos observar a vida de Daniel, vemos que seus adversários procuravam ocasião para acusá-lo a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa (Daniel 6:4).
Podemos observar abaixo algumas características de uma pessoa fiel:
1.1 Honestidade absoluta
Uma característica distintiva da pessoa fiel é a honestidade absoluta naquilo que diz e nos assuntos pessoais, pois as escrituras dizem:
“Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que obram fielmente são o seu prazer”, e “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer” (Provérbios 12:22 e 11:1).
O Senhor abomina a mentira e detesta as transações comerciais desonestas. Não só se nos ordena não mentir, como também não enganar de nenhuma forma (Levítico 19:11).Mentimos ou enganamos quando fingimos ser algo que não somos; quando, como estudantes, colamos num exame, ou como contribuintes, deixamos de declarar toda a nossa renda. O problema da honestidade permeia todas as áreas de nossa vida.
1.2 Confiabilidade total.
Daniel não tinha erro nem culpa: ele era confiável e responsável. Era uma pessoa com quem se podia contar. Poucas coisas são vexatórias do que confiar em uma pessoa irresponsável. Salomão observou: “Como vinagre para os dentes e fumo para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam” (Provérbios 10:26).
Embora o termo preguiçoso se refira a uma pessoa de hábito negligente, é a infidelidade que a faz mais intensa. Se examinarmos um pouco mais a fundo, veremos que a “infidelidade” está muito próxima da “desobediência”, porque o homem  que desobedece a Deus soltou-se do único apoio firme que ele pode ter, e sua direção na vida será controlada pelos ventos inconstantes das circunstâncias e de seu desejo caprichoso. O homem que não é controlado por Deus não tem motivo para cumprir a palavra ou desincumbir-se das obrigações. Para a pessoa que pratica a piedade, a responsabilidade é, pois, um dever não só para com o próximo, mas, o que é mais importante, para com Deus. A confiabilidade não é apenas uma obrigação social, é também, espiritual. Deus está mesmo mais interessado em nossa fidelidade do que a pessoa que está dependendo de nós em alguma situação especial. Ele quer que sejamos responsáveis mesmo que isso nos custe. È isto que distingue a fidelidade piedosa da responsabilidade comum da sociedade secular.
1.3 Lealdade a toda prova
A pessoa fiel não é só honesta e responsável, mas também leal. Na maioria das vezes a questão da lealdade surge em conexão com nossos amigos. A palavra chegou a ter uma conotação de estar ao lado de alguém através de todas as dificuldades, como Salomão nos fala nas suas palavras: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Provérbios 17:17).
Se a lealdade de uma pessoa não garante sua fidelidade a outrem em épocas de tensão, então na realidade ela não é amigo. Está apenas usando o outro para satisfazer a algum de seus interesses sociais.
Jônatas, filho do rei Saul, nos proporciona o melhor exemplo de lealdade registrado na Bíblia, com sua leal amizade com Davi. Quer se trate de honestidade, responsabilidade ou lealdade, com freqüência a fidelidade é uma virtude de alto custo. Só o Espírito Santo pode levar-nos a pagar o preço. Há, contudo, um tipo de lealdade que devemos evitar, é a lealdade cega. Este tipo recusa-se a admitir os erros e falhas do amigo, o que é, na realidade, um erro. Só o amigo verdadeiramente fiel se preocupa o suficiente conosco para empreender a ingrata tarefa de mostrar onde erramos. Ninguém gosta de ser confrontado com suas faltas, pecados ou erros, por isso com freqüência dificultamos a nossos amigos faze-lo. Como resultado, a maioria de nós prefere conversar sobre coisas agradáveis a falar a verdade. Isto não é lealdade. A lealdade fala verazmente com fidelidade, mas também com amor.
Conclusão
O primeiro passo para o crescimento na fidelidade é reconhecer o padrão bíblico. Como vimos à fidelidade implica absoluta honestidade, total responsabilidade, e inabalável lealdade. Ela deve ser como a de Daniel: sem erro nem culpa. È preciso que nós desenvolvamos convicções consistentes com este padrão, baseadas na Palavra de Deus e planejemos memorizar um ou mais versículos sobre esse tema, fidelidade. O segundo passo é avaliar nossa vida com o auxílio do Espírito Santo. Lembremo-nos que não podemos tornarmos uma pessoa fiel meramente tentando sê-lo. Mas Também é verdade que nós não nos tornaremos pessoas fiéis sem tentarmos. A fidelidade é algo que devemos fazer, muito embora seja, ao mesmo tempo, fruto do Espírito. Por isso finalizo esse trabalho com o desafio de buscar crescer na graça da fidelidade para com Deus e com o próximo e assim poder ouvir do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel”.

Referências Bibliográficas
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 1985.
BRIDES, Jerry. Exercita-te na Piedade. São Paulo, Vida, 1984.
TENORIO, Sebastião. Apostila EBD “O Fruto do Espírito”.
ROSEMEIRE MARIA DA SILVA GOUVEIA

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