Cap 1 – As descobertas de Qumran
No deserto da
Judéia, no litoral do Mar Morto, Um dos jovens a tribo semibeduína dos Taamireh
de apenas quinze anos de idade, chamado Muhammad edh-Bhib, dava pastagem ao
rebanho de seu pai. Viu uma caverna, jogando uma pedra pode perceber um som de
um jarro quebrando, ao entrar encontra vários jarros com manuscritos, o de
Isaias era feito de tiras de couro, costurado de ponta a ponta, e medindo,
desenrolado, 7,34m de comprimento por aproximadamente 0,26m de largura. O
manuscrito de Lameque é o que estava em pior estado de conservação. Em certos
lugares o couro se enrijeceu, tornando-se quebradiço e inflexível. Mede 2,53m
de comprimento, isso na Gruta 1. A 1500 metros da Gruta 1, em direção ao sul,
localiza-se Khirbet Qumram. Foi descoberto que ali tinha sido uma pequena
fortaleza romana. O mosteiro é um complexo de construções que se estende num
quadrilátero de 80m. ele é todo cercado de muros e protegido por uma torre.
Acharam salas, que eram lidos os rolos, refeitório com pratos e copos. Casa que
abrigava uma oficina com ferramentas, um quintal e um banheiro. Ao sul da Gruta
1 foi descoberto a Gruta 2 onde foi encontrado partes de dezessete manuscritos
bíblicos e uma porção maior de partes de manuscritos não-bíblico. Na Gruta 3
foi descoberto vários fragmentos de pergaminhos, bem como documentos muito
particular: ele consiste de três folhas de cobre muito fino, cada uma medindo
0,30m por 0,80m. o que parece, as folhas de cobre estavam ligadas entre si,
formando um único rolo. A Gruta 4 localiza-se a mais de 3 km a sudoeste de
Khirbet Qumran, e está separada dessas ruínas por um profundo barranco que
talha ao norte para o socalco de Wadi Qumran. Nela continha milha milhares de
fragmentos, e neles foram identificados 382, e desses cerca de 100 são
bíblicos. Nessa gruta foram encontrados todos os livros do cânon, completos ou
em partes, com exceção de Ester. Foram encontrados 14 manuscritos de
Deuteronômio, 12 de Isaías e 10 de Salmos. 8 copias incompletas dos 12 profetas.
Na Gruta 5 ao norte da Gruta 4 foi descoberto apenas poucos fragmentos, quase
todos bem manchados devido à umidade. A Gruta 6 foram encontrado uma jarra, uma
tampa e um número elevado de fragmentos, 57 fragmentos de pele e 718 de papiro.
As Grutas 7, 8, 9 e 10 situam-se no socalco ao redor de Khirbet Qumran, as 3
primeiras ficam a leste das Gruta 4 e 5, a última a oeste. Essas grutas foram
quase inteiramente destruídas pela erosão e pelo desmoronamento das orlas do
terreno. Como resultado, seu conteúdo mostrou-se muito precário: alguns
fragmentos de louça e vestígios de artigos de vime e tecido, além de 126
fragmentos inscritos em pergaminho e papiro. A Gruta 11 foi localizada ao
norte, próximo da Gruta 3, uns 2 km do centro da comunidade. Seu conteúdo foram
encontrados 7 manuscritos bem conservados, especialmente o livro de Salmos. Os
manuscritos e fragmentos encontrados nas 11 grutas, sem duvida mostram que a
divina providência protegeu esses manuscritos por aproximadamente 1900 entre68
a.D. a 1945 ou 1947.
