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17 novembro 2012

Não brinque com Deus


Deus é terrível. Ou seja, Ele é digno do nosso terror, do nosso medo. Normalmente Ele não mostra Sua ira, nem defende a Sua santidade, isso porque Ele também é longânimo. Mas, às vezes Ele tira o véu e O enxergamos em toda a Sua santidade e sentimos o calor da Sua justa ira.

A longanimidade de Deus é enganosa: ela pode nos levar a uma falsa segurança. Asafe explica:

Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe. Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual. (Sl 50:18-21)

Mas, um dia, Deus diz: “Chega!” E a ira dele cai como um raio. São dias como esses que enxergamos quem Deus realmente é e aprendemos que Ele não é de brincadeira.

A história de 2 Samuel 6 é um relato de um desses dias. Davi, após anos de perseguição e paciência está finalmente recebendo a recompensa. Ele foi coroado rei sobre Israel, conquistou a cidade de Jerusalém, estabeleceu ali a sua capital e ganhou duas vitórias sobre os inimigos mais implacáveis de Israel. Só faltava uma coisa para completar sua exaltação e alegria: a arca da aliança.

Num dia de grande festa, Davi e trinta mil pessoas foram buscar a arca em Baalá. Colocaram-na sobre um carro novo e partiram numa grande parada de celebração ao Senhor. Foi aí que aconteceu a tragédia: os bois tropeçaram, a arca correu perigo de cair, Uzá estendeu a mão para estabilizar a arca e Deus o matou por seu sacrilégio. Deus não é de brincadeira!

Esta história não foi colocada na Bíblia só para nos entreter. Foi colocada para nos ensinar. Veja algumas lições que podemos tirar dela.

1. Não se pode tratar Deus de forma comum. Algo profano é algo comum, cotidiano. A nossa vida é uma vida profana, e não há nenhum pecado nisto. Comemos e bebemos, rimos, chamamos pessoas por apelidos, brincamos com nossos filhos, acariciamos nossa esposa, sentamos na sala vestidos só de bermuda, assistindo TV com nossos amigos. O pecado acontece quando tratamos Deus assim. Ele não é comum. Quando Moisés se aproximou de Deus na sarça ardente, Deus lhe mandou tirar as sandálias. Quando Nadabe e Abiú queimaram incenso com fogo normal e não com fogo santo, Deus os matou. E quando Uzá toucou na arca, que é o lugar onde Deus se revelava pessoalmente à nação de Israel, Deus também o matou.

Nós fazemos a mesma coisa quando não nos preocupamos com a roupa que vestimos quando nos apresentamos perante Ele. Fazemos a mesma coisa quando O chamamos de “Paizinho”. Fazemos a mesma coisa quando só O estimamos como um amigo de coração.

2. Não se pode adorar a Deus com formas mundanas. O problema fundamental de Davi e sua comitiva foi que não carregaram a arca corretamente. Deus mandou carregar a arca no ombro, sustentada por duas varas compridas. Eles a carregaram numa carroça. Onde aprenderam isto? Com os filisteus. Ao introduzir formas mundanas na sua adoração, pagaram o preço.

E nós? Também desacatamos a Deus quando O adoramos com formas musicais, formas arquitetônicas e formas artísticas que não dão a Deus o seu devido respeito, exaltação e santidade.

3. Não se pode ignorar a Deus. Talvez a maior lição que aprendemos é esta. Deus não pode ser adorado quando queremos, do jeito que queremos. Ele não aceita ser um mero acréscimo às nossas vidas normais. A morte de Uzá é um lembrete vívido de que Deus exige atenção. E não só atenção: Ele exige ser o centro e foco das nossas vidas. Ele quer ser amado, servido e temido. Ele quer ser tratado como realmente é: santo.

É só ficar em frente à congregação para saber que não levamos Deus a sério. Cantamos hinos, mas muitos lábios não se mexem. Oramos, mas muitos olhos não se fecham. Pregamos, mas muitos estão olhando pela janela ou conversando com seus vizinhos. Seus pensamentos estão longe de Deus. Vieram só para cumprir tabela.

Ai de nós! Esse Deus que matou Uzá na Sua fúria é o verdadeiro Deus. Teremos um dia ficar nus na Sua presença. O que você vai dizer naquele dia?
Mark A. Swedberg

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