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24 junho 2013

Em defesa da nossa tradição

Os Estados Unidos declararam sua independência da Inglaterra no dia 7 de julho de 1776. Foi uma independência bem precária: a Inglaterra não a reconhecia e lutou para manter controle sobre suas colônias até ser derrotada no dia 19 de outubro de 1781.

A primeira tentativa de autogoverno foi através de um documento chamado “Os Artigos de Confederação”, mas não funcionou: a nação era simplesmente ingovernável. Então no dia 17 de setembro de 1787 o novo país adotou um novo código legal: a Constituição.

A nova constituição era um peã ao iluminismo. Codificou princípios tais como o governo por leis, a separação dos poderes, republicanismo e federalismo. As primeiras dez emendas, denominadas “Bill of Rights” (código de direitos) foram adotadas em 1791 e definiram os limites do governo federal e os direitos dos cidadãos americanos.

Este documento relativamente curto (apenas 4 páginas grandes no original) e com poucas emendas (27 no total) deu forma e governança à nova nação. Com base nos princípios estabelecidos por este documento, a nação veio a ser uma das grandes nações do mundo moderno, símbolo de liberdade, indústria e prosperidade.

Acontece que quando nasceu a era moderna (início do século XX) surgiram certos filósofos e políticos que achavam a Constituição muito antiquada. E como não conseguiram efetuar seus desejos por meios constitucionais, descobriram outras formas de impor suas ideias no país — principalmente por meio da Suprema Corte.

Com uma criatividade extravagante que tinha pouco respaldo na lei, os supremos descobriram que as mulheres tinham um direito absoluto ao aborto, que era ilegal começar o dia com oração em escolas públicas e que o criminoso tinha mais direitos do que as vítimas. O poder do governo federal vem crescendo tanto que os Estados Unidos estão se transformando à semelhança da Europa, o lugar de onde vieram a grande parte dos seus antepassados em busca de uma vida melhor. Irônico, não é?

Você pode achar que todas estas mudanças representam o progresso. Ou, como eu, uma aberração. Mas, você não pode negar que é um desvio radical da visão dos pais da nação americana.

Nações nascem e morrem. Ideais políticos surgem e desvanecem. Poderes mundiais vêm e vão. Constituições, até a melhor que este mundo já conheceu, são documentos falhos e limitados. Mas, há um escrito infalível e perdurável, um documento que nunca sai de moda e cujos princípios não podem ser melhorados. Estou falando, é claro, da Bíblia.

A denominação batista surgiu no século XVII na Inglaterra. O princípio motivador deste pequeno bando de crentes era o desejo de voltar às raízes do cristianismo: a Bíblia e, mais especificamente, o Novo Testamento. O lema deles era “igrejas neotestamentárias”. Com base neste princípio foram desenvolvidas todas as outras doutrinas que hoje conhecemos por “distintivos batistas”.

Estes distintivos, embora não estabelecidos em uma constituição, deram forma e governança às igrejas batistas durante séculos — até agora. Você que se diz batista saberia alistar e defender as doutrinas que lhe fazem batista? Recentemente descobri que bons pastores, aptos no estudo e pregação da Palavra, treinados em seminários batistas, não sabem fazer isto.

Devemos ficar preocupados? Devemos, sim, se o ideal de igrejas neotestamentárias é a nossa convicção e se cremos numa Bíblia imutável que não admite progresso. Devemos, também, se cremos que o ideal batista não foi refutado e se tivermos a humildade de reconhecer que a verdade não nasceu nesta atual geração.

Se os nossos melhores pastores não sabem o que é um batista, será que haverá igrejas batistas de verdade daqui uma geração?


por Mark A. Swedberg

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