Um pastor famoso escreveu em sua Bíblia no final do culto na virada do ano, “Hoje faço sessenta anos. Já vivi bastante, mas pretendo continuar trabalhando enquanto Deus me der força. A cada dia o
tempo se torna mais precioso para mim. Preciso correr para terminar a minha carreira.”
Acho estranho que valorizamos o dinheiro, mas não damos muita atenção ao tempo. Se as pessoas desperdiçassem o dinheiro do mesmo jeito que desperdiçam o tempo, ficariam de bolsos vazios em uma semana.
O tempo é um bem muito precioso. No caso do dinheiro, se perdêssemos tudo, daria para começarmos de novo e recuperar tudo que perdemos. Mas o tempo, uma vez que gastamos, está perdido para sempre.
A maioria das pessoas não ia jogar dinheiro fora, mas quantas desperdiçam uma hora atrás da outra. Parece que o salmista estava pensando nisso quando escreveu, “Lembra-te de quão breves são os meus dias…” (89.47)
O tempo é precioso porque temos tarefas a cumprir. O presidente americano Abraão Lincoln disse, “É bom provável que as tarefas que deixo de realizar hoje nunca serão feitas.”
Ninguém recebe a vida, especialmente a vida espiritual, apenas para gastá-la de qualquer jeito. Com a vida vem um trabalho a ser realizado. Salomão disse que há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Creio que Deus tem um trabalho específico para cada pessoa, e quando levo isso a serio, começo a valorizar muito mais minha vida e o tempo que Deus me deu. O céu sofrerá muitas perdas porque deixamos de fazer os nossos deveres, ou porque utilizamos o nosso tempo de maneira errada.
Precisamos estar atentos aos eventos mundiais em relação ao nosso trabalho. Nunca vivemos um tempo com tantos problemas no mundo. O futuro político, econômico e internacional parece sombrio. Sempre perguntamos: O que vai acontecer? A cada ano que passa, achamos que sobrevivemos as maiores crises mundiais; porém cada ano traz novos problemas e maiores dificuldades.
A ideia muito comum entre cristãos hoje é de segurar o que temos, mas Jesus ordenou que avançássemos até que ele volte. Os campos são brancos para a ceifa, os trabalhadores são poucos, portanto nós que conhecemos o Senhor precisamos trabalhar com mais diligência para colhermos os frutos.
Até quando teremos o direito de nos reunir e nos expressar livremente?
Quando seremos forçados a fechar as portas das nossas igrejas? Quando seremos proibidos de proclamar o evangelho de Jesus Cristo dos nossos púlpitos? Até quando teremos o direito de falar com as pessoas na rua sobre a condição de sua alma, ou orar com elas em público?
Que Deus nos dê uma nova visão das necessidades espirituais, a grande colheita e as tempestades que virão.
O tempo é precioso por causa de sua escassez. Ouça novamente o salmista: “…quão breves são os meus dias”. Jó disse: “Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão…” (7.6). Tiago nos lembra: “É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (4.14).
Em comparação com a eternidade, o tempo é bem curto.
Se recebermos a graça de Deus e tivermos vida longa, mesmo assim é breve. É importante que façamos bom uso de cada minuto que Deus nos deu, a serviço dele.
(Paul Miller, Sword of the Lord)