Cap 2 – A Comunidade de Qumran
Com uma acurada
investigação dos textos de Qumran e observação do que disseram escritores
antigos, há suficiente evidência de que a Comunidade de Qumran identifica-se
definitivamente com os essênios. Os essênios, como os fariseus, originaram-se
dos hasidim, que significa “piedosos”
ou “fieis”. Eles estavam entre os judeus que deram apoio a Judas Macabeu
conforme diz! Macabeus 2.42. A Comunidade de Qumran organizou-se com o
propósito de conseguir uma forma de perfeição e afastar-se das tentações,
vivendo em rigorosa simplicidade. Os essênios demonstraram ser uma comunidade
essencialmente apocalíptica, um Heilsgemeinschaft,
imitando a antiga estada no deserto dos tempos de Moisés, em antecipação ao
alvorecer do Reino de Deus. A Comunidade possuía dois órgãos administrativos. O
primeiro, órgão máximo para todas as decisões, chamado Conselho da Comunidade,
era composto de homens sábios, irrepreensíveis na conduta e destacados por suas
virtudes. O segundo, chamado de Colégio Supremo por E. Laperrousaz e A.
Dupont-Sommer. Para participar da vida comunitária, o candidato era
primeiramente examinado pelo inspetor (mebaqqer). Se o exame fosse
satisfatório, o candidato era aceito na aliança, para um período de
experiência, de duração indeterminada. Depois desse período o candidato
comparecia formalmente perante os Muitos, sendo aceito por eles, iniciava seu
noviciado de dois anos. No primeiro ano era considerado como membro da
comunidade, mas, não He era permitido tocar a purificação dos Muitos. No ano
final era novamente examinado pelos Muitos, a fim de se avaliar o seu
entendimento da Lei e sua conduta. A cerimônia de admissão era marcado por um
juramento solene prestado pelo noviço. Diversos textos pressupõe que existia um
grupo de pessoas que viviam como monges, sempre num estado de pureza cultural.
Os essênios levavam muito a sério o casamento, não admitiam a poligamia nem o
divórcio. Eles criam que eram o único Israel verdadeiro, observavam a Lei,
criam em dois espíritos que são elementos alternativos oferecidos ao homem pelo
próprio Deus. Criam na eleição divida, e destacava a soberania de Deus. Eles
seguiam um calendário lunar com 354 dias e acreditavam em Dois messias.
Cap 3 – Os Manuscritos de Qumran e o Novo Testamento
O maior argumento
para se afirmar que João Batista teve algum relacionamento com os essênios é o
conteúdo da sua pregação. Na comunidade de Qumran havia uma mensagem semelhante
a de João, uma mensagem de conversão tendo como meta a expectativa do fim dos
dias. Seus membros deviam se afastar da multidão de Israel, que estava dominada
pelo pecado. Mas havia diferenças nas pregações, João pregava um batismo de
arrependimento para remissão de pecados, os essênios se preocupavam com uma
vida de pureza interior, usava a prática de banhos ou imersões diárias. Com
relação a Jesus eles argumentavam que não passou em Nazaré todo o tempo de sua
vida antes de iniciar seu ministério público. Da idade de doze anos até aos
trinta, Jesus teria se submetido à vida de intensa iniciação na Comunidade de
Qumran, sujeitando-se a esse período de provas e ao ritual do batismo, antes de
iniciar o seu ministério na Galiléia. Os ensinamentos de Jesus muitas vezes
apresentam semelhanças com os textos de Qumran. Tais semelhanças variam
grandemente em importância; vão desde paralelos verbais insignificantes até
evidência de real afinidade espiritual. Onde há também contrates nos seus
ensinos: como o guarda do sábado, que Jesus deixou bem claro que o sábado foi
estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Já os
essênios eram escravos da guarda do sábado. Os escritos de João têm uma
linguagem teológica muito parecida com a linguagem dos textos da Comunidade de
Qumran. Mas quanto ao conteúdo da mensagem há grande diferença. Levanta-se uma
questão a respeito do apostolo Paulo, que quando estava em Damasco, teria se
encontrado com membros da Comunidade de Qumram. A dificuldade é saber quando os
essênios estiveram em Damasco, se é que algum tempo fixou residência naquele
lugar. Existe um profundo paralelismo entre os ensinos paulino e o essênios no
que tange à consciência da pecaminosidade do homem e ao reconhecimento de que a
libertação só depende de Deus e quanto a maneira de Deus justificar o homem
pecador, nota-se uma grande diferença entre a teologia paulina e a essênia.
Anderson Roque
excelente apanhado! PARABÉNS!
ResponderExcluir