15º DISTINTIVO – ECLESIOLOGIA
A SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO
Conceito Teológico
Não deve haver nenhum vínculo orgânico entre a igreja e o
estado (Mt 22:15-22; Jo 18:36). Isto significa, por um lado, que o estado não
tem o direito de estabelecer uma religião, nem de interferir na vida interna da
igreja (At 4:9-20; 5:29). Por outro lado, a igreja e os cristãos individuais
devem respeitar o governo e cumprir os seus deveres civis (Rm 13:1-7). A igreja
não tem o direito de receber favores especiais ou sustento financeiro do
governo. Todas as igrejas e outras agremiações religiosas devem ser corporações
livres e auto-sustentadas.
História
Quando a igreja nasceu, a religião oficial do Império Romano
era o culto ao imperador. Isto mudou com a conversão do Imperador Constantino
(morreu em 337). Eventualmente, o “cristianismo” foi feito a religião oficial e
obrigatória do Império Romano. No século XVI os anabatistas fundaram igrejas de
crentes independentes e autônomos e apelaram para a liberdade religiosa. Em
1608, o Pastor John Smith levou seu rebanho de 80 ingleses para a Holanda em
busca de tolerância religiosa. Em 1611, publicaram uma declaração de fé que
incluía a defesa da plena liberdade religiosa. Em 1612, Thomas Helwys,
juntamente com alguns crentes voltaram para a Inglaterra, publicou sua “Breve
Declaração do Mistério da Iniqüidade”. Foi o primeiro livro sobre a defesa da
liberdade religiosa na Inglaterra. Seu autor foi preso. Do outro lado do
oceano, em 1635, na cidade de Boston, Roger Williams, publicou uma defesa
semelhante, da liberdade religiosa e criticou a união entre a igreja e o estado
como incompatíveis com a Igreja regenerada. Em 1636, durante um rigoroso
inverno,o governo de Massachussets baniu-o, mas salvo e socorrido pelos índios,
foi até Providence, em Rhode Island, onde fundou a primeira Igreja Batista
livre das Américas. Thomas Jefferson, no final do século XVIII, defendeu a
plena liberdade religiosa com o apoio dos Batistas americanos, e, em 1791, a
primeira emenda foi feita à Constituição Americana, garantindo este direito à
nação.
Divergências Denominacionais e/ou Heréticas
·
As Igrejas Católica, Ortodoxa, Anglicana,
Luterana e Presbiteriana, todas têm como ideal a igreja estatal, embora
permitam, hoje, a liberdade religiosa. Alguns países europeus têm religiões
estatais, que são sustentadas financeiramente pelo governo.
·
Os países muçulmanos e comunistas não fazem
separação entre igreja e estado.
·
Alguns grupos católicos e evangélicos permitem o
uso de suas igrejas como plataforma política.
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