14º DISTINTIVO – ECLESIOLOGIA
A AUTONOMIA DA IGREJA LOCAL
Conceito Teológico
Cada igreja local é autônoma quanto às suas questões
administrativas e congregacional quanto ao seu governo interno. Ela é submissa
apenas a Cristo, o Seu cabeça, e nenhuma organização ou hierarquia eclesiástica
tem autoridade sobre ela. São os próprios membros, e não os líderes da igreja,
que tomam as decisões da igreja. No Novo Testamento, a própria congregação
escolhe os seus oficiais (At 6:1-6; 14:23), recebe membros (Rm 14:1; II Co 2:5-11), exclui
membros (I Co 5:1-13), envia missionários (At 13:1-5) e resolve questões (Mt
18:15-17; I Co 6:1-8). Contudo, autonomia não quer dizer independência. As
Igrejas de Cristo devem umas às outras
respeito e cooperação espiritual (At 15:1-6, 22-35). Todas se acham na
dependência do mesmo Cabeça (Ef 4:11-16), e isto as faz interdependentes.
História
As igrejas primitivas praticavam de modo muito natural a sua
autonomia, que não implicava liberdade absoluta e indiferença para com as
demais. Logo o governo da igreja foi se centralizando em torno do bispo, que
passou a ter autoridade sobre várias igrejas. Isto serviu, em parte, como uma
proteção contra heresias. Eventualmente houve algumas igrejas mais dominantes
do que outras, cujos bispos exerciam autoridade sobre as demais. A partir do
século VI, o bispo de Roma reivindicou o direito de governar as igrejas a
partir do seu poder central, embora sua autoridade tenha sido reconhecida pelas
igrejas do oriente. Com o passar dos anos, desenvolveu-se toda uma hierarquia,
tendo o papa como autoridade máxima. Os anabatistas e, depois deles, os
batistas e congregacionalistas praticavam a autonomia da igreja local e o
governo congregacional. Os reformadores protestantes (a partir de 1517)
rejeitaram a autoridade do papa e estabeleceram vários modelos diferentes de
governo eclesiástico.
Divergências Denominacionais e/ou Herética
·
A Igreja Católica adere ao sistema papal, no
qual a autoridade máxima reside no papa, e é administrada através de uma
hierarquia composta de cardeais, arcebispos, bispos, padres etc.
·
As igrejas ortodoxas, anglicanas, metodistas e
luteranas são governadas por bispos.
·
As igrejas presbiterianas e reformadas utilizam
um governo representativo no qual as igrejas elegem presbíteros e anciãos que
governam a igreja.
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