6.
ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES.
Vemos em Gênesis 2 que
Deus criou o casamento para suprir uma necessidade do homem, fazendo a mulher,
uma auxiliadora idônea, ou em outras palavras, o Senhor criou a mulher
apropriadamente para o homem.
Ele tirou uma costela de
Adão e fez a Eva, e o homem falou “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne
da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gênesis 2.23). Isso faz com que se fixe na mente de todos de
onde foi feito a mulher, como certa vez já foi mencionado que a mulher não foi
feita do pó pra que não se iguale ao homem; nem dos pés para que o homem não
pise nela, e muito menos da cabeça para que ela não pensasse que era superior
ao homem, mas da costela para lembrar que ambos são iguais perante Deus, com
funções diferentes.
Quando a palavra de Deus
nos fala que o homem deve sair de sua casa deixando assim o local onde seus
pais moram, saindo também do vínculo emocional, e financeiro dos pais (Gênesis 2.24), não quer dizer que o filho
vai quebrar todos os laços familiares, mas que ele ouve seus conselhos e
sugestões não tendo a obrigação de obedecê-los, só que por respeito a eles e
por serem pessoas mais maduras, o filho o ouvirá.
No mundo atual, os
homens se gloriam por terem vários relacionamentos com mulheres, e isso para
eles é algo que lhes atribui status.
Quando se volta para os princípios bíblicos, é observado que não é bem
assim. As escrituras mostram que Deus
criou o homem para que vivesse exclusivamente para uma única e exclusiva
mulher: “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se
os dois uma só carne” (Gênesis 2.24).
Isso mostra que o casamento é um e não muitos, sendo monogâmico.
O casamento é uma
instituição divina que deve ser preservada a qualquer custo, e pode ser visto
que o divórcio é apenas uma das coisas que já era previsto acontecer. O homem, dia após dia, vem se corrompendo
mais e mais, ele sempre procura mais o seu prazer pessoal do que fazer a
vontade de Deus. Paulo mostra que nos
últimos dias, virão tempos difíceis que os homens serão:
egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes,
blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados,
implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem,
traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,
tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram
sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de
pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem
chegar ao conhecimento da verdade. E, do
modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à
verdade. São homens de todo corrompidos
na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua
insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles. (II Timóteo 3:2-9)
Hoje em dia está mais
evidente o que Paulo falou para Timóteo, os homens estão procurando os seus
desejos pessoais, e não querem saber ou muito menos procurar a vontade de Deus. Por isso que há uma necessidade urgente de
lutar contra aqueles que persistem em trazer ensinamentos que apenas vão dar
prazer aos homens, como Paulo alerta em 2 Timóteo 4:3-4: “Pois haverá tempo em
que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres
segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos e se
recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.
A cada dia surgem novas
perspectivas referentes ao casamento.
Não se deve deixar que tais ensinos entrem no meio cristão. O matrimônio é determinado através do que a
Bíblia prescreve e não o que os homens dizem o que é.
Nós, como Pastores,
devemos nos esmerar no ensino, dando ao rebanho princípios que devem reger o
casamento bíblico, onde os indivíduos possam ter o verdadeiro conhecimento do
que seja o casamento aos olhos de Deus e saber o que realmente determina se uma
pessoa é casada. Deste modo, estaremos
contribuindo para que as “ovelhas” possam ver as maravilhosas bênçãos que são
oriundas do matrimônio.
Nós, como crentes
verdadeiros, devemos ser exemplo de uma relação conjugal para o mundo. Para aqueles que ainda não conhecem o nosso
Senhor Jesus Cristo como Salvador, possam olhar o nosso casamento, e perceber através
dele algo diferente que eles ainda não possuem.
Com isso, fazê-los despertar para o interesse em procurar saber como é
ser um casal regido pela palavra de Deus. A fim de que nós possamos ser utilizados
também nesta área, enquanto mais um instrumento nas mãos de Deus para que
pessoas possam receber a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.
7.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Ao chegar ao final desta
pesquisa monográfica sobre o casamento aos olhos de Deus, tentando desvendar o
que determina se uma pessoa é casada, notamos que casamento por toda a história
da humanidade sofreu algumas alterações, chegando ao ponto mudar seu padrão
ético. As pessoas mudam, suas maneiras
de pensar também mudam, mas há uma certeza que nunca irá mudar: a que Deus
sempre será o mesmo e seus princípios desde o princípio também continuarão os
mesmos. Deus nunca vai mudar seu padrão
ético, muito menos como Ele vê o casamento.
Apenas por causa do pecado que corrompeu o homem, fazendo com que também
corrompesse o que Deus determinou para o matrimônio.
Mas podemos determinar
que é o casamento aos olhos de Deus: é
quando duas pessoas, um homem e uma mulher resolvem se unir para a formação de uma
família. E que este enlace esteja
formalmente legalizado e reconhecido pela sociedade como tal. Nisto, o casamento pode ser determinado em
quatro aspectos fundamentais: (1) quando há desejo pela união para o
estabelecimento da família; (2) quando este desejo é devidamente formalizado;
(3) e esta formalização é reconhecida pela sociedade; (4) e por fim quando
finalmente é consumado o ato conjugal.
Ou resumidamente: desejo; formalidade; reconhecimento e consumação.
Em nosso país, o
casamento só é reconhecido quando os nubentes se dispõem a irem até ao cartório
para oficializar o desejo de se cassarem, dando entrada nos trâmites legais
para a realização da cerimônia, que tanto pode ser apenas civil ou o religioso
com o efeito civil. O casamento
religioso por si só, não tem os efeitos legais, apenas aqueles que foram
devidamente autorizados pelos órgãos competentes. No fim, o válido é apenas o civil; contudo
ainda assim possui os quatro aspectos bíblicos que envolvem o casamento: o
desejo dos nubentes, a formalidade em ter que ir até os cartórios levando as
documentações legais exigidas e, juntamente com as testemunhas, o
reconhecimento da sociedade. Por fim, a
sua consumação.
8.
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