12º DISTINTIVO –
ECLESIOLOGIA
AS ORDENANÇAS DO SENHOR
Conceito Teológico
Nosso Senhor Jesus, no final do Seu ministério terreno,
instituiu dois ritos (em vez de ritos – atos simbólicos – acréscimo meu) para a
igreja, denominados “ordenanças”: o batismo (Mt 28:18-20) e a ceia do Senhor
(Mt 26:26-30; Mc 14:22-26; Lc 22:14-20). Estas ordenanças são de grande
importância e têm um caráter simbólico. Elas não são necessárias para a
salvação do crente, nem transmitem graça a ele. O batismo representa a união do
crente com Cristo na Sua morte, sepultamento e ressurreição (Rm 6:1-4). Através
do batismo, o crente se identifica publicamente como cristão. Portanto, o
batismo só pode ser administrado a pessoas que professam a fé em Jesus como
Salvador (At 2:41; 8:36-38; 10:47-48). O batismo deve ser em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo (Mt 28:18-20), e por imersão uma vez em água (a
palavra ‘batizar” significa “imergir” ou “mergulhar”; veja Jo 3:23). A Ceia do
Senhor é uma ordenança memorial instituída por Jesus para ser observada
regularmente pela igreja com o propósito de lembrar Sua morte sacrificial por
nós (I Co 11:23-26). O pão e o cálice não são o corpo e o sangue de Jesus
(transubstanciação), nem contém a presença espiritual do corpo e sangue de
Jesus (consubstanciação), apenas representam o corpo e o sangue de Jesus. A
ceia do Senhor deve ser administrada pela igreja local, e somente os crentes
professos, batizados e em plena comunhão com a igreja devem participar, depois
de se examinar e confessar seus pecados (I Co 11:23-34).
História
As doutrinas do batismo e da ceia do Senhor evoluíram por
caminhos diferentes, mas até o final do período medieval da igreja (590-1517),
as duas ordenanças eram consideradas “sacramentos”. “Sacramento” é um rito
praticado como meio de obter graça. Na teologia católica, existem sete
sacramentos. O batismo é praticado por aspersão em nenês, com a finalidade de
remover o pecado original. A ceia do Senhor, denominada eucaristia, é um
sacrifício no qual o pão e o vinho seriam transformados no corpo e sangue de
Jesus (transubstanciação). Martinho Lutero (a partir de 1517) rejeitou os cinco
sacramentos e modificou os sacramentos de batismo e ceia do Senhor. Ele
continuou na prática de batizar nenês por aspersão, mas cria que a salvação
vinha por meio de fé no sacramento como meio de obter salvação. Ele também
rejeitou a doutrina da transubstanciação, mas afirmava que o pão e o cálice
continham a presença espiritual do corpo de Jesus (consubstanciação). O
reformador suíço Zuínglio (1484-1531) rejeitou a doutrina da consubstanciação e
ensinou que a ceia do Senhor é um memorial, mas continuou na prática de batizar
nenês por aspersão. Alguns discípulos de Zuínglio insistiram no ensinamento
bíblico de batizar apenas crentes professos. Estes foram obrigados a se separar
de Zuínglio e formaram um grupo apelidado de “anabatistas” por sua prática de
batizar pessoas “novamente”. Mais tarde, os batistas levaram esta doutrina
adiante.
Divergências Denominacionais e/ou Herética
·
A Igreja Católica defende o batismo de nenês por
aspersão e a transubstanciação.
·
A Igreja Luterana defende o batismo de nenês por
aspersão e a consubstanciação.
·
A Igreja Presbiteriana defende o batismo de nenês por
aspersão e ensina que os sacramentos são um sinal e selo da graça.
·
A Igreja Metodista, entre outras, defende o batismo de
nenês.
·
A Igreja dos Irmãos pratica o batismo trino, no qual o
crente é imerso três vezes.
·
Algumas igrejas praticam a Ceia ultra-livre, da qual
qualquer pessoa presente pode participar, seja salvo e batizado ou não.
